Capítulo 18 - Comensal?!

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  A Sonserina havia ganhado a partida de Quadribol contra a Corvinal, Gina Weasley era a única garota que comemorava na arquibancada, ela tinha o rosto todo pintado de verde, e usava o cachecol de Draco. Ninguém ali gostava dos alunos da Sonserina, ninguém queria que eles ganhassem e de certa forma, Gina sabia que a próxima partida ela mesma competiria contra o garoto, mas, enquanto fossem outros times, ela ficava feliz em ver o loiro ganhando.

Quando a partida terminou, a ruiva saiu correndo no meio da multidão, queria dar parabéns para o garoto, pela jogada incrível que ele havia feito, levou alguns minutos até ela chegar ao vestiário.

- Hum, cadê o Draco? – ela perguntou para um dos alunos da Sonserina que estavam ali.

- Malfoy gosta de privacidade – ele falou apontando para o canto do vestiário, onde havia cortinas de lençóis, como uma pequena cabana – Mas acredito que não se importaria se sua namoradinha entrasse. – ele deu um sorriso maligno – Draco amaria uma comemoração particular.

Gina caminhou em direção até a pequena cabaninha, puxou o lençol e entrou, o garoto estava de costas, sem camisa. Por um instante a garota observou cada detalhe das costas do garoto. Cada músculo. Ele era realmente forte. Ela também observou que ali havia muitos hematomas, e ainda haviam algumas cicatrizes da maldição Sectusembra.

- Gin? – ele falou se virando para a garota. Seu abdômen era tão lindo, era magro, mas forte e musculoso. Ela percorreu o olhar por cada detalhe, sempre admirou a beleza de Draco, seus lindos olhos acinzentados, seus cabelos tão loiros que chegavam a parecer brancos, e vê-lo sem camisa, apenas a fez perceber o quão lindo ele era.

Não, espera, tinha algo de errado, algo não combinava com tamanha beleza, algo não se encaixava ali.

- Gin – ele repetiu. Estava paralisado.

A marca negra. Estava ali. No braço direito do garoto. Era grande e assustadora. Uma grande cobra entrelaçada a um crânio.

- Draco – ela falou enquanto as lágrimas caiam de seu olho – Que merda é essa Draco?

- Eu posso explicar ruivinha.

- Explicar? Explicar o que Draco? – sua voz estava alterada – Você é um deles, você é um – pausa - Comensal, você serve a Voldemort?!

- Eu posso explicar.

- É claro que você é a droga de um comensal, como poderia ser diferente? – ela encarava os olhos frios do garoto - Agora tudo faz sentido. Porque Draco? Pelo poder? Por atenção?

- Tenho meus motivos – ele continuava parado, olhando a expressão da pequena. Ela tinha um olhar de nojo, raiva e ódio.

- Esse tempo todo eu acreditei em você, eu acreditei que você fosse melhor.

- Eu nunca disse que era bom Weasley. Eu sempre deixei claro minhas intenções. Eu sempre te disse que havia trevas dentro de mim.

Era verdade. Draco Malfoy nunca havia fingido ser bom. Ele nunca havia deixado de torturar alunos nascidos trouxas com palavras ofensivas. Ele nunca deixou de humilhar aqueles que não fossem puros. Ele nunca deixou de ter aquele olhar sombrio e frio. Ele nunca deixou de brigar e se meter em confusão. Ele era bom, apenas quando a garota estava por perto. Apenas quando estavam a sós.

- Porque Draco? Você foi gentil comigo, você foi bom comigo.

- Como disse, tenho meus motivos.

- Tudo isso foi – pausa – mentira? Esse tempo todo você estava me usando?

- Gin, tudo que eu disse ou fiz foi REAL.

- Como pode mentir para mim? Como pode ser tão cruel? Era isso que você queria Draco? Quebrar meu coração? Me quebrar?

- Não Gin. Deixa-me explicar. – pausa – Eu sempre deixei claro para você que eu não era bom. Não tenho culpa se você criou uma imagem distorcida de mim. – pausa – Mas eu posso te explicar. Deixe-me explicar ruivinha.

- Não tem o que explicar – pausa – VOCÊ É MAL, VOCÊ É UM DELES, COMO EU PUDE SER TÃO ESTUPIDA? COMO EU PUDE ACREDITAR EM VOCÊ? COMO EU PUDE TE AMAR?

Draco ficou parado. Nenhum dos dois nunca haviam dito nada relacionado à palavra AMOR.

- Gin – ele repetiu.- Por favor, me escute. – pausa – Eu não tive escolha.

Mas a garota não respondeu, ela apenas se virou e começou a andar.

Draco ficou parado, tentando elaborar uma frase, tentando entender o que estava acontecendo. Gina havia descoberto seu segredo. Ou pelo menos um deles. Gina Weasley nunca iria perdoa-lo. Gina Weasley iria entrega-lo. Afinal, Gina Weasley era, apesar de ser menor de idade, membro da ordem da fênix.

- Obliviate – Ele apontava a varinha para a garota, que se defendeu e virou-se novamente para o garoto.

- NÃO OUSE APAGAR MINHAS MEMORIAS – Ela gritou o mais alto que pode – Mesmo que elas sejam dolorosas, não ouse usar esse maldito feitiço em mim. Não ouse chegar perto de mim, ou dirigir quaisquer palavras a mim Draco. - E então saiu correndo para longe dali. Draco por um momento pensou em ir atrás, mas ainda estava sem camisa, e não seria nada agradável se mais alguém visse seu braço direito.

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