Capítulo 15 - Presente de natal

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Se fosse descrever o jantar daquela noite em uma palavra, seria intenso. Os gêmeos como sempre, não paravam de fazer graça, contar piadas, fazer coisas sumirem e voarem. Gui, Carlinhos e Fleur tentavam disfarçar o descontentamento em ter Draco Malfoy na mesa, afinal, eram adultos, e não poderiam demostrar desconforto por causa de um garoto. Então, eles simplesmente ficavam conversando sobre suas vidas, empregos, e vez ou outra se viravam para rir das artimanhas dos gêmeos. Molly e Arthur ficavam observando a mesa grande e cheia, com sorrisos no rosto. A mulher se certificava de que nenhum prato ficasse vazio, e senhor Weasley observava atentamente as crianças, com um sorriso no rosto. O casal também não se sentiam confortáveis com a presença do pequeno Malfoy sentado a mesa, mas ambos, assim como a filha mais jovem do casal, acreditavam que todo mundo merecia uma segunda chance. E o garoto, aparentava merecer uma segunda chance, já que durante todo o jantar foi até que simpático.

Mas, o trio de ouro não estava nem um pouco feliz com a situação. O natal era o feriado preferido deles, e agora, o loiro estava ali, o que os impediam de ficar totalmente felizes. Durante todo o jantar, olhavam feio para o garoto, e trocavam alguns insultos e ameaças, de forma que os adultos não os ouvissem.

- Tenho certeza que ele está aprontando algo. – Rony cochichou para Hermione.

- Ele está se comportando Ron.

- Ele está atuando – Harry se meteu na conversa – Draco Malfoy não é bom. Nem gentil ou simpático.

- Talvez Gina tenha razão – Hermione falava.

- Não vai dizer que vai ficar do lado desse idiota Mione? – Ron.

- Não! – a garota falou séria – Mas não dá pra negar que ele está se comportando bem.

- Porque está tramando algo – Harry.

- Seria uma honra saber o que pensam de mim – Draco pigarreou algo, do outro lado da mesa.

- Pensamos que você é um babaca.

- Penso o mesmo de vocês.

- Da pra pararem? – Gina falou com um ar de reprovação, chutando a perna do irmão por baixo da mesa – Vamos aproveitar o feriado, por favor.

-(0)-(0)-

Era manhã de natal. Gina e Hermione levantaram cedinho e foram até a sala, para abrir seus presentes, haviam tido uma boa noite de sono, e estavam ansiosas para ver o que haviam ganhado. Logo em seguida, os três meninos desceram as escadas, com as caras fechadas, e olheiras carregando seus olhos. Ambos possuíam frustação no rosto, resultado da noite anterior. Os garotos não haviam dormido absolutamente nada a noite toda. Depois do jantar, os três subiram até o quarto em silencio. As coisas pareciam estar indo bem. Mas, reunir Harry Potter, Ronald Weasley e Draco Malfoy em um pequeno quarto, era de longe uma boa ideia.

- O jantar estava delicioso. – Harry falou se sentando em seu colchão.

- Mamãe arrasa – Os dois haviam combinado de ignorar a existência do loiro.

- Como podem chamar aquela gororoba de comida? – Malfoy falou girando sua varinha na mão. Por mais que gostasse de Gina, não perderia uma oportunidade de implicar com Potter.

- Ouviu algo Harry? – Ronald falou – Parece o som de uma mandrágora.

- Como se vocês tivessem dinheiro para cultivar mandrágoras. – o loiro ainda olhava para sua varinha.

- Cala a boca Malfoy – Harry se irritou.

- Pensei que estivesse me ignorando.

- É impossível ignorar sua chatice. – Rony.

- Não é o que sua querida irmãzinha acha.

- Idiota, não ouse falar assim da Gina – Harry se levantou.

- E o que eu disse de errado Potter? – o loiro riu, ainda encarando sua varinha – Que Gina gosta de mim? Que ela me quer ao invés de você?

- Cala a boca Malfoy – Harry falou pegando sua varinha.

- Qual é Potter, vai me atacar novamente? – o loiro riu – Vamos, tente – agora o garoto olhava para o moreno – Vamos ver o que o ministério vai achar ao ver o queridinho Harry Potter usando uma maldição imperdoável.

- Eles ficariam gratos – Ronald retrucou.

Malfoy pensou em ataca-los. Era a ocasião perfeita. Poderia destruiu Potter ali. Sem muitos esforços. Provavelmente toda a família estaria dormindo. Mas Gina estava no quarto ao lado. Draco não poderia fazer nada com ela por perto. Não conseguiria.

- Vocês me dão sono – o loiro falou se deitando. Resmungou algo sobre o colchão não ser nada confortável.

E depois disso, nenhum dos garotos conseguirá dormir. Acreditavam que assim que pregassem os olhos, seriam atacados.

Eles trocavam insultos enquanto desciam as escadas. Draco carregava um olhar ainda mais pesado que os outros. Frio e gélido.

- Bom dia meninos – Hermione falou tentando aliviar o clima.

Mas ninguém respondeu, Harry e Rony se aproximaram das duas perto da grande árvore de natal decorada, carregada de presentes embaixo. E Draco se sentou em um sofá que ficava um pouco atrás deles.

- Bom dia Draco – Gina virou-se para o loiro, e lhe mandou um beijo pelo ar.

- Bom dia ruivinha – ele forçou um sorriso, e fingiu pegar o beijo no ar.

- Acho que vou vomitar – Ron.

Logo Arthur e Molly desceram as escadas, com largos sorrisos no rosto, eles ficaram parados em pé um pouco distante dos garotos.

- Podem abrir – Molly falou.

E então eles começaram a abrir seus presentes, agradecendo um ao outro. Todos haviam ganhado o famoso suéter da senhora Weasley.

Depois de abrirem todos os presentes, Harry, Rony e Hermione caminharam em direção à cozinha para tomarem o café da manhã, seguidos de Molly e Arthur. Gina foi até o loiro com um pacote nas mãos.

- Esse é seu – ela falou com um sorriso no rosto – é da mamãe.

- Sua mãe me deu um presente? – ele falou surpreso pegando o pacote.

A garota concordou, com brilho no olhos.

O garoto abriu o pacote em silencio, era um suéter, feito a mão, era verde e prateado, com um grande "D" bordado a frente.

- é lindo.

- é meio brega, eu sei – a garota riu – mas, ela gosta de fazer para nós, é uma forma de demostrar seu amor – ela deu de ombros.

- eu gostei de verdade – ele sorriu.

Draco Malfoy realmente havia gostado. Nunca havia ganhado algo feito à mão. Algo dado com carinho. Algo que não representasse apenas dinheiro e poder.

- Tenho algo para você – ele falou entregando um pequeno pacote para a garota, havia mandado uma carta para o elfo domestico da família, pedindo para comprar o presente, escondido de seus pais.

- Para mim? – ela falou pegando o pequeno pacote e abrindo. Era um colar, com um pequeno pingente de coração na cor verde – é lindo Draco, me ajuda – ela entregou o colar para o garoto, virou de costas para ele e segurou seus cabelos. O garoto colocou o colar no pescoço da garota, ela se virou de frente novamente para ele, e o beijou.

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