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Quatro semanas depois

  Eu desisto, essa reta final está me matando, meu pai amado, o Victor não está me dando sossego não, cês acreditam que eu tô enjoando até da cara das pessoas, Deus me livre viu?! Deus que me livre.

Metralha: preta, vamos lá na quadra? Tá tendo mó churrascão lá- me chama e eu faço careta me olhando no espelho
Eu: vou nua né?! Peladona mermo, porquê roupa nenhuma tá me servindo mais- falo e ele da risada me abraçando
Metralha: tá estressada?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: tô, mas vamos, a Valentina precisa sair de casa, eu também, vou caçar alguma coisa para vestir, vou me maquiar e a gente vai- falo e ele confirma com a cabeça.

  Hoje, por um milagre, eu acordei com toda e total disposição para fazer tudo e mais um pouco, o medo da gata né?! Minha mãe e a Fernanda disseram que quando deu pico de energia nelas, quando a energia acabou o neném chegou, mas enfim, trato logo de caçar uma roupa que sirva em mim e no final visto um vestido vermelho todo aberto e uma rasteirinha nude.

  Hoje, por um milagre, eu acordei com toda e total disposição para fazer tudo e mais um pouco, o medo da gata né?! Minha mãe e a Fernanda disseram que quando deu pico de energia nelas, quando a energia acabou o neném chegou, mas enfim, trato logo...

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  Arrumo o meu cabelo num rabo de cavalo, passo uma maquiagem bem de leve mesmo e pego a minha bolsa saindo do closet, jogo carteira e celular na bolsa e saio do quarto lindíssima vendo a Valentina prontinha no sofá

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  Arrumo o meu cabelo num rabo de cavalo, passo uma maquiagem bem de leve mesmo e pego a minha bolsa saindo do closet, jogo carteira e celular na bolsa e saio do quarto lindíssima vendo a Valentina prontinha no sofá.

Eu: cadê o seu pai?- pergunto me sentando do lado da minha filha que já deita a cabeça na minha barriga fazendo carinho nela
Va: tá no banho mamãe- fala e eu confirmo com a cabeça fazendo carinho na cabeça dela
Eu: foi o papai que te arrumou?- pergunto e ela confirma com a cabeça- você tá linda meu amor- falo e ela me olha sorrindo
Va: a senhora também mamãe- fala e beija a minha barriga- mamãe, o meu irmão sai daqui quando?- pergunta e eu dou de ombros
Eu: provavelmente esse mês, se não for essa semana vai ser na próxima- falo e ela confirma com a cabeça.

[...]

Olho para o meu reflexo no banheiro da quadra e respiro fundo apertando a bancada, ok, acho que isso não é contração falsa não, vai Letícia, respira fundo e chama o teu marido para ir para a maternidade.

Metralha: preta- me chama batendo na porta do banheiro
Eu: tá aberta- falo e ele entra me encarando confuso- vamos para a maternidade, vai nascer- falo e ele me me pega no colo numa velocidade que eu até me assustei.

   Ele me coloca no carro e vai buscar a Valentina, a viagem para o hospital foi rápida, ele não teve dó nenhuma do acelerador, quando chegamos ele ja tratou de me colocar numa cadeira de rodas e foi me levando para dentro da maternidade com a Valentina do nosso lado sem entender nada tadinha.
  Logo a cambada de gente entra na sala de espera da maternidade com cerveja na mão, prato de comida, meu pai até com bandeja de carne tá, vê se eu posso meu Deus.

Carol: toma, vai comendo para ter forças para colocar essa criança para fora de você- fala e eu dou risada pegando o prato.

  O Metralha coloca os meninos para irem buscar as bolsas no carro enquanto ele faz a minha ficha e ficamos só esperando me subirem para o quarto.

[...]

Va: mamãe tá doendo muito?- pergunta e eu nego com a cabeça, a minha filha não precisa saber que eu estou morrendo de dor
Fê: Valen- chama a minha filha pegando a mãozinha dela- vamos comer alguma coisa lá na lanchonete- fala e sai puxando a minha filha que nem podia estar aqui no quarto, mesmo sendo apenas eu e tals, não deixam ela subir, subimos ela escondida tadinha.
Metralha: tá doendo muito?- pergunta passando a mão na minha cabeça e eu confirmo com a cabeça
Eu: pra caralho- falo e logo dou um grito de dor quando a contração vem.

  Não tá dando um tempinho mais não, está vindo é uma atrás da outra, sem parar, sem parar, sem parar, passou uma e já vem outra, meu pai amado, que dor dos infernos meu Deus.

Dra. Camila: calma Letícia, já vamos te levar para a sala de parto- fala entrando no quarto e me passa para uma cadeira de rodas com a ajuda do Metralha- quem vai assistir o parto? Só pode uma pessoa- fala e o Metralha olha para a minha mãe todo murchinho já que ela falou que queria assistir o parto
Metralha: cê quer ir sogra?- pergunta e ela nega com a cabeça sorrindo
Carol: esse momento é seu menino, vai e cuida dela lá dentro por mim- fala e eles saem me empurrando para a sala de parto e eu aqui morrendo.

[...]

  Agora eu me encontro deitada na sala de parto com o metralha atrás de mim segurando a minha mão e acariciando o meu rosto, meu Deus, como eu amo esse homem.
  Ele se abaixa ficando na minha frente e encosta a sua testa na minha enquanto eu eu faço força pela milésima vez.

Metralha: ei, você é forte para caralho, tô aqui contigo, vai mulher- fala e abaixa a máscara me dando um beijo na testa
Eu: eu te amo- falo e grito de dor fazendo mais força
Metralha: eu te amo- fala e me dá outro beijo na testa.

  Faço mais e mais força, logo um chorinho fino e escutado pela sala e eu vejo o meu marido sorrindo com os olhinhos dele cheios de água, erguem o Victor na sala e eu só vejo a bundinha dele roxa e começo a chorar, o Metralha se segura na cama e começa a chorar que nem um bebê, a médica nos olha e da uma piscadela para mim.

Dra. Camila: você conseguiu mamãe, agora vem papai, corta esse cordão umbilical- fala e o Metralha vai.

Logo ele vem com a médica para o meu lado e ela coloca o bebê em cima de mim e ele que chorava de berrar se acalmou e começou a me cheirar.

Dra. Camila: ele reconheceu a mamãe- fala sorrindo e eu trato logo de passar a mão no meu filho para ter certeza que ele é de verdade.
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  Me desculpem o sumiço repentino, a minha bronquite asmática atacou e eu estou o resto, do resto, do resto do basculho, sem pique para nada.

Meu Glorioso PecadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora