𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 16 ➶

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Demorei, mas cheguei não é? Finalmente kkkkkk Tenham uma boa leitura, favoritem, adicionem a história em suas bibliotecas, comentem (eu gosto demais dos comentários kkkkk) e sla mais o que possam fazer!


Como vocês estão gente? Espero do fundo do meu coração que estejam bem, amem-se, protejam-se e iluminem tudo e todos ao seu redor!🌻🌻💛



Sempre ao Seu lado

Capítulo 16




" Tic-Tac; Tic-Tac; Tic-Tac". O relógio dentro da minha cabeça soava me alertando de que já estava mais do que na hora de eu abandonar o cantinho da banheira no qual eu havia me encolhido. A água já estava fria e sem espuma, meu corpo estava arrepiado de frio, o tecido de meus dedos enrugado e meu cabelo grudando na minha bochecha e na sonda. Eu estava me sentindo um vidro quebrado em vários pedaços e com medo. Muito medo.

Após meu momento, onde eu pude sentir o bebê em tão poucos dias corridos da gravidez, mesmo sabendo que seu desenvolvimento diário era válido por mais de oito, o peso que isso acarretou dentro de mim foi perturbador, era como se toda a atenção trágica do mundo estivesse dentro de mim pulsando agudamente dentro de minha cabeça mal me permitindo pensar em alguma outra coisa, meu psicológico não era estável o bastante para isso. Eu apenas me perguntava o porquê; Por que eu havia sido violada? Por que está acontecendo tudo isso? Por que eu não poderia ser capaz de criar minha filha em paz? O meu medo estava voltado apenas nas questões do meu próprio destino. Onde meu passado ainda poderia influenciar na minha vida? Tudo era tão incerto e impossível de se anteceder ao meu ver, que a única forma que eu encontrava para me consolar era me perguntar os porquês.

Percebi ter perdido a noção do tempo novamente quando as perguntas tornaram a me atormentar causando uma leve dor de cabeça. Pisquei meus olhos apenas pela necessidade e parei de encarar a água da banheira. Olhei ao redor, percebendo que tudo estava em seu devido lugar e suspirei. Me movi lentamente fazendo a água gelada se agitar sob meu corpo, me fazendo tremer de frio e me apressei para finalmente sair de dentro da banheira, ativei o botão que havia na lateral para que a água fosse descartada. Peguei a toalha do suporte para me secar e puxei a menor para secar meus cabelos também, procurei pelo potinho de creme que eu havia colocado dentro do balcão e apliquei uma boa quantidade nos fios. Peguei o secador de cabelo e os pentes de dentro da gaveta do balcão e me concentrei nessa tarefa, quando apenas as pontas do meu cabelo estavam úmidas eu desliguei o secador e o guardei ao lado dos pentes, inspecionei o local para não deixar nada fora do lugar e fui para o closet. A primeira peça que eu tive necessidade em pôr no corpo foi uma botina de tricô vermelho antiga que eu trouxe comigo e a lingerie.

A parte desgastante foi procurar alguma roupa que ficasse decente com ela, eu já havia descartado várias opções, desde moletons à jeans que ficaram apertados e antes que eu ficasse mais frustrada e decidisse nem sair do closet eu me deparei com um vestido que eu usei durante as gestações passadas, o corpo do vestido era cinza, já sua saia rodada e as mangas que iam até aos cotovelos era xadrez em preto e branco. Fiquei admirando o vestido por mais algum tempo até pegá-lo e estendê-lo no pufe mais próximo. Caminhei até a penteadeira e me sentei no assento disposto do móvel, analisei meu rosto vendo as bolsas avermelhadas abaixo dos olhos e a minha expressão de desanimo. Murchei. Não queria me apresentar assim para a minha filha, eu sou o porto seguro que ela sempre teve de que tudo ao seu redor ficaria bem, partia meu coração perceber que mesmo ela tendo tão pouco tempo de vida sua intuição natural já mostrava ter uma noção mesmo que infantil de que ela sempre esperava que eu pudesse ter a solução das dificuldades que passávamos, eu não poderia começar a definhar agora, nunca poderia tornar-me irresponsável assim com ela! Nunca!

Sempre ao Seu LadoWhere stories live. Discover now