18 - Patos de Borracha

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A primeira coisa que fiz foi tirar as cortinas empoeiradas e abrir a janela, mesmo que a luz da lua não fosse lá algo muito relevante no momento

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A primeira coisa que fiz foi tirar as cortinas empoeiradas e abrir a janela, mesmo que a luz da lua não fosse lá algo muito relevante no momento. Pandora é alguém relutante, mesmo que tenha pedido, então a gente começa a fazer coisas básicas e bem devagar, tipo jogar todas as comidas (de um ano!) fora. Primeiro, foi difícil. Provavelmente a comida da tia Jô no final era específica, tinha plaquinhas separando o que era da Pam e o que era dela. O cheiro não era nada agradável, já que, pelo menos, alguém teve a coerência de tirar da tomada e todas as comidas tinham estragado há um bom tempo.

E eu fiquei com medo que ela desistisse então a gente só... foi. Madrugada a fora. Enchemos vários sacos de lixo, deixamos a geladeira aceitável e limpamos todos os armários. Até o momento não teve nenhum bicho, mas acho que a Pandora sabe que é bem provável porque não consegue abrir sozinha nada que seja um bom esconderijo.

Eu não estou com sono. Não é costume, mas sou boa em suportar virar a noite. Pandora parece que também não, ela não faz nenhuma objeção enquanto o sol nasce. A única coisa que está acontecendo é que ela parece absorver cada coisa saindo do lugar. O café velho escorrendo na minha pia. A pilha de coisas recuperáveis pra lavar. Cada coisa que apodreceu sendo jogado fora. O silêncio, só com algumas trocas de palavras, uma hora ou outra.

Mas é notório que quer.

E que está se esforçando pra isso.

São seis e meia no relógio da sala, que não sei como não parou ainda. O chão está mais sujo ainda, cheio do pó das estantes, da televisão e de todo o resto. Já está cheio de sabão. Eu não sei como dizer em outras palavras que a gente precisa ir pro próximo passo, na verdade. É por isso que caminho em direção ao banheiro, tentando evitar ao máximo.

A Origem de GênesisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora