Esme ➳

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Oi, boa madrugada, bom dia, boa tarde, boa noite!
Como ainda estamos em Janeiro, posso desejar-lhes um possível Feliz Ano Novo!
Me deem um biscoito por aqui, como um bom princípio de ano novo rs <3
Um beijo no coração e um abraço na alma! <3






Sempre ao Seu Lado

↠ .Esme. ↞


Amberli é forte. Posso afirmar que até mais forte do que um dia eu fui quando humana. Meu peito se apertava em piedade por ela, não havia muito o que eu pudesse fazer por ela além de dar toda a minha atenção naquelas horas, a consolei em meus braços da maneira que pude, estive ao seu lado, canalizei toda a queimação da minha garganta pela exposição excessivamente hedionda que manchou o lençol sobre suas pernas.

Ah se eu pudesse derramar lágrimas para que meu compadecimento transbordasse de mim! O pequeno acúmulo que havia em meus olhos não era suficiente para o aperto que eu sentia em vê-la lutando tão frágil desse jeito. Era apenas uma menina! Merecia todas as melhores bençãos que um humano poderia receber.

Mas eu estou nesse mundo a anos o suficiente para saber que não é bem assim que as circunstancias acontecem.


- Ugh! - seu corpo se encolheu contra si mesma quando a dor da contração entrou em ação. Um gemido expressivo saiu por entre seus lábios.


Era notório que ela não gostava de fazer barulho ou escândalos para externar suas dores, então não bastou mais de um segundo para que ela prendesse seus lábios para abafar os sons que continha. Sua feição estava contraída pela concentração que fazia para conter a si mesma de expressar o desconforto que sentia naquele momento. Suas mãos desceram até o baixo ventre como se estivesse segurando a própria barriga, e engolia em seco. O tempo em que as mãos estiveram ali foi suficiente para que o tecido ficasse marcado pelo suor que saía delas. Ela não queria nossa aproximação nesses períodos; o que era imensamente compreensivo, porém tanto eu quanto Franchesca não deixávamos ela passar por aquele momento sozinha, independente da maneira, nós éramos atenciosas. Com o passar do tempo Amberli tornou-se mais tolerante, abrindo a barreira e mostrando-se vulnerável mais uma vez. Ela não parecia perceber, mas suas mãos tremiam a todo o momento. Voltei meu olhar brevemente para meu amado marido, perguntando silenciosamente se isso deveria ser algo preocupante; ele apenas fez um gesto humanamente imperceptível de não com o dedo indicador. Contive a mania de soltar um suspiro de alívio e priorizei o bem estar de Amberli junto com Franchesca que conversava com ela, incentivando-a conversar conosco, guiando-a de uma maneira que eu não seria capaz de fazer. Seu envolvimento obteve resultados depois de um tempo insistente e quando Amberli sentiu-se segura com a nossa parceria para com ela, foi difícil dela segurar suas lágrimas. Como uma mãe que acolhe seu bebê ferido, eu a acolhi contra meu corpo frio, transmitindo todo o cuidado e segurança que ela precisava no momento. Ela se permitiu chorar. Chorava de soluçar; de modo que não havia uma pessoa que estivesse por perto, que pudesse ouvi-la não sentisse seu coração se apertar de piedade pelo que ela está passando no momento. Não era pelo trabalho de parto em si. Seu choro não era por isso. Ela chorava pela circunstância que a colocava aqui a nossa frente. Amberli se derramou, mesmo soluçando muito ela tirou todo o peso que carregava em silêncio. Suas mãos tremiam excessivamente, de maneira que até mesmo Franchesca reparava com um olhar inquiridor, e ainda assim sua maneira quileute e calorosa não alterava sua maneira de lidar com o estado delicado da mulher em trabalho de parto aos nossos cuidados.

Sempre ao Seu LadoWhere stories live. Discover now