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Eu: me deixa ir por favor- imploro quase chorando já- eu te pago o quanto você quiser, só me deixa ir embora, amanhã eu peço um empréstimo pro meu chefe, sei lá- falo desesperada e ele nega com a cabeça
Metralha: tu ainda tem o teu trabalho né?! Pois bem, vem que a gente vai pedir a tua demissão lá agora- fala e sai me puxando pelo braço.

Ele me leva para o andar de baixo onde eu vejo os dois guris que me pegaram ontem, eles se entre olham e o Metralha me leva até a garagem e me joga dentro de um dos carros, ele entra também e dirige até o restaurante que eu trabalho, isso... Essa pode ser a minha chance de fugir.

Metralha: bora- fala e sai do carro, respiro fundo e saio também, entro no restaurante vendo o Ricardo arrumando as mesas, coisa que é o meu trabalho fazer, ele me olha e sorri
Ricardo: estava ficando preocupado, você não é de atrasar- fala e olha pro Metralha- quem é esse?- pergunta olhando o meu novo "dono" assustado
Eu: ele é o...- sou interrompida pelo Metralha
Metralha: Luiz Alberto, namorado dela- fala sério e eu olho para ele confusa, mas ele apenas me encarou séria
Ricardo: já que você chegou atrasada você pode pegar o resto do dia de folga, não tem problema, você anda trabalhando demais inclusive- fala e o Metralha olha para ele sério
Metralha: ela veio pegar a demissão dela- fala sério e o Ricardo me encara confuso
Ricardo: isso é sério? Assim do nada? Você não pode fazer isso- fala e eu olho para ele serissíma
Metralha: claro que ela pode, pode tanto que está fazendo- fala e eu abaixo a cabeça
Eu: posso usar o banheiro Ric?- pergunto e ele confirma com a cabeça

Vou andando até o banheiro, mas antes de entrar eu olho para trás para ter certeza que o Metralha não está me olhando e vou até a porta dos fundos, saio correndo para longe de lá e me escondo dentro do cemitério, fico lá encolhida de noite, quando vem a noite vem também uma forte chuva e o coveiro.

Coveiro: desculpa senhora, já vamos fechar- fala e eu confirmo com a cabeça
Eu: tudo bem- falo e saio andando.

Ando pelas ruas sem rumo e quando eu dou por mim, estou novamente naquela mesma rua de ontem, droga, vejo a porta de um casa abrindo e de lá sai os mesmos rapazes de ontem, me escondo atrás de uma caçamba de lixo, espero um tempo e os dois saem de moto, Saio de trás da caçamba e entro em outra rua, continuo correndo e de longe vejo os dois parados de moto e o Metralha na frente de uma moto, droga! Vou até uma caçamba de lixo e me escondo atrás de um monte de papelão.

Metralha: eu vi ela entrando aqui- fala puto e da uma bicuda na caçamba
- epa, ela não deve tá longe não, bora- fala e os três foram correndo.

Depois de um tempo eu sai de onde estava escondida e comecei a correr para o lado contrário do deles, porém, quando penso que não, estou sendo empurrada contra a parede e um ser tampa a minha boca para que eu não consiga gritar socorro, olho para o dono da mão e vejo o Metralha com uma cara nada boa.

Metralha: acho que você ainda não entendeu, não tem como conseguir fugir de mim- fala e me joga no ombros- se você gritar você morre- fala e eu me calo antes mesmo de pensar em gritar socorro.

Ele me joga no porta malas do carro e eu apenas sinto o carro se movimentando, demora alguns minutos e o carro para, ele abre o porta malas e me tira de dentro, ele gruda no meu cabelo e me leva até dentro da casa dele, ele me joga no chão e já dá uma bicuda no meu estômago, fecho os olhos por causa da dor e ele da outra bicuda.

Metralha: vagabunda- fala e me dá outra bicuda na boca do estômago- foge de novo sua filha da puta, foge que eu quero ver sua vagabunda- fala e da outra bicuda na boca do meu estômago
Eu: para por favor- imploro e ele me dá outra bicuda
Metralha: você quer que eu pare vagabunda? Quer?- pergunta se abaixando na minha frente e segura meu cabelo com força- fala vagabunda, tu quer que eu pare?
Eu: por favor- peço com algumas lágrimas nos olhos
Metralha: vagabunda- fala e me dá um soco no rosto
- O METRALHA, TU TA LOUCO DE BATER NA GURIA?- grita e vem tirar o Metralha de cima de mim com o outro carinha lá
Metralha: me solta Pesadelo porra- fala e eu tento me levantar do chão
Pesadelo: para de bater na menina caralho, tu tá doido? Tá chapadão? Tu tem aquele bagulho para me ajudar ainda porra, depois tu faz o que quiser com ela- fala e sai puxando o Metralha para fora de casa, o outro carinha me olha e vem me ajudar a levantar do chão
- não estressa ele não, é pior para você, tu tem que dar graças a Deus que ele não te matou- fala e eu olho para ele atento- sou o Magrim- fala enquanto me coloca no sofá, olho nos olhos dele e vejo uma coisa conhecida
Metralha: sai de perto dela porra- fala entrando e empurra o Magrim para longe de mim
Pesadelo: para de coisa caralho, ele tava só ajudando a guria aí, oh, palhaçada do caralho- fala e o Metralha me pega pelo cabelo e me arrasta até o quarto que eu estava antes de ir pro restaurante
Metralha: você não vai sair daqui sem a minha ordem, está me ouvindo? Amanhã eu venho trazer a sua comida, não adianta gritar que ninguém vai vim te ajudar- fala e saio do quarto batendo a porta.

Ele bate a porta com força e eu só escuto ele trancar a mesma... O quarto é todo branco, só tem a cama, um banheiro sem porta e um guarda roupa marrom, não tem janela e nem nada.

Meu Glorioso PecadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora