BadGirl? Eu mesma!

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É, um novo semestre começa, tudo novamente. Provas, trabalhos, apresentações, tudo a mesma chatice e tédio. Exceto é claro, pelos garotos!

Tenho dezenove anos, estou cursando faculdade de administração, que de acordo com uma de minhas amigas- Hillary- Vou administrar um puteiro. Modéstia a parte é claro.

Falando nela:

-Oi Hillary. -Eu disse ao atender meu Iphone.

-Oi puta preferida. Festa hoje na boate nova? As nove horas? -Perguntou Hillary, e sem esperar resposta acrescentou. -Vou para sua casa as oito e meia, assim poderemos ir juntas.

Enquanto ouvia ela falar, folheava minha agenda com alguns nomes e datas anotadas.

Como sempre, não tinha como dispensar Hillie, e eu nem queria. Nunca que eu, Brittany Mills ficaria em casa em pleno Sábado.

-Claro. Espero que tenha muitos garotos lindos, sexys e ousados! -Falei começando a ficar entusiasmada e deixando a agenda de lado.

-Espero. Então é isso. Beijos Britt. -Disse ela, e novamente como fazia todas as vezes, sem esperar resposta desligou.

Desci para comer algo, já eram quatro horas da tarde. Me sentei na cabeceira de uma mesa com quatorze cadeiras e peguei um pedaço de bolo de chocolate.

Meus pais morreram em um trágico acidente de carro, e deixaram toda sua herança e bens para mim. E quando digo herança, eu quero dizer herança. Basicamente duas mansões, uma em Manhattan a outra a beira mar em Miami, uma empresa concessionária e uma enorme fábrica de cosméticos.

Já estava na segunda fatia do bolo maravilhosamente bom de chocolate quando meu celular tocou. Matt.

Assim que olhei o nome revirei os olhos e soltei um suspiro de desprazer. Ele acha que temos ou melhor, teremos um relacionamento. Mas uma coisa que ele, e muitos outros ainda não aprenderam é: Nunca, em hipótese alguma tenho algo sério.

Depois de três fatias de bolo e um suco de laranja subi para meu quarto. Separei sobre a cama três pares de roupas e cinco saltos que provavelmente combinaria.
Inauguração de uma boate, óbvio que teriam fotógrafos e revistas fazendo matérias sobre o lugar. E sem dúvidas alguma eu seria reconhecida, não por ser atriz ou extremamente famosa, mas por ser a mulher mais nova com uma fortuna como a minha.
Comecei a experimentar as peças e não consegui escolher nada que ficasse bom o bastante. Então com muita raiva joguei tudo dentro do maldito closet e liguei para o SOS.

Dave, meu amigo e melhor estilista da cidade. Me atendeu no segundo toque e eu disse antes que ele pudesse dizer alô.
-Preciso de você. -Choraminguei quando ele atendeu o telefone sem ao menos dizer oi.
-Se não é a minha cliente preferida, Brittany Mills. Quem é vivo sempre aparece. Quanto tempo amor! Achei que tinha esquecido do seu homem aqui. -Dave riu, aquela risada contagiante.
-Não tão homem assim... -Antes de poder continuar, comecei a rir fazendo menção ao fato de Dave ser gay.
- É... -Ele disse e eu sem ver soube que ele estava sorrindo. -Mas ainda sim, bastante másculo. -Dave parou, como se estivesse pensando. -Ah, talvez não! Estou confuso.
Eu ri, Dave é o melhor do mundo.
-Então você vem? -Perguntei indo direto ao ponto ao me jogar na minha cama gigante.
-Voce chama e eu vou. -Falou ele de prontidão.
-Ótimo. -Conclui e analisei minhas unhas que tinha feito ontem. -Beijo. -E então desliguei.
Enquanto esperava Dave, fui chechar meus e-mails. Abri meu MacBook e me deparei com três ofertas de emprego -Que eu não preciso. Passei os olhos pelas propostas sem me importar, mas um dos ofertantes conseguiu chamar minha atenção.

O e-mail dizia basicamente para que eu lançasse uma coleção de roupas intimas, juntamente com o homem mais lindo da cidade. Oferta totalmente recusavel, mas o homem, nem tanto.

A campainha tocou, desci correndo as escadas, e ao abrir a porta me deparei com Dave. Seus cabelos loiros arrumadinhos com gel e seus olhos castanhos emolduravam seu belo rosto tão delicado quanto másculo. De uma coisa tenho certeza, se Dave não fosse gay, seria meu por uma e inesquecível noite.
Ele vestia uma calça boyfried marrom e uma camisa azul clara com as mangas dobradas. Seu sapatenis azul marinho com uma faixa lateral vinho o faziam extremamente estiloso as cinco da tarde.

-Dave. -Sorri e me joguei aos braços pouco malhados dele.

-Eu sou incrível, eu sei. -Murmurou ele no meu ouvido graças ao abraço.

Quando o soltei, suas mãos foram imediatamente para seu cabelo, na tentativa de colocar os fios no lugar que tinham saído por conta do abraço. E eu sorri com esse hábito tão natural que ele tinha desde que o conheci com dez anos.

-Vamos. -Eu disse e sai puxando ele pela mão até chegar ao meu quarto.

Assim que abri a porta, ele percebeu a mudança e sua testa ficou enrugada.

-Por que mudou o quarto? -Questionou ao olhar por todo o amplo espaço.
Eu não me lembrava de quanto tempo fazia que ele não entrava aqui.
-Aquele rosa bebe, me lembrava a mamãe. E depois que ela morreu não queria entrar aqui e me lembrar de que não vou vê-la novamente. -Baixei o olhar para não ter que dar mais explicações.

Olhei novamente para o quarto. A minha gigante cama está encostada na parede, que anteriormente era rosa, mas agora está em um vermelho sangue. Minha escrivaninha está ao lado direito da cama e perto da janela com o telefone para que eu possa falar pelo fixo e ver o jardim ao mesmo tempo.

Dave não disse nada, então abri a porta do closet proxima da que tinhamos entrado, e então estávamos no meu closet.

-Você vai para onde? Que horário? E com qual intenção? -Dave perguntou as três tipicas perguntas que sempre fazia antes de me ajudar a escolher algum look.

-As nove horas, boate nova, e com qual intenção... -Balancei a cabeça pensando em alguma resposta não muito vulgar. -Não sei.

-Garota comportada, sexy ou a garota "quero dar"? -Dave perguntou fazendo aspas com os dedos, e o sorriso malicioso se abriu.

-Tem como misturar a garota sexy com a quero dar? -Falei, com um sorriso tão malicioso quanto o dele.

BadGirl ||Em Revisão||Onde histórias criam vida. Descubra agora