Capítulo 35

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Pausamos em Londres pela manhã, e eu tinha ordem apenas de pegar as coisas que me pertenciam no apartamento.

Eu ficaria na casa de Thomas até conseguir me transferir pra Universidade de Cambridge de novo, e não iria mais sair de lá. Eu tinha uma semana pra resolver toda a questão da transferência, e do alojamento antes das aulas voltarem.

Pegamos um táxi, e fomos para onde até poucos dias atrás era a minha casa. Dói pensar assim. Respirei fundo ao parar na frente do prédio, pagamos o táxi e subimos para o ''meu" andar.

— Vamos ter alguns minutos pra juntas as minhas coisas nas caixas. — falei pro Tom antes de abrir a porta.

— Achei que teríamos o dia todo. — ele apertou a minha mão.

— Se meu avô não fosse um desgraçado, ele teria dado ao menos um dia pra eu desocupar isso aqui, ou melhor, eu nem saíria daqui. — ri fracassada.

— Fica bem, vai dá tudo certo. — ele me deu um selinho, e sorri depois. — Eu estou com você. — sussurrou.

Abri a porta, e ali estava o meu agora, antigo apartamento. Estava do jeito que deixei, e ainda podia sentir o cheiro do meu perfume.

— Vamos começar logo, quanto menos tempo eu passar aqui, mais fácil vai ser se despedir. — falei colocando minha mala em um canto da sala. — Vou no depósito pegar as caixas.

— Com quem você vai deixar as chaves? — Tom colocou as mãos na cintura.

Suspirei. — Corretor de imóveis, deve chegar logo. — sorri fraco.

— Enquanto você vai pegar as caixas, eu separo as suas coisas. — ele segurou meus ombros e me beijou.

— Eu não achei que me mudaria daqui tão cedo, achei que nem me mudaria. — dei uma risada sacástica, e fui pro depósito.

As caixas por sorte ainda estavam em perfeito estado. Estava cansada da viagem, queria dormir, mas por filha da putagem do destino, isso não será possível.

Tom sorriu ao me ver com as caixas, e eu fui até a estante e guardei meus livros, alguns retratos, e o meu quadro com papai... se ele estivesse aqui, nada disso estaria acontecendo.

Era impressionante a forma que eu era parecida com ele, não só na aparência, mas também no jeito, ele era teimoso, mas também determinado... eu era nova quando ele se foi, mas ainda lembro dos nossos momentos bons, de quando chegamos na Rússia... ele estava tão animado pra morar lá, mesmo não sendo seu país e nem sua cultura, mas ele queria que fóssemos criadas lá. Infelizmente não foi possível.

— Você sente muito a falta dele? — Tom perguntou me tirando de meus pensamentos. — Faz um tempo que está encarando esta fotografia.

— Eu sinto. — suspirei. — Eu vivi mais com ele do que Natasha, ela era bem mais nova, e não lembra e muita coisa dele. — sorri fraco. — Tenho certeza que se ele estivesse aqui, isso não estaria acontecendo.

— Eu imagino como deve ser difícil. — ele me abraçou e encostei minha cabeça em seu peito. — Mas ele deve está orgulhoso da filha valente que ele tem, assim como eu sou.

— Você me deixa toda boba quando diz essas coisas. — sorri.

— Eu só quero te ver bem. — ele segurou meu rosto e me deu um selinho. — As coisas que separei já coloquei em algumas caixas, creio que faltam poucas coisas. Eu preciso pegar meu carro na casa dos meus pais, você consegue terminar tudo por aqui?

— Claro, eu consigo sim. — sorri. — Acho que só faltam as minhas roupas, esses móveis vão ficar aqui mesmo.

— Está bem. — ele fez carinho em minha bochecha. — Quer que eu traga alguma coisa?

All Of Me - Tom Hiddleston (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now