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🥀Letícia Montenegro🥀

Sérgio: SUA VAGABUNDA IMPRESTÁVEL, MISERÁVEL, PUTA DE QUINTA- grita comigo no meio do restaurante que eu trabalho, enquanto isso eu estou mantendo a calma para não acabar perdendo o emprego.

Quando eu era pequena os meus pais me deram para o tio Sérgio, eles não tinham condições para me criar e criar os meus irmãos mais velhos, éramos em três irmãos, Lucas o mais velho que é três anos mais velhos que eu, o Pedro que é dois anos mais velho que eu, e eu que sou a caçula e até onde eu sei, a caçula... Eu tinha 5 anos na época, meus pais me deixaram com o meu tio que morava ao lado deles, todos os dias eles iam me ver e eu passava o dia na casa deles, porém... Um dia o tio Sérgio me levou embora, ele literalmente fugiu comigo para o complexo do alemão, que hoje é ando eu moro com ele, depois disso meus pais não tiveram mais notícias e eu não tenho como os achar... Seus nomes era Carolina Monteiro e Jonas Monteiro, meus pais.

Ricardo: está tudo bem por aqui Letícia?- pergunta o meu gerente e eu confirmo com a cabeça
Eu: sim senhor, só o meu tio fazendo escândalo novamente, já irei retirá-lo daqui- falo e ele nega com a cabeça
Ricardo: os seguranças irão cuidar disso- fala e os seguranças aparecem arrastando o meu tio para fora do restaurante que eu trabalho
Eu: obrigada senhor, prometo que isso não irá acontecer novamente- falo e ele confirma com a cabeça
Ricardo: espero, lembre-se, essa é a quarta vez só nesse mês- fala e eu confirmo com a cabeça.

Bom, eu trabalho dia e noite para pagar as dúvidas que meu tio abriu na boca, que eu tenho apenas dois dias para conseguir pagar dez mil e quinhentos e cinquenta reais até amanhã, o que é impossível já que eu ganho apenas 569 por mês.
  Daqui a alguns meses eu completo a maioridade e consigo um salário de mil quinhentos e sessenta e nove, hoje quando eu chegar no morro eu vou lá na boca tentar conversar com o Metralha, não é a primeira vez, mas, a esperança é a última que morre, não é mesmo?!
[...]

Chego em casa morrendo de sono, vou até o meu quarto correndo antes do tio Sérgio conseguir me ver, se eu tenho medo dele? Tenho! Desde que ele me trouxe para cá, ele me bate noite e dia, já me abusou incontáveis vezes e me vende como se eu fosse uma prostituta... Acho que esse é um dos motivos da minha depressão e da minha ansiedade...
  Jogo a minha mochila na cama e pego uma muda de roupas no guarda roupa, vou até o banheiro e tranco a porta, tomo um banho rápido e me seco na toalha, visto uma calcinha preta qualquer, uma legging preta, um top preto com uma camiseta cinza.
   Bom, lá vamos nós encarar o Metralha... Metralha é o dono do morro aqui, tenho pavor dele, nunca vi ele pessoalmente, aliás pq sou de casa pro trabalho e do trabalho para casa, não saio muito aqui no morro, mas pelo o que eu escuto dos moradores ele é horrível, mata sem dó, todo tatuado, grosso, alto, anda sempre com o braço direito dele, pesadelo e o gerente geral do morro Magrim... Deus me dibre viu?!
    Subo o morro.para a principal e entro fazendo com que os vapores me encarem com uma certa malícia, ignoro e vou andando até um cara todo tatuado, muito lindo, gostoso, assim, perfeição em forma de gente.
- o que tu quer aqui?- pergunta serinho
- Eu: gostaria de falar com o Metralha- falo e ele olha pro cara do lado dele
- - só vai reto aqui, última porta no corredor- fala e eu confirmo com a cabeça.

Vou andando até onde ele mandou e na porta mesmo eu escuto a voz do meu tio.
Tio Sérgio: fica com a minha sobrinha, ela deve te servir para alguma coisa, ela é gostosinha, da uma boa foda- fala e eu escuto uma risada
- fechado- escuto uma voz grossa e nego com a cabeça.
Saio de lá e desço o morro correndo, para fora do morro, saio do morro e vou correndo sem rumo, quando eu dou por mim estou em uma rua conhecida, eu já estive aqui, só não me lembro quando, continuo correndo para longe e quando eu penso que não dou de cara com uma muralha.
Eu: desculpa- falo sem nem olhar para a pessoa, porém, quando eu olho vejo o dois caras da boca me encarando com sorrisos irônicos nos lábios
- você não achou que ia conseguir fugir, ou achou?- pergunta e agarra os meus braços.
Eles me dão uma coronhada e ali eu apago.
[...]

Acordo num lugar desconhecido, olho para os lados e não reconheço o lugar que eu estou, aí meu Jesus, aonde eu tô meu pai?
- finalmente a boneca acordou- fala um cara entrando no quarto.
Ele é alto, tatuado, muito, muito, muito, muito bonito mesmo, gostoso, voz grossa, cara séria.
Eu: quem é você?- pergunto e ele da risada alto
- seu dono- fala e eu arregalo os olhos, então esse é o Metralha
- Eu: olha, me deixa ir embora, por favor, eu juro que vou dar um jeito de pagar a dívida do meu tio, mas por favor, não faz nada comigo, eu te imploro- falo e ele nega com a cabeça
- Metralha: não, não, não, você até que é bem gostosinha viu?! Bem que seu tio me falou- fala e eu nego com a cabeça- você tentou fugir, também tem coragem, porquê eu tenho certeza que você sabe que qualquer um que tentou fugir de mim, hoje está a sete palmos de abaixo do chão- fala e eu me arrepio todinha
Eu: me deixa ir por favor- imploro quase chorando já- eu te pago o quanto você quiser, só me deixa ir embora, amanhã eu peço um empréstimo pro meu chefe, sei lá- falo desesperada e ele nega com a cabeça
- Metralha:...

Meu Glorioso PecadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora