Capítulo 2 - Inicio

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Já faziam duas semanas desde que Gina havia esbarrado em Malfoy, ela estava tomando café da manhã junto dos outros integrantes de sua casa, Grifinoria, ao lado de seu irmão Rony, e dos amigos do garoto, Hermione e Harry, Harry Potter, o garoto que havia sobrevivido ao ataque daquele-que-não-deve-ser-nomeado. Eles conversavam sobre a copa de Quadribol, que começaria em breve.

- Esse ano nos vamos vencer, como todos os outros – Ron falava com o peito estufado – Com minha irmãzinha na liderança, não tem erro.

- E com um apanhador como Harry – Gina falou mordendo uma torta de amora, desde criança tinha uma quedinha pelo moreno. Mas, nunca havia passado de uma paixonite platônica.

- Vocês precisam treinar muito – Agora era vez de Hermione falar – Como sempre, Lucio Malfoy comprou vassouras novas para todo o dia da Sonserina.

- Não é só porque eles tem vassouras boas, que eles sejam bons – Gina falou, agora bebendo um pouco de suco. – Já criei novas táticas, e vamos começar os treinos na segunda – ela falou com um sorriso no rosto – Vamos vencer.

Eles ficaram ali, falando sobre assuntos aleatórios, por um instante, Gina Weasley olhou para frente, para a mesa mais distante dali. E teve a sensação de que Draco Malfoy a encarava.

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Era evidente que Draco Malfoy andava mais cansada do que de costume, e mais irritante também. O garoto aproveitava de qualquer oportunidade para zombar de algum aluno, de preferencias aqueles que não fossem sangue-puro. O garoto também vivia perseguindo Potter, todos sabiam que eles eram inimigos declarados. E, estavam sempre se metendo em encrencas. Mas, sua risada não era mais tão eufórica como nos primeiros anos, e suas piadas deixaram de ser realmente engraçadas fazia um tempo.

Seu rosto pálido estava sempre carregado de imensas olheiras, e seu corpo parecia doer a todo instante. Sinais de que algo não ia bem. E é claro que não ia. Já fazia um tempo que o garoto não dormia direito, passava praticamente todo seu tempo livre escondido na sala precisa. E sempre que tinha a oportunidade de dormir, acabava tendo pesadelos horríveis.

Era sexta-feira, fim de tarde, e o garoto caminhava pela floresta proibida, não havia o que temer ali, afinal, ele próprio seria capaz de fazer coisas muito piores do que os monstros que ali moravam. Apesar de ser proibido perambular pela floresta, o garoto havia saído escondido. Ali, caminhando entre as árvores, era o único lugar na qual ele realmente conseguia ficar sozinho, e esvaziar um pouco a mente. Ele gostava do cheiro das árvores, da terra molhada, gostava de quando o vento batia em seu rosto.

O garoto estava distraído, apreciando as poucas estrelas que começavam a aparecer no céu, quando algo o derrubou. Ele estava caído no chão, quando sentiu algo gosmento sobre sua bochecha.

-CANINO – uma voz feminina conhecida gritou, Draco pode ver pelos sapatos de quem se tratava.

- Tira essa coisa de cima de mim – o garoto falava tentando empurrar o cachorro, que dava grandes lambidas em seu rosto – Tira essa coisa nojenta daqui – ele resmungava.

- Qual é Malfoy, medo de um cachorrinho? – a garota falou se abaixando, e puxando o animal para longe do garoto, que se levantou e sacudiu suas vestes que agora estavam sujas de lama.

- O que faz por aqui Weasley – ele falou sem olhar para a garota, estava realmente irritado por estar todo sujo.

- Passeando com Canino – ela disse o que estava evidente – Hagrid está atolado de coisas para fazer, e me pediu para dar uma volta.

- Porque você sempre me derruba? – ele falou baixinho. Não era a primeira vez que ele acabava no chão por causa da garota.

- Ele só queria brincar – a ruiva falou acariciando o cão – Sempre achei que canino não gostasse de você, mas – pausa – Acho que estava enganada.

- Brincar – ele revirou os olhos.

- E você, o que faz por aqui? – ela falou pensativa – Planejando algum assassinato?

- É por ai – ele deu uma risada sarcástica.

A garota pegou sua varinha, apontou para o garoto e sussurrou algo, e logo a roupa do garoto estava limpa novamente.

- Espero que alcance seu objetivo sombrio – ela falou, puxou o canino e começou a caminhar, o garoto correu atrás dela, sabia das coisas realmente sombrias que se escondiam pela floresta.

- Te acompanho – ele falou.

A garota parou, e colocou a mão na testa do garoto, que fez uma cara estranha.

- Só conferindo se não está doente – ela deu de ombros – Você não é do tipo educado – pausa – Você me odeia – ela riu.

- Oh – pausa – Não – ele riu – Não gosto do seu irmão, e dos amiguinhos dele – ele fez cara de nojo – Você não tem culpa de ter nascido em uma família tão suja.

A garota pegou sua varinha novamente, e apontou para ele.

- Não fala assim da minha família – ela grunhiu de raiva.

E algo absurdamente assustador saiu da boca do loiro.

- Desculpe-me.

There's a light in youWhere stories live. Discover now