Capitulo 26 - Há luz em mim

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Gina Weasley estava caída no chão, gritando de dor, ela sentiu o ar desaparecendo de seus pulmões. Sentiu seu coração parando de pulsar. Ela não tinha forças. A dor causada pela maldição imperdoável era insuportável. Ela não tinha forças nem ao menos para gritar. Era seu fim.

- Eu esperei tanto por esse momento – Lucius dizia – O momento em que faria um fim em sua vida Weasley. Você é a causa de meu filho ser um covarde idiota. Quando você estiver morta, ele estará livre, e poderá ser o garoto na qual eu criei para ser. De sangue puro e princípios.

               A ruiva queria responder, queria dizer que Draco era uma pessoa melhor agora, queria dizer que o garoto era bom. Mas ela só conseguiu soltar alguns resmungos. Então ela fechou os seus olhos. Encolheu-se, deixou as lágrimas caírem. Ela viu toda sua vida pelos seus olhos. Lembrou-se dos momentos com sua família. Lembrou-se dos natais em que todos os Weasley estavam reunidos. Lembrou-se de brincar no quintal com seus irmãos. Lembrou-se de como brigava com os gêmeos por causa das inúmeras pegadinhas. E de como sempre admirou Gui e Carlinhos. Ela viu o sorriso de sua mãe. E sentiu o abraço carinhoso de seu pai. Lembrou-se de Ron, e de como sempre foram tão próximos, de como ele sempre tentava protege-la. Também passou pela sua mente seu primeiro dia em Hogwarts, como ela estava ansiosa e nervosa para entrar no colégio. Para ser uma Grifinoria, para dar orgulho aos seus pais como todos seus irmãos deram. Lembrou-se até de Percy, a ovelha negra da família. Ela via a imagem de Luna e Neville, seus melhores amigos. Ela podia ouvir a voz de Luna procurando pelos seus sapatos, e podia ver o rosto de Neville sujo de ferrugem, em decorrência de alguma poção que deu errado. E, viu ele. Draco Malfoy. Ela lembrou-se do dia em que percebeu que estava apaixonada. Ela lembrou-se dos momentos que passou com o garoto. Dos passeios pela Hogsmeade. Das infinitas conversas sobre os quadros do castelo. Das brincadeiras, dos sorrisos. Dos beijos. Ela podia sentir o cheiro dele. O perfume forte da Dior, Sauvage. Mas o cheiro parecia tão real. Tão perto. Gina sorriu. Se fosse para morrer sentindo o cheiro dele, sentindo o cheiro do seu grande amor. Ela morreria feliz. Durante o tempo na qual ela recordava de sua vida, ela não ouvia nada que acontecia ao seu redor. Como se estivesse longe. Distante.

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                                 Draco aparatou exatamente a onde Gina estava. Agora ele estava na frente da garota. Criando uma barreira entre ela, e seu torturador, Lucius Malfoy.

- Draco? – o homem falou – Saia da frente – ele falou autoritário – Vamos Draco, saia. Deixe-me acabar com essa sangue-traidora asquerosa.

- Você não vai mais machuca-la – o garoto agora apontava sua varinha para o peito do homem.

- Draco, querido – o homem riu – Vamos, vai ser melhor assim. Com ela morta, você poderá se juntar a nos. Você será grande. Poderoso.

- Eu não serei nada sem ela.

- Ah, vai falar que está apaixonado por essa nojentinha, filho. – O homem apontava a varinha para o garoto – Saia da minha frente. Vou mata-la. Nem que para isso tenha que te derrubar dessa torre.

- Você não vai machuca-la.

- Você não é nenhum herói meu filho. Vamos, o lorde das trevas ficará muito feliz em te receber. Agora me deixe terminar esse trabalho.

- Não.

            E então Lucius Malfoy sussurrou um feitiço para desarmar o filho. Mas, Draco Malfoy foi mais rápido. Ele não poderia deixar que ele mata-se a garota. Ele não poderia deixar que seu próprio pai acabasse com a vida de Gina. O loiro não teve tempo para pensar, raciocinar ou planejar algo. Ele tinha apenas uma escolha, a vida de seu pai, o homem que o torturou durante anos. O homem que o tornou um monstro. O homem que matou inúmeros inocentes. Ou a vida de Gina Weasley, uma garota de pequeno porte, de longos cabelos cor-de-fogo, de sardas no rosto. De uma coragem insana. Uma garota que sempre deu seu máximo para proteger a todos ao seu redor. Uma garota boa. De coração imenso. Uma garota na qual ele amava mais que tudo. Então, ele fechou os olhos, e antes que o feitiço de seu pai o alcança-se, ele gritou.

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