Capítulo 13

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"Ser empático é ver o mundo com os
olhos do outro e não ver o nosso
mundo refletido nos olhos dele."
Carl Rogers.

Depois daquela conversa nada agradável, Margot enviou uma mensagem para Mikaylla informando que iria voltar para a república. Nicolas queria acompanha-la, mas a jovem não pemitiu, pois não queria que ele perdesse mais um jogo. Todos jogadores iriam ficar desapontados com sua atitude, e com razão. Eles precisavam do treinador para a vitória.

Já fazia um certo tempo em que Margot estava deitada na cama, depois de ter tomado um banho tão quente, capaz até mesmo, de queimar a própria alma. Ela estava olhando para o teto e raciocinando em tudo o que Alexander disse. Ele era um rapaz charmoso, porém, inescrupuloso. Margot conheceu ele há alguns anos atrás, através de amigos em comum, e inicialmente, pareceu ser um homem galanteador e ético, porém, só bastou Margot dizer "não" a ele, depois dele ter tomado uns três copos de bebida que ela descobriu sua verdadeira faceta; uma pessoa violenta e manipuladora.

A jovem nunca se esqueceu de quando ele a agarrou à força em uma festa na casa de uma amiga, e por sorte, foi impedido de cometer as atrocidades que tinha em mente graças a Marcus, que entrou no recinto e impediu o amigo. Marcus sempre a protegeu, mas naquele dia foi diferente.

— Pode me dar um momento, para eu conversar com esse imundo? — Marcus gritou, seu rosto estava vermelho transparecendo a raiva em que ele estava sentindo naquele momento.

— Sim. — Ela confirmou, com medo do que poderia acontecer quando se afastasse. 

A garota, antes de sair, olhou de relance para Alexander , com lágrimas margeando seus olhos. Ele retribuiu o olhar com ódio, como se aquilo tudo fosse sua culpa. Era a primeira vez que a jovem havia visto o rapaz daquela forma. Apesar de sempre recusar suas investidas, mas nunca recebeu em resposta uma atitude tão explosiva como aquela.

Ao olhar para cima, pode ver um lampejo tomando conta de sua visão, e soube que havia bebido demais. A jovem, em toda sua vida, nunca foi de exagerar na bebida, mas pela primeira vez havia usado o álcool como alternativa para esquecer seus problemas, e pelo jeito, havia ocasionado mais problemas ainda.

A parte da frente de seu vestido preto, com rendas detalhadas e um tecido fino, estava rasgada. Alexander havia feito aquilo em uma tentativa desesperadora de tocá-la sem o seu consentimento. Ela vestia o moletom que Marcus havia concedido, para que pudesse disfarçar os rasgos de suas vestimentas.

Não demorou muito para que Marcus saísse do local aonde estava dialogando com Alexander, e para sua surpresa, sua expressão de raiva havia suavizado, e seus olhos estavam murchos.

— Você bebeu demais, vou te levar para casa. — Marcus vociferou para ela.

— Mas Marcus...

— Nada disso teria acontecido se você não tivesse bebido, vou te levar para casa e depois conversamos. — Marcus gritou, caminhando em passos duros até o saguão principal, deixando ela com a única opção de segui-lo.

Margot sabia que Alexander era manipulador, e que naquele dia, havia manipulado Marcus com suas falácias. Em sua visão, o rapaz parecia um sociopata, com o poder de convencer as pessoas ao seu redor, mas ao mesmo tempo, era um predador. Ela queria se livrar de Alexander, ser pressionada por ele não estava em suas pretensões, porém, não havia como fugir.

Logo seus pensamentos foram cessados pelo barulho de fogos de artifícios. Um dos times havia ganhado, e ela torceu mentalmente para ser o time de Boulder. Por mais que ela não gostasse de futebol, estava torcendo para que Nicolas tivesse sucesso como profissional.

A Morte Te SegueWhere stories live. Discover now