Desatando "nós".

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Callie:

Como é bom passar horas conversando, bebendo e jogando conversa fora com as meninas de Seattle. Vi Meredith bebada, Amélia quebrando mais a parede e a Maggie sendo mãe das meninas.
Desliguei a chamada de vídeo com muito mais saudade! Espero ter uma brecha para ir lá só pra beber junto com elas.
Arizona está no banheiro, não bebeu muito e deixou eu matar a saudade das meninas.

~ Arizona sai do banheiro ~

- Bom, acho que vou deitar com a Sofia. Ela não acordou pra comer e acredito que nem vai. - digo olhando pra Arizona e ajeitando as coisas.
- Calliope? - ela diz me chamando, bem séria.
Olho pra trás e vejo ela me encarando. Respiro fundo e pergunto: - Oi!
- Precisamos conversar - diz ela.

Largo os pratos na pia, passo a mão na cabeça e vou em direção a ela.
- Então vamos lá. O que quer falar? - digo perguntando pra ela.
- O que eu quero falar? Eu quero conversar com você! Poxa, na mensagem você me disse que não via a hora de me encontrar e hoje trocamos poucas palavras. Tá, tudo bem! Eu sei que estava com saudades da Sofia e até entendo, mas ela dormiu e esse momento é nosso. Tem muita coisa pendente desde quando nos separamos e isso ninguém pode resolver além de nós mesmas. - diz ela num tom alto e bravo.
Sento no sofá e peço pra ela sentar ao meu lado.

- Tudo bem Arizona. Começa. Mas começa desde o dia que vocês resolveu me trair naquela noite, com a Lauren. - digo bem séria.
- Porque você insiste em lembrar disso? Eu errei, já te pedi desculpas e você me perdoou - ela diz com a voz embargada.
- Arizona, perdoar não significa que esqueci. Eu não me esqueço da minha preocupação com você naquela tempestade. Não esqueço de quando te encontrei, vi outra usando sua roupa com a nossa aliança. Então as coisas estão pendentes desde aquele dia! Já que quer conversar, começa daí. - me levanto e vou em direção a cozinha.
Arizona fica quieta, de cabeça baixa e pego um copo d'água.

- Tudo bem. - diz ela, ainda de cabeça baixa - Eu te traí sim! E desde aquele dia não me sinto bem. Eu não só traí você como traí minha família, meus pais e todos os nossos amigos que estavam presentes no dia do nosso casamento. Eu prometi ser fiel, te amar e te respeitar e falhei. Falhei como esposa, como mãe e como um ser humano. Eu tentei me redimir, Calliope. Muitas vezes eu olhava pra mim no espelho e pensava "essa não sou eu". A minha essência foi embora junto com voce, com você!!! Você me perdoou, nós voltamos mas no fundo, lá no fundo até hoje você não esqueceu. E cá estava você, em NY com a Penny, com novos planos, novos objetivos e eu? Era apenas a sua ex, mãe da sua filha e a adúltera. Olha, quer saber? Eu peço desculpas novamente mas não vou ficar aqui me rebaixando por causa disso, não vou me diminuir só porque eu te amo!! - diz ela chorando muito e andando em minha direção.
- Você o que? - digo olhando pra ela fazendo cara de dúvida e ignorando tudo que ela havia dito.
Ela chorou, olhou nos meus olhos e repetiu - Eu não vou me diminuir só porque te amo, Calliope. Eu mereço mais que o seu perdão.

Nessa hora uma lágrima escorre em um dos meus olhos. Me vejo ali, sem saber o que fazer nem o que falar.
Me aproximo dela, enxugo e seguro seu rosto e a olho. Um filme passa e a voz do meu pai, dizendo que eu deveria lutar por quem eu amo, veio na minha cabeça como um flash.
Eu não consigo dizer uma só palavra, mas meus olhos disseram tudo que ela precisava.

Nos beijamos. Ali mesmo, em pé e na cozinha.
Um beijo quente! Era como se fosse o primeiro! Ah, nem o primeiro foi assim.
Uma mistura de saudade, de desejo, de vontade. Um beijo onde os lábios conversam e as línguas se entrelaçam, um encaixe perfeito.

Me afasto dela. - Vamos pro quarto! - digo de olho fechados segurando o rosto dela.

Chegamos no quarto, fecho a porta e vou em sua direção.
- Espero muito que a Sofia não acorde agora! - diz ela deitando na cama.

Subo em cima dela e a olho profundamente nos olhos. Ela puxa meu rosto em direção ao seu e nos beijamos mais uma vez.

E o beijo foi esquentando.
Me afastei, ela sentou e tirei minha blusa e ela, veio com a boca em direção ao meu sutiã, mordendo. Dou uma risadinha de prazer.
Tiro sua blusa, ela estava com um sutiã azul da cor dos seus olhos, e eu estava hipnotizada com aquilo.
Ela consegue tirar meu sutiã e volta em direção a minha boca.
A deito de volta na cama e beijo seu pescoço, vou para seus peitos e abaixo a alça do sutiã, passo a língua em volta do bico. Escuto ela gemer um pouquinho e isso aumenta mais a minha vontade.
Desço e vou beijando sua barriga. Arranco sua calça e a deixo de calcinha. Beijo sua coxa, e ela segue de olhos fechados, respirando ofegantemente. Beijo seu clítoris por cima da calcinha e ela, da uma risada como se quisesse mais e com certeza o pedido dela é uma ordem.
Tiro sua calcinha. Beijo sua coxa novamente, chego na sua virilha e ela, encaixa as mãos no meu cabelo. Passo a língua no clítoris dela e a escuto gemer, ah que saudade de escutar esse som vindo dela.
Eu a chupo com mais vontade e mais prazer, vejo ela se contorcer e coloco uma das minhas mãos no pescoço dela. Levo meus dedos em direção a sua boca e volto, coloco um primeiro e vejo que ela está excitada, muito.
Coloco dois e consigo chegar onde queria.
Ela começou a tremer, apertou com mais força meu cabelo, levou uma das minhas mãos pro seu pescoço e pediu pra que eu a enforcasse.
Subo em direção ao seu rosto e continuo com meus dedos dentro dela. Em questão de segundos ela me aperta e goza gemendo segurando meu braço. Tiro meus dedos, passo a língua e a beijo. Não tive tempo nem de pensar, os papéis se inverteram.

A noite foi longa, foi maravilhosa e tudo que eu precisava e esperava pra matar essa saudade absurda que eu estava sentindo do seu gosto.

O QUE NOS ESPERAVAWhere stories live. Discover now