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Eu: estou surpresa que você ainda consegue andar com a perna desse jeito, olha como isso está inflamado- falo cuidando da perna dele
Metralha: a dor é suportável- fala e eu olho para ele que está de olhos fechados e uma careta de dor horrível
Eu: tô vendo- falo e volto a minha atenção pro ferimento dele
Metralha: tá me chamando de fraco?- pergunta e eu nego com a cabeça
Eu: estou te chamando de criança irresponsável que quer se sentir o machão- falo e ele fica serinho
Metralha: você não sabe de nada- fala e eu dou uma risada irônica
Eu: certeza? Eu sei sobre muitas coisas mas continuo calada, quietinha na minha, apenas observando o decorrer da situação- falo e ele me ignora.

Termino o curativo da perna dele e vou pro do braço que está mais suavinho, só limpo, passo a pomada e coloco o curativo de novo no braço dele, enquanto isso ele fica apenas me observando, olhando atento casa movimento que eu faço.

Quando eu termino, apenas guardo as coisas de primeiros socorros e subo pro meu quarto deixando ele lá, me deito na minha cama e fico olhando o teto, ai ai ai meu Jesus, me tira daqui por favor, viro pro lado e fico encarando a parede branca atenta, o sono ruim de chegar... Escuto um barulho na porta e viro vendo o Magrim com um prato de comida.

Magrim: Metralha mandou eu te entregar- fala me entregando o prato e se senta do meu lado na cama- como cê tá?- pergunta e eu olho para ele confusa
Eu: bem ué, os roxos que o Metralha deixou em mim estão desaparecendo, ele ainda não me matou, então eu estou me bem- falo e ele sorri de lado
Magrim: você me lembra uma pessoa que foi muito importante para mim e para o meu irmão- fala e eu olho para ele atento enquanto como a minha comida- sei lá- fala e se levanta da cama- mas você está fazendo um ótimo trabalho com o Metralha, deixa ele acabado mesmo, se vinga, faz o teu nome mulher- fala brincando e eu dou risada- vou descer que jajá o Metralha sobe aqui para me matar- fala e eu dou risada.

Ele desce e eu fico comendo na santa paz divina, quando eu termino de comer saio do quarto com o meu prato na mão e vejo o Metralha se matando para subir as escadas, me encosto no corrimão da escada e fico só assistindo ele se matar para subir a escada.

Metralha: vai ficar só assistindo ou vai me ajudar aqui- fala e eu dou risada
Eu: aqui está tão bom- falo e ele faz careta
Metralha: vem me ajudar logo- fala e eu vou até ele lhe ajudando a subir as escadas
Eu: prontinho, consegue andar até o quarto?- tiro onda com a cara dele e ele me solta indo mancando.

Só dou risada viu?! Desço para a cozinha e lavo a louça bem de boa mesmo, seco e guardo toda a louça e subo novamente, vou pro meu quarto porém sou um impedida por um brutamontes me jogando no ombro, e pasmem, não é o Metralha.

Eu: ME LARGA DESGRAÇA, ME COLOCA NO CHÃO, EU NÃO SOU NEM UM SACO DE BATATAS NÃO PORRA- grito batendo nas costas do cara.

Eu acho que foi tudo muito rápido, eu só escutei um tiro e já estava no chão, olho pro topo da escada e vejo o Metralha descendo as escadas pulando num pé só, se eu não tivesse acabado de sofrer uma tentativa de sequestro, com certeza eu estaria dando risada disso.

Eu: quem era esse cara?- pergunto pro Metralha enquanto eu me levanto do chão
Metralha: também não sei, provavelmente alguém acabando que a gente tem algum rolo- fala colocando a mão na perna
Eu: senta no sofá, deixa eu ver essa perna aí vai- falo e ele milagrosamente faz o que mandei sem falar nem um "A", hoje chove sociedade!
Metralha: essa porra tá doendo para um caralho- fala e eu confirmo com a cabeça tirando o curativo da perna dele
Eu: não é para menos, os pontos estouraram- falo vendo o estado do ferimento- isso vai doer bastante- falo e ele tomba o corpo para trás.

Eu começo a limpar o ferimento enquanto ele passa o radinho para algum vapor vim tirar o corpo da sala, começo a dar pontos de novo e ele só gritando, quando eu termino de dar os pontos uns três vapores entram na sala e eu nem ligo, apenas continuo limpando o ferimento dele, quando eu termino, passo a pomada e volto a fazer o curativo, os vapores saem com o corpo do cara lá e eu vou jogar as coisas que usei fora, volto para a sala e guardo tudo na maleta, ajudo o Metralha a levantar e ajudo ele a subir as escadas, deixo ele deitado na cama dele e vou pro banheiro dele guardar a maleta, saio do quarto dele fechando a porta e vou para o meu, fecho a porta e vou pro banheiro, tomo um banho rápido e saio enrolada na toalha, vou até o guarda roupa e visto uma calcinha qualquer e uma camisola branca com detalhes de renda, a camisola não é aquela coisa que você olha e fala, "nossa, que camisola sexy", mas ela tem o seu charme, é curtinha, tem uma abertura na lateral, tem uma transparência e alguns detalhes de renda.
Levo a toalha pro banheiro e volto pro quarto me sentando na cama, cubro as minhas pernas e fico sentada na cama pensando em nada, apenas olhando a parede e tentando relaxar.

Metralha: oh, tem remédio para dor não?- pergunta entrando no quarto mancando
Eu: não sei, vou dar uma olhada- fala me levantando e saio andando do quarto e vou pro quarto dele com ele apenas me observando, pego a maleta de primeiros socorros e procuro algum remédio para dor, porém não acho nada- tem não, pede para algum vapor comprar que eu tô na sala- falo guardando a maleta no lugar dela e viro dando de cara com o Metralha, ele está muito perto, muito perto mesmo, eu consigo sentir a respiração quente dele e o hálito de menta... Aí meu Jesus amado.

Meu Glorioso PecadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora