Por tempo indeterminado.

678 52 5
                                    

Callie:

O dia amanheceu e já estávamos prontas pra ir ao hospital. Arizona insistiu em participar, mesmo que seja de longe e a Sofia vai ficar na casa da vizinha, que já criou um apego muito grande a ela.
- Está pronta? - diz a Drª.
- Acho que sim. - digo a ela.
Então, saímos as três de casa preocupadas porém confiantes de que tudo iria dar certo.

~chegamos no hospital~

Mal chegamos e avistamos Penny estacionando o carro.
Espero ela entrar pra sair do carro.
Entro de mãos dadas com a Arizona e a Drª Chelsea atrás da gente.
Avisto Penny de costas junto com a Drª Chandra, dois advogados e um juiz de causas pequenas.
Até que todos se viram.
- Drª Torres, Drª Robbins... bom dia. E você? - diz Drª Chandra olhando pra minha advogada.
- Muito prazer, me chamo Chelsea Johnson e irei defender a Drª Torres nessa reunião de hoje. - diz a Drª.
- Torres, tem um minuto? - diz Drª Chandra.
Me afasto das meninas.
- Você sabe que não pode contratar advogado de fora pra te defender aqui dentro Torres, isso é de responsabilidade do hospital. - diz a Drª Chandra.
Ela se afasta e chama a Drª Chelsea.
- Agradeço sua presença aqui mas... - ela é interrompida pela Drª.
- Antes que termine de falar, respeito sua autoridade aqui dentro desse hospital mas quando o assunto é denúncia, eu sou autoridade e minha cliente, Drª Torres, pode sim ter uma defesa que seja fora do hospital. Eu acompanhei esse caso em menos de 12 horas e tenho as soluções corretas para defendê-la. Se não aceitarem minha presença aqui como advogada, irei acionar a polícia e eu creio que a senhora não vai querer a cara do hospital estampada nos jornais por conta disso né? - termina ela de falar.

U-A-U!
Drª Chandra aceitou a presença da Drª Chelsea e então, seguimos pra sala de reuniões.
- Drª Robbins, peço que aguarde aqui. Tudo bem? - diz a Drª Chandra.
- Tá tudo bem, vou ficar aqui. - diz ela pegando no meu braço e dando um beijo. - Já deu tudo certo. E se afasta pra sentar na recepção.

~entramos na sala~

La estava Penny com seu advogado, sentada fazendo drama e com cara de vítima.
Houve a presença de apenas um segurança do hospital, que será responsável pela entrega das fitas da câmera de segurança, da responsável pelo RH, Drª Chandra, Drª Chelsea e eu.
Sentamos e começamos a ouvir a denúncia, que foi ditada pela Drª Chandra.
- As fitas das câmeras de segurança do dia do ocorrido estão conosco, portanto iremos vê-las juntos ok? - termina a Drª Chandra.
O segurança coloca as fitas e começa a mostrar.
Todos em silêncio.
- A defesa da residente Pennelope Blake já pode se apresentar. - diz o juiz presente no hospital.
- Bom, como vocês puderam perceber está mais que nítido que minha cliente sofreu agressão verbal e física, por mais que não saia som das câmeras, a expressão da Drª Torres quando estava com ela antes de entrar no quartinho, está agressiva e nervosa. Drª Torres, o que te fez arrastar a minha cliente pro quarto? - me pergunta o advogado de Penny.
- Isso é uma reunião ou um julgamento, Drª Chandra? O juiz presente, com todo o respeito excelência, é de causas pequenas. Não tem a necessidade de perguntas. - diz Drª Chelsea.
- Bom, pra sabermos o que aconteceu de fato naquele dia dentro da salinha, eu optei por escutar ambas as partes. - diz Drª Chandra que pede pra eu responder a pergunta do advogado da Penny.
- Eu estava me sentindo ameaçada por ela há dias, eu não venho tendo paz desde quando optei por ter minha família novamente, por culpa dela. Eu e a Penny nos relacionamos por um tempo curto, já fui casada na antiga cidade que eu morava e... bom, minha esposa voltou com a minha filha e escolhi elas. - termino de falar.
- Então a senhora me diz que a minha cliente estava te ameaçando, mas como seriam essas supostas ameaças? - pergunta o advogado.
- Ela provoca, já chegou a buscar minha filha de madrugada e sumir com ela. - digo a ele.
- Você deu liberdade a ela para conhecer sua filha? - pergunta ele.
- Sim, mas... - sou interrompida.
- A defesa de Pennelope encerra aqui. - diz ele, não me deixando terminar de falar.
Vejo o juiz de causas pequenas fazendo muitas anotações e o medo começa a surgir.
- Fica calma! - diz Drª Chelsea.
Ela se levanta.
- Drª Blake né? Pode te chamar assim? - pergunta Drª Chelsea a Penny.
- Pode, claro.
- Então vamos lá, quero que me diga quando conheceu a Drª Torres, bem resumido. E quando resolveram romper o relacionamento de vocês - pergunta ela.
- Eu a conheci quando fui residente no Grey-Sloan, em Seattle. Namoramos por lá e quando menos esperei, ganhei uma bolsa pra estudar aqui. Eu vim primeiro e ela veio depois mas estávamos juntas. Ficamos pouco tempo sendo felizes até que descobri que ela ainda conversava com a ex esposa e ela resolveu terminar porque Arizona estava a caminho de NY com a filha. - diz Penny, com a voz embargada.
- Hm, entendi. E como foi essa separação? Ela que optou por um fim definitivo ou te deu a oportunidade de conversar? - pergunta a Drª Chelsea.
- Não foi amigável, ela deixou bem claro que queria a tal família perfeita que ela tinha. Ela que decidiu terminar, eu ainda disse que se ela quisesse conversar, eu estaria em um hotel. Mas se passou tempo demais e tive que alugar um apartamento. - diz Penny.
- Ela não te deu esperanças de volta, nada do tipo? - pergunta Drª Chelsea.
- Não.
- Entendi. Primeira parte da defesa da Drª Torres se encerra aqui. - diz Drª Chelsea.
Eu não entendi muito bem onde que ela quer chegar perguntando do começo e do fim do meu relacionamento com a Penny, e isso começou a me preocupar porque Arizona disse que ela era a melhor.
- Tempo de 20 minutos para água e banheiro. Voltaremos a reunião pontualmente. - diz o juiz presente.

O QUE NOS ESPERAVAWhere stories live. Discover now