𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 08 ➶

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Sempre ao seu Lado

Capítulo 8



       Em minha inquietação meus pés começaram a bater contra o piso rapidamente fazendo um barulho irritante, mas eu não conseguia parar. Ali com eles ao redor, me senti como uma adolescente novamente. Emmett se levantou com Hilary a elevando fazendo com que ela gargalhasse e logo depois rodopiou. Respirei fundo alarmada com seu movimento com minha filha em seus braços, mas me mantive sentada ao ouvir ela soltar mais gritos em meio as gargalhadas que dava. Ele a ajeitou de novo em seus braços enquanto ela resmungava algumas coisas ainda estando risonha, eu ainda continuava estagnada olhando-os. De repente, como se alguém tivesse o chamado, Emmett olhou para nós se desprendendo da bolha que estava com Hilary; dando um sorrisinho envergonhado ele pegou todos os brinquedinhos com apenas uma mão e olhou em minha direção. Acenei um sim com a cabeça tendo um sorriso de agradecimento dele, que se virou saindo do cômodo.


— Acredito que agora poderemos conversar e explicar tudo a você Amberli. É uma origem extensa e necessária de se ter conhecimento sendo a mãe do bebê.


Assenti olhando para ele e esperei que continuassem.


— Se viajou até aqui para nos encontrar, creio que tem coragem o suficiente para manter a gestação, mesmo que custe sua vida. — falou Rosalie sem nenhuma emoção em sua voz, como se estivesse lendo algo aleatório em um jornal.


— Não quero deixar a Hilary sozinha no mundo. — olhei em sua direção, ela firmou seu olhar sereno em mim enquanto passava seus dedos pelo cabelo brilhante— Se eu ignorasse o clamor do doutor Anderson, e seguisse adiante, talvez não sobreviveria. Não há ninguém além de mim para ela, e não poderia me desfazer deste também, apesar de tudo.


— Compreendemos perfeitamente Amberli. — retomou Carlisle, vislumbrei rapidamente uma angustia em seus olhos — Estaremos aqui para apoiá-la em qualquer decisão que tomar. — os demais assentiram — Mas antes de tudo, quero que fique ciente de que o bebê não é totalmente compatível com seu corpo.


Recebi a notícia como um soco. Me inclinei para trás, quase encostando minhas costas no sofá e voltei para frente e pensei, como é que uma criança não poderia ser compatível com o corpo da mãe?


— É forte demais. — justificou— Seu corpo não tem assistência o suficiente para ajudá-lo a se desenvolver. O que seu corpo precisa não é o mesmo que o dele tem necessidade. Não em desenvolvimento.


— Precisarei tomar coquetéis o dia inteiro para que ele tenha os nutrientes necessários que meu corpo não produz? — me imaginei tomando altas doses por dia e franzi a testa, detestava tomar remédios.


— Não desta maneira. O que minha espécie naturalmente se alimenta é de sangue, é disso que ele também se alimentará. — encolheu seus ombros— Daqui a alguns dias seu corpo recusará os alimentos necessários para você, priorizando o do bebê. Você terá que se dispor a se alimentar de sangue para a estabilidade de sua saúde.


— Está bem... Sangue...— respondi incerta. Mas eu sabia que iria tomar, já que não havia nada além disso que pudesse nos deixar bem. Era um pouco assustador e repugnante. — E quando é possível realizar os ultrassons?

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