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O que o destino pode reservar, quando duas pessoas, que se julgavam tão diferentes, percebem que é inevitável seus mundos se chocarem...
Duas almas... Dois corações...
Ambos, eram fortaleza por fora, e solidão por dentro. So...
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Clary piscou, pensando em qual seria a pauta da briga de agora... Aquilo soou um pouco exaustivo para ela.
Jace inalou profundamente, antes de responder. Era fato notório, que sua vinda até ali, era também uma maneira sutil de levantar bandeira branca. Ao menos na cabeça dele, era isso que decidiu. Sua consciência tinha lhe alertado durante algumas horas de pensamentos reclusos, que ele também não havia sido nada legal com ela, quando despejou seus pensamentos raivosos e mal agourados em cima dela, daquele jeito tão hostil. Ele realmente não crera, que meios justificassem fins. – Bom dia. – ele respondeu brevemente a encarando.
Clary mordeu o canto do lábio, e ajeitou o telefone fixo em sua base, sobre a mesa de escritório, meio confusa, a cerca de toda cordialidade estampada na face dele. Pra ser sincera, ela sabia que não poderia negar a si mesma, que estava ainda com profunda raiva das coisas pejorativas que Jace havia lhe dito, quando foi até seu apartamento possesso de raiva, esbravejando chamas, devido ao beijo estúpido que ela lhe roubou na festa.
- Bom dia eu acho. – ela cautelosamente respondeu, o estudando enigmática. Estava apostando que tinha algo muito errado no comportamento sereno dele.
Jace aspirou o ar outra vez, causando enervação em Clary, que passou a entender que realmente preferia o Jace impulsivo, do que aquele que estava em sua frente, ele era cheio de rodeios demais. – Eu mandei aqueles dois contratos, que teu avô e eu discutimos ao jurídico. – ele informou, batucando seus dedos apoiados no próprio joelho, sabendo que aquele não era exatamente o assunto que lhe trouxe ali. Aquilo para ele soou um pouco covarde...
Na verdade, para sua enorme desgraça e burrice, queria pedir desculpas a ela, e não estava sabendo como fazer, ou portar-se diante disto.
- Okay, ele já tinha me avisado, você não precisava vir aqui pra isso, Jace se o meu avô te deu autonomia para trabalhar, isso significa que você não precisa do meu consenso pra tudo. – Clary alegou simplesmente, retornando seu olhar para os papéis a sua frente. Em sincero, ela acreditou que fosse somente isso, e que outrora Jace levantaria e partiria de sua sala, mas segundos depois, ela ergueu os olhos verdes, como esmeraldas brilhantes, e o analisou de modo político. O que ele ainda queria, ela não compreendeu. Pôr uma enorme pedra sobre tudo que acontecera, e se tratarem como civilizados colegas de trabalho, não era o suficiente. Porque naquele momento, não pareceu que era para ele. A ruiva de cabelos ondulados percebeu.
Clary pigarreou, ergueu em definitivo os olhos, brilhosos e amontoados de curiosidade, enquanto enroscava as mãos revestidas por alguns discretos anéis, batucando as unhas vermelhas ao tampo da mesa sutilmente. – O que mais você quer. – ela não era alguém de rodeios, então parou de fingir, que não estava se importando com o comportamento austero dele e indagou certeira.
Jace fungou erguendo os olhos azulados, aquecidos por ansiedade até ela. Clarissa Morgenstern, era alguém intimidadora, justo por isso, ela sabia o que queria e como queria. Clary não era alguém de meias verdades, e nisso eles eram bastantes parecidos... Ele não poderia ignorar.
