Capítulo 6 - Baunilha, sangue e dor

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Gina havia acordado cedo no sábado, colocou suas vestes e foi correndo até o salão principal, em busca de Draco, mas não o encontrou. Então ela se sentou e comeu um pedaço de torrada, não estava com fome. Ela começou a andar pelos corredores, arrastando os pés, estava ficando preocupada com o garoto. Sabia que ele tinha o costume de desaparecer, mas, sempre aparecia logo e seguida. Ela se arrastou por uns dois corredores, até que se aproximou de uma sala com a porta entreaberta, ela ouviu um resmungo, e sem pensar duas vezes, entrou na sala, que estava praticamente vazia, exceto pelo fato de ter um corpo caído no canto, grunhindo de dor, com um corte na testa.

- Draco? - a garota correu em direção do garoto, que secou seu rosto, para esconder as lágrimas.

- O que tá fazendo aqui Gina? – ele falou sem olhar para a garota.

- Estava te procurando – ela se sentou do lado do garoto – Não me esperou ontem, fiquei preocupada.

- Estava resolvendo umas coisas.

- Que coisas Draco? – ela falou olhando para o corte da testa do garoto – Está ferido.

- Não é nada Gin – ele sorriu – Fizemos um duelo no salão comunal ontem a noite, e levei a pior – ele deu de ombros.

- Que falta de responsabilidade – ela falou brava – Duelar sem nenhum adulto por perto?

- Qual é Gin – o garoto riu – Acha mesmo que sigo ordens? Que me importo se tem alguém por perto?

- Ah, não – ela riu – Mas deveria procurar madame Pomfrey, ela pode te ajudar.

- Não preciso de cuidados médicos – ele bagunçou o cabelo da garota – Estou bem, sério – ele sorriu.

Era mentira. Não estava bem. Cada musculo de seu corpo, cada osso, cada nervo, doía. E muito.

- Está me devendo um passeio - a garota encostou a cabeça no ombro do loiro, que se esforçou ao máximo para não gemer de dor. Ele então passou seu braço direito sobre o corpo da garota, e a abraçou de lado.

- lhe recompensarei ruivinha.

- Você tem cheiro de baunilha. – ela falou brincando com a mão do garoto que estava sobre seu ombro.

- Merda ruivinha, baunilha não é nada másculo ou assustador – ele riu.

- Mas é muito bom – ela riu.

- Eu sei que sou cheiroso Gin – ele apertou ainda mais a garota para perto de si – Eu só incrível, em todos os sentidos.

- Convencido. – ela fez careta – Me lembre de nunca mais te elogiar.

- Oh, mas é a melhor parte do meu dia, quando você admite que sou incrível.

- E só disse que você cheira baunilha – ela riu – Bocó.

E eles ficaram ali, por um longo tempo, conversando sobre assuntos aleatórios.

-(0)-(0)-

Gina estava do lado de fora do seu salão comunal, observava a mulher gorda roncar tranquilamente dentro do seu quadro. Já era tarde, e todos estavam dormindo.

- Ruivinha – Draco apareceu.

- Porque você sempre se atrasa?

- Sou um cara ocupado Weasley – ele puxou a mão da garota, e eles começaram a caminhar lentamente para fora do castelo.

- Ocupado é? Com o que?

- Matérias Weasley – ele riu – Coisas de escola.

- Sei – ela falou um tanto desconfiada. Mas, desde o dia em que decidirá dar uma chance a Draco, sabia que algumas coisas poderiam vir no pacote, como segredos e arrogância.

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