All Of Me - Tom Hiddleston (CONCLUÍDO)

Capítulo 42

2 meses depois

Depois do meu término, eu não falei mais com Thomas, até porque ele estava me evitando, e com razão... depois que eu escondi dele, ele tinha tudo pra me evitar mesmo.

Fiz duas provas para concluir o curso, na primeira tentativa eu reprovei por um ponto e na segunda eu consegui passar... a minha entrega de diploma foi apenas eu e mais três colegas, e Mari me acompanhou em tudo.

Mari cuidou de mim nos últimos meses, ela me brigava quando eu não queria comer, e me afundava nos livros, preparava a minha comida saudável para levar ao estágio... ela estava sendo quase uma mãe pra mim.

Eu sentia falta de Thomas, sentia falta de frequentar seu apartamento, ou dos nossos almoços na sua sala na universidade. Sentia saudade até do cachorrinho que ele havia me dado, Bobby, não tive a chance nem de me despedir do nosso bichinho.

Eu chorava todos os dias, e por isso optei por não esperar os três meses que pedi. Em dois meses consegui resolver tudo, e em poucas horas eu embarcaria para Chicago, e deixaria tudo isso para trás, bom, ao menos eu tentaria.

Eu já estava toda arrumada, apenas esperando a hora de ir. Estava deitada na minha cama, e olhava a aliança que Thomas havia me dado, não tive coragem de jogar a mesma, havia muito amor quando foi me dada... não queria me desfazer tão rápido da mesma.

— Ania, ainda está aí, amiga? — Mari disse da porta do quarto. — O motorista já está vindo.

— Me destraí pensando nesses últimos meses. — falei me sentando na cama, e respirei fundo. — Eu me formei antes de você, dá pra acreditar?

— Não, simplesmente não dá. — Mari riu. — Vou ficar sozinha aqui.

— Me desculpa, mesmo. — falei com a voz embargada.

— Está tudo bem, amiga. — ela sentou ao meu lado, e me abraçou. — Logo eu estarei indo te visitar em Chicago.

— Ah, eu vou te esperar. — falei ainda abraçada a ela. — Vou sentir falta do seu café da manhã, e vou sentir falta desse país.

— Eu sei bem do que você vai sentir falta, amiga. — ela fez carinho em meu cabelo. — Queria que tivesse se acertado...

— Se eu estivesse te escutado, ele estaria indo comigo, ou estaria bem comigo. — suspirei derrotada. — Eu estraguei tudo.

— É errando que se aprende, não é? — ela sorriu de lado. — Vamos? O motorista está há um minuto.

— Vamos, claro. — suspirei fundo.

Me levantei, e segui com Marina para fora do quarto. Pegamos as minhas malas, e logo descemos e o carro já nos esperava. Fomos em silêncio o caminho todo, passamos em frente ao prédio de Thomas, e ele estava na varanda... parecia pensativo, e meu coração apertou.
Continuamos o caminho para o aeroporto, onde não demoramos muito pra chegar. Pegamos as minhas malas, e entramos no local, e senti meu coração apertar. Odiava despedidas.

— Amiga... — Mari disse quase chorando.

— Não chora, amiga, eu vou me acabar aqui. — falei a puxando pra um abraço. — Eu vou sentir sua falta.