Gênesis tinha vários objetivos para o seu ensino médio, bem organizados em uma to do list. Só que alguns, em especial, eram mais importantes. Primeiro, entraria para o tão sonhado grupo de cheerleaders Furiosas do colégio Quartzo. Segundo, ficaria b...
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Alexandre é esforçado. É um ponto interessante. Ele se esforça para entender tudo e conseguir fazer as coisas simples de sempre. Eu aprendi desde sempre a fazer o básico de comidas e por interesse evolui para uma infinidade de opções. É a única coisa que consigo dizer em tom seguro que sou boa. Cozinhar. Mas Alexandre tem uma média de 25 anos e está se esforçando para aprender o básico. Não estou criticando. Ele não parece estar fazendo isso pra agradar ninguém. Mas isso me diz mais ainda sobre sua pele branca que fica avermelhada no sol de Nova Atlântida — diferente de Jacques — ou porque ele fica sem jeito como se fosse um pré-adolescente.
Alexandre é um mauricinho. Algo assim. Corre pelas suas veias a etiqueta. Ele anda com uma postura impecável. O porte dele é perfeito. Ele não é um cara tão musculoso, mas o tipo de quem tinha uma atividade extracurricular por dia. O cabelo dele parece ser bem cuidado, os lábios não estão ressecados e... acho que ele é o namorado da mamãe.
Estou olhando cada passo seu como se eu fosse a mãe na história e estivesse o vigiando para saber se ele é uma boa pessoa ou não.
Observo Alexandre pegar o sal e olhar para a receita, franzindo o rosto quando vê o "sal a gosto". Bem, acho que ele não tem um gosto formado ainda. E isso dificulta muito. É estranho que eu esteja cozinhando com mamãe e com o cara novo. Rostinhos bonitos são os que mais me dão medo. A gente sempre tem na cabeça que rostinhos bonitos são os bonzinhos da história então acabamos nos ferrando. Sempre. Eu até que acho que rostinhos menos padronizados tendem a ser menos ruins.
