Era janeiro, e o frio de Cambridge já era notável por demais. Meu aniversário foi comemorado na virada do ano, já que eu faço o mesmo no dia primeiro de janeiro, a família de Thomas fez uma festinha incrível pra mim, já que eu não tinha a minha presente.
Tivemos uma semana de "folga" antes das aulas voltarem, e eu estava pronta para o meu último ano, estava tão animada. Mari se formaria no meio do ano, mas eu ainda teria o resto do mesmo, sozinha aqui. Eu pretendo ficar por aqui mesmo quando me formar, agora tenho Thomas, e fico onde ele estiver.
Estava com Mari na sala assistindo a um filme, quer dizer, eu estava assistindo... ela estava quase dormindo no sofá. Em uma das melhores cenas do filme, senti meu celular vibrar, e sorri ao ler o nome que apareceu.
— Oi, amor. — falei com um sorriso.
— Ania, estou com saudades. — ele respirou fundo. — O que está fazendo?
— Mas, Tom, nos vimos ontem... e bom, amanhã vamos nos ver de novo já que as aulas retornam. — dei uma pequena risada. — Estou assistinfo filme com a Mari, quer dizer, só eu estou assitindo, ela está dormindo.
— Deixa eu advinhar: você colocou ela pra assistir Mamma Mia!
— Como advinhou?
— É um dos seus filmes favoritos, eu me mataria se não soubesse disso. — rimos juntos. — Quer vir aqui pra casa?
Suspirei. — Eu quero. — dei uma risada.
— Vou te buscar em quinze minutos. Te amo. — ele disse animado, e logo desligou.
— Mari. — acordei minha amiga. — Eu vou pra casa de Thomas.
— Já vai transar, né, amiga? — ela disse sonolenta. — Queria eu está transando.
— Olha só como me julga. — falei me levantando e rindo.
— Ele já sabe sobre o papel que você assinou? — ela me olhou séria, eu havia contado a ela.
— Não, e também não vai saber. Você acha mesmo que alguém ali vai abrir mão do dinheiro? — dei uma risada irônica. — Não vai.
— Ania, sua família já fez tanta coisa ruim, que eu não duvido que eles façam tal coisa só pra te fazer mal. Da li os únicos que deve confiar é na sua mãe e em Natasha, porque o resto é cobra engolindo cobra. E nem ouse falar que estou errada, pois você sabe muito bem como estou certa. Tom mais do que ninguém merece saber sobre isso.
— Me curvo a você, sábia Marina. — faço uma reverência.
— Vai bem brincando mesmo. — ela disse rindo enquanto eu ia até o quarto.
Marina me brigou muito quanto contei sobre o papel que eu havia assinado, e disse que davia ter me alertado a ler aquele documento. Respirei fundo, e voltei a me concentrar no que tinha de fazer.
Encarei o guarda-roupas em minha frente, e me agasalhei totalmente, afinal, ainda fazia muito frio em Cambridge e você poderia literalmente congelar lá fora. Só coloquei uma touca na cabeça, e luvas nas mãos, e estava pronta. Ao sair do quarto, já vi Mari abrindo a porta para Thomas, meu namorado estava todo agasalhado também, e eu não pude deixar de rir ao ver apenas o seu rosto a mostra com toda aquela roupa.
— Eu só aceito que minha amiga saia, porque é com você. — disse Mari.
— Boa noite também, Mari. — Tom riu. — Vejo que não está de bom humor.
— Quem é que fica de bom humor quando a Ania coloca Mamma Mia! pra assistir? Odeio filme musical. — ela bufou. — Prefiro escutar ela reclamar mil vezes de Bohemian Rhapsody, do que assistir a Meryl Streep cantando.
— Boharp é quase um musical. — falei e ela revirou os olhos. — Boa noite, amor. — me aproximei de Tom e beijei.
— Adoraria continuar essa pequena briga por gosto cinematográfico, mas acho que devemos ir, Ania, o frio está congelante demais lá fora, e só pode piorar.
— Tu não vai levar uma bolsa com roupa, amiga?
— Tenho muita roupa minha lá, amiga, amanhã cedo eu passo aqui pra pegar meu material de aula. — sorri para ela.
— Vamos, então? — Tom apertou minha cintura.
— Está apressado porque? — perguntei rindo.
— Por nada. — ele riu também.
— Vão, crianças, se divirtam. — Mari riu maliciosa. — Até amanhã.
— Até amanhã, Mari. — dissemos juntos.
Marina nos acompanhou até a porta, e nos abraçamos. Eu e Thomas seguimos para o carro dele, e fomos direto para o seu prédio.
— Você pode ir na frente? Tenho que resolver umas coisas aqui na recepção. — ele disse tirando as chaves do bolso e me entregando logo em seguida.— Me espera lá, está bem?
— Não demora. — falei baixinho e lhe dei um selinho.
Ele sorriu, e eu peguei o elevador, selecionei o andar de Thomas, e subiu. As portas abriram no vasto corredor, e andei tranquilamente até a porta do apartamento de Tom, girei a chave.
Abri a porta e não acreditei no que vi, havia pétalas espalhadas pela sala, e algumas velas fazendo caminho até o quarto. Fiz o caminho já quase chorando, e abri a porta do quarto, e haviam mais pétalas e velas levando até a cama, onde estava escrito: "Quer casar comigo?" em português.
Não pude conter a emoção, e soltei um gritinho. Eu já estava chorando e totalmente desacreditada naquilo. Me virei para a porta, e Thomas também estava emocionado, e segurava um buquê de rosas em uma mão, e na outra uma caixinha com dois anéis.
— V-você é um louco. — falei com a voz embargada enquanto ele caminhava, e logo me abraçou. — Diz que não é sonho, por favor?
— O único sonho que tem aqui é você. — ele fez carinho em meu rosto e sorrimos. — Em alguns meses faremos um ano de namoro, e eu poderia esperar essa data para fazer esse pedido, mas acontece que eu não quero esperar mais, é você Anastasia, desde o início eu soube que era você, mesmo com toda aquela sua insegurança. — rimos mais uma vez. — Eu não vejo mais ninguém no futuro comigo, só vejo uma mulher de cabelos ruivos. Vamos fazer maravilhas juntos, vamos formar uma família linda... isso se você aceitar casar comigo, é claro.
— Está brincando? É claro que eu aceito. — dei a minha melhor risada. — Você não tem noção do quanto eu esperava por isso, sério.
— Ah, eu tenho noção sim. — ele me deu um beijo. — Eu te amo, Ania.
Ele me entregou o buquê, e depois colocou um anel em meu dedo, e eu coloquei o outro em seu dedo. Depois ele abriu uma garrafa de champagne que havia ali... eu não poderia está mais feliz, estava noiva do amor da minha vida.
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All Of Me - Tom Hiddleston (CONCLUÍDO)
FanfictionAnastasia tem 24 anos e está há dois anos de seu sonhado diploma de Medicina, que vai ser conquistado com bastante olheiras e muitas noites mal dormidas. Seus cabelos ruivos entregam a sua descendência russa, e sua postura lhe entrega como bailarina...