Anastasia tem 24 anos e está há dois anos de seu sonhado diploma de Medicina, que vai ser conquistado com bastante olheiras e muitas noites mal dormidas. Seus cabelos ruivos entregam a sua descendência russa, e sua postura lhe entrega como bailarina...
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Dia de mudança. Eu estava em total estado de euforia.
Tive duas semanas pra encontrar um apartamento, uma universidade nova e encaixotar minhas coisas. Eu deixaria pra ver meu novo estágio apenas depois de dois meses lá.
O pequeno apartamento estava repleto de caixas, e uma Mari chorando a cada uma que fechávamos. Any me alertou antes de ir embora que minha amiga ficaria assim, e bom, ela não estava errada.
Durante todos esses anos, eu e Mari sempre estivemos juntas, e só nos separávamos nas férias. O sentimento que tenho agora de deixá-la foi o mesmo que tive quando deixei Camily no Brasil. Mas agora a separação era "pra valer", e ela me prometeu que iria me visitar muitas vezes na casa nova.
Parei no meio da sala, e era meio impossível de acreditar no tanto de caixa que tinha ali, em um apartamento tão pequeno como eu tinha tanta coisa?
— Amor? O caminhão chegou. — Tom apareceu na porta de casa.
— Pode mandar eles subirem. — falei quase num sussurro e Tom assentiu.
— Chegou a hora, não é? — Mari perguntou chorosa, e eu assenti já com os olhos marejados e nos abraçamos.
— E-eu vou sentir tanto a sua falta. — falei emocionada.
— Não acredito que isso está acontecendo. — ela disse entre soluços ainda abraçada comigo. — Uma hora ia acontecer, mas não achei que seria agora.
— Eu sei amiga. — segurei seu rosto. — Mas é uma oportunidade pra mim, entendeu? — ela assentiu. — Logo vem outra menina, e você logo se acostuma.
— Nenhuma vai substiuir você, amiga. — ela disse e me abraçou mais uma vez.
— Ninguém vai substituir você também, Mari. — beijei seu rosto, e depois ela deu um sorrisinho de lado.
Ouvimos vozes, e eram os carregadores. Eu e Mari ficamos abraçadinhas no sofá enquanto todas as caixas iam sendo levadas. E aos poucos a sala foi ficando vazia.
— Está tudo no caminhão, vamos? — Tom disse, e olhei pra Mari.
— Boa sorte, amiga. — Mari disse me abraçando forte. — Eu não vou descer, se não vou ficar chorando sozinha.
— Eu te entendo, meu amor. — fiz carinho em seu cabelo. — Espero sua visita em Londres.
— Ah, eu irei mesmo. — nos soltamos e sorrimos. — Até mais, amiga.