Anastasia tem 24 anos e está há dois anos de seu sonhado diploma de Medicina, que vai ser conquistado com bastante olheiras e muitas noites mal dormidas. Seus cabelos ruivos entregam a sua descendência russa, e sua postura lhe entrega como bailarina...
Eu fiquei estagnada ali, e só senti minha irmã pegar minha mão e me puxar pra dentro de casa, e me levar para o quarto, e me sentar na cama.
— Eu não queria aceitar o fato que eu sou lésbica, Ania. — ela começou. — Eu tentei ficar com homens, juro que tentei... mas não conseguia ir longe demais.
— Desde quando você sabe que é lésbica? — a encarei que estava sentada ao meu lado.
— Desde que fiquei com a Mari em 2018. — ela disse raceosaz
— A Mari? Meu Deus, você e a Mari ficaram há dois anos e agora que eu estou sabendo? — dei uma leve risada.
— Pera aí, você não está com raiva? — ela perguntou surpresa.
— Claro que não. — sorri para minha irmã. — Eu já sabia que Mari era bissexual.
— Achei que ficaria com ciúmes por eu ter ficado com sua amiga. — ela riu. — Nós ficamos também mês passado, você foi dormir com o Thomas, lembra? Eu e Mari... bom, nós...
— Tudo bem, sem detalhes. — rimos juntas. — Alguém mais já sabe?
— Não, só você. — ela segurou a minha mão. — Eu tenho medo de contar pro resto da família, sabe?
— Eu estou com medo do julgamento que eles podem te fazer. — suspirei. — A mamãe é mais de boa, mas o resto, bom, você sabe como eles são homofóbicos.
— Eu sei... — ela falou com a voz embargada.
— Ei, vem cá... — a puxei pra um abraço. — Eu vou está ao seu lado, sempre. Eu fico honrada em ter sido a primeira a saber, e eu vou te ajudar no que for preciso, você sabe que a porta do meu apartamento vai está sempre aberta pra você.
— Eu te amo, irmã. — ela apertou o abraço.
— Eu também te amo, gatinha. — beijei sua bochecha.
— O que está acontecendo aqui? — mamãe disse na porta do quarto.
— Acho que ela precisa saber, não é? — encarei minha irmã.
— Não me diga que está grávida, Natasha, eu...
— Eu sou lésbica. — minha irmã apertou a minha mão.
— Ah, filha... — mamãe abraçou a minha irmã.
Elas não disseram nada por um tempo, só ficaram abraçadas, e depois cada uma contou seus medos em relação à sexualidade de Natasha. Estávamos dispostas a proteger a nossa menina.
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Já era hora da festa, eu passei o resto da tarde toda me arrumando com Natasha e algumas primas minhas. E eu já estava com o vestido que comprei, era vermelho e eu estava apaixonada pelo mesmo.
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