É por amor.

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Arizona:

Me troco e vou em direção a emergência, Addison me encontra no meio do caminho e pede pra eu não exagerar nos esforços:
- Vai com calma na emergência viu!? Eu vou entregar o relatório pra chefe e de lá vou pro hotel, tenho uma videoconferência com o pessoal de Chicago e aproveito pra descansar um pouquinho. Encontro vocês no final do dia, só me chamar lá na recepção. - diz ela se afastando e se despedindo.

Ainda fico pensativa sobre o que escutei da Eliza, vou contar pra Callie mas tenho medo dela tentar fazer algo porque, a paciência da Callie é boa, mas qualquer coisinha ela pode explodir.

~ na emergência ~

- Tem certeza que tá bem pra trabalhar até o fim do dia? - me pergunta Callie quando me vê.
- Estou sim. Já que vamos sair mais cedo, podemos buscar a Sofia pra ficar com ela e dar a notícia, né? - digo, pegando o tablet de pacientes.
- Pode ser! Mas a gente passa no hotel da Addison pra avisá-la e aí vamos pra casa. A noite Addison vai pra lá jantar com a gente.  - diz ela sorrindo pra mim.
- Você comeu? - pergunto a ela.
- Que nada, tive que vir correndo pra emergência, chegou caso ortopédico. E você? - me pergunta ela enquanto faz umas anotações.
- Não... vamos lá na lanchonete? Preciso te falar umas coisas também que estão me preocupando - digo a ela, que em seguida larga o que estava anotando.
- Vamos agora. - diz ela pegando na minha cintura.

~ na lanchonete ~

Pegamos o que comer e sentamos pra conversar.
- O que você tem pra me dizer? Tem certeza que tá tudo bem com você? Olha, a Addison não tá longe, qualquer coisa chamo ela e... - eu a interrompo.
- Calma! Eu estou bem, te juro. O problema é outro, é aqui fora. Dentro de mim tá tudo sob controle - digo passando a mão em seu rosto.
- Então fala!
- Você viu o que assinou? Quando o residente Jake veio até você... - pergunto.
- Era a alta do paciente da ortopedia, porque? - questiona ela.
- Não era alta nenhuma, eu pelo menos acho que não. Callie, assim que você saiu da obstetrícia, a Eliza entrou e falou umas coisas estranhas e saiu com um papel na mão. Aquilo é alguma coisa, e não é nada bom. - digo a ela.
- Mas o tal paciente que dei alta saiu realmente do hospital, eu olhei os registros. - diz ela, tentando entender.
- Callie, qual a hora que ele saiu sendo que a chefe havia nos dispensado e você não entrou pra atender ninguém e muito menos pra dar alta. - explico.
- Faz sentido, faz todo o sentido. E agora? O que eu assinei meu Deus - diz ela passando a mão na cabeça.
- Callie, eu acho que devemos fazer alguma coisa. Tem a Sofia, tem o bebê vindo, a gente... ela sabe de tudo, só não sei que ela sabe que vamos renovar nossos votos então, todo cuidado é pouco. - digo pegando nas mãos dela.
- Tá mas o que a gente faz? Se só apertando o braço da Penny quase perco minha licença médica, bater tá fora de questao. - diz ela.
- Não, bater não. Eu preciso evitar estresse, o que ela tá fazendo é provocação, sabendo que posso perder o neném com qualquer coisinha, então acho que devemos ficar neutras. Só precisamos investigar aquele papel que você assinou e... - ela fica olhando pro nada enquanto eu falo. - Callie? Tá me ouvindo?
- Sofia!!! A escola da Sofia, será que aquele papel tem alguma coisa a ver? - diz ela assustada. Ela se levanta e sai correndo.
- Callie, espera! - grito por ela.
- Arizona fica aí, não sai daqui. - diz ela quando para.
Fico preocupada, mas preciso ficar calma pelo meu filho.

Callie:

Corri pra escola da Sofia.
- Oi, por favor quero ver a lista de pessoas autorizadas a pegarem Sofia Robbins. - digo quando vejo a diretora.
- Você é o que da Sofia? - pergunta ela.
- Sou mãe, Calliope Torres. - digo a ela.
Ela procura, procura...
- Senhora Calliope, as pessoas autorizadas a pegarem a Sofia são: Arizona Robbins mãe da aluna, Chandra Wilson amiga das mães, Mary Cousing vizinha e babá da Sofia e... me informaram que esses dias a senhora assinou uma autorização pra Eliza Minnick vir buscá-la, correto? - diz ela lendo o papel.
- Não, não e não. Tá errado! Retira o nome da Eliza agora, por favor. - digo a ela.
- Algum problema? - me pergunta.
- Sim, todos. Não deixa essa mulher vir aqui, encostar na Sofia. Ela está proibida. Ela me enganou! Eu estava saindo com a minha esposa do hospital e... e a Eliza usou um de nossos residentes pra me enganar. Então eu não dei autorização nenhuma, pode tirar. - digo, em desespero.
- Tudo bem, Drª Calliope. Eu vou retirar e Sofia só terá a saída autorizada das primeiras pessoas que eu citei. Tá bom? - diz a direção.
- Obrigada, muito obrigada.

O QUE NOS ESPERAVAWhere stories live. Discover now