O QUE NOS ESPERAVA

Às vezes, o passado vêm a tona.

Arizona:

Normalmente as pessoas acordam entusiasmadas pra mais um dia de trabalho mas eu, conto as horas pra noite chegar e eu vir pra casa, ver a Callie e a Sofia e esquecer algumas caras que vejo no hospital.

Mas nada na vida são flores né? Preciso me preparar pra ir trabalhar, já que entro mais cedo e a Callie ainda está suspensa.

Vou pro banho e Callie entra.
- Bom dia meu amor, se afasta aí que eu vou entrar com você -  diz ela bem empolgada.
- A Sofia... - sou interrompida por ela entrando no box.
- Ela ainda tem uns 15 minutos de sono. - ela me dá um beijo. - tenho uma coisa boa pra te contar.
- O dia nem começou e você já tem coisa pra me falar? - digo a ela.
- A chefe me mandou mensagem, de madrugada mas vi só agora, tem um caso importantíssimo na orto e ela pediu a minha presença. Disse que posso pagar os meus 2 dias de suspensão depois. - diz ela
- Aaaaaah não acredito, não acredito - digo abraçando ela, no banho.
- Agora vamos aproveitar o resto do banho, já já nossa filha acorda e precisamos sair juntas pra levar ela pra escola. - diz ela me beijando.
Passou um tempinho, escuto passinhos da Sofia indo na cozinha.
- Maaaaae - diz ela gritando.
- A Sofia acordou Callie, desliga o chuveiro rápido - digo a ela que beija meu pescoço.
- Já tô pensando se quero outro filho viu... - diz ela se afastando.
Eu dou risada e chamo pela Sofia. Saio de roupão atrás dela.
- Filha, vai se trocar! A mamãe vai te levar pra escola e você não pode se atrasar, vai vai vai. - digo a ela que corre pro quarto.

Vou pro quarto me trocar e lá estava a Callie terminando de se arrumar, olhando pra mim com uma felicidade que não cabia em seu rosto.
- Finalmente teremos um primeiro dia trabalhando juntas que nem nos velhos tempos em Seattle - diz ela.
- Exagerada, só fiquei 1 dia sozinha. Você ainda tem que cumprir seus 2 dias de suspensão e eu ficarei sozinha por mais 2 incansáveis e longos dias. - digo a ela fazendo charme.
- A gente pode estrear o quartinho de descanso, uma festinha particular de boas vindas pra nova médica, aí quando você for descansar vai se lembrar de mim por 2 dias naquele hospital e não vai se sentir taaaaao sozinha - diz ela se aproximando e me beijando.
- Mas você hoje acordou só pensando em sexo, né?! Quis transar no chuveiro, quer transar no hospital e tá querendo transar aqui agora.... Callie... Calliope Iphigenia abaixa esse fogo um pouco pelo amor de Deus e vamos, Sofia vai se atrasar. - digo pra ela batendo em seu peito.
- A proposta do hospital tá de pé hoje? - diz ela antes de me soltar, me dando um sorriso.
- Calliope, não! Vamos... - digo a ela, que em seguida faz charme. - Quando chegarmos hoje a noite em casa tá bom? Casa! E não em um quartinho de hospital... me respeita.
- Quando eu te conheci você era mais fácil. - diz ela.
- Eu? Demoramos semanas pra ter nossa primeira transa porque eu estava me fazendo de difícil. - digo colocando os brincos.
- Não, você estava insegura porque achava que eu era só curiosa e só depois viu que não foi curiosidade. - diz ela passando perfume.
- É, você me surpreendeu mesmo, por isso que eu casei com você, pra garantir a minha felicidade... se é que você me entende. - digo me aproximando e dando um selinho. - Agora chega desse papo e vamos!
- Você atiça e sai correndo... vigia Drª Robbins, vigia! - diz ela.
Saio do quarto dando risada e ela vem em seguida, rindo também.

~ no carro ~

- E aí filha, animadinha pro seu primeiro dia? - pergunto a Sofia.
- Sim mamãe, eu acho. - diz ela.
Coloco uma música no carro pra ver se a deixava mais calma e seguimos cantando até chegar na escola, que era perto do hospital então, estacionei.
Callie desce para levar a Sofia pra escola e eu fico no carro, esperando ela voltar.
Passados uns 10 minutos, ela volta.
- Sofia entrou, bem calma e a professora é um doce. Final do dia você pega ela lá, pra professora se enturmar com as duas mães e acho que já pode descer do carro, vamos trabalhar né?! - diz ela.
Descemos, pegamos nossas bolsas e seguimos para a entrada do hospital.