The Enigmatic City

Chegada

- Senhoras e senhores, estamos aproximando do destino a cidade de Brintan, coloque seus cintos, pois daqui alguns minutos vamos aterrissar, obrigada por viajar conosco. - Fui despertada pela aeromoça, meu corpo reclamou de dor do mal jeito que eu tinha dormido, tratei de me alongar um pouco.
- Ainda bem que chegamos, não aguento mais ficar sentada. - Ana falou se mexendo desconfortável, um período de quatro horas que foi a mais longa da vida dela.
- Não reclama amiga, ano passado foi desse jeito. - Falei com voz de sono. Caio que estava dormindo acordou com o tapa que Ana deu nele.
- Até parece que viajo todos os dias com esse período tão longo. Menino, você dormiu que nem um pedra, não consegui te acordar de jeito nenhum, já me defendendo. - Olhei para os dois e comecei a rir, eles sempre faziam algo para implicar um ao outro, até parece que nunca namoraram na vida, isso é realmente engraçado, ninguém diria que eles tiveram um relacionamento de dois anos, agora olhando bem, acho que os dois como namorados não ia durar muito.
- Ana, você tá louca? Pra que me bater garota. - Ele coloca a mal no rosto onde ela tinha batido com força e antes mesmo dela rebater o avião estava aterrissando, e pouco minutos após o piloto já estava agradecendo pela viagem na companhia aeréa.
Decidimos esperar as pessoas saírem primeiro, para não tumultuar a passagem, passou um longo tempo e então conseguimos sair sem problema. Fomos para área do desembarque pegar nossas malas, a maioria da turma já tinham pegado seus pertences faltava pouquíssimo, como eu lutando para pegar minha mala, quando realmente consegui pega-la decidi mandar uma mensagem para meus pais informando que tinha chegado viva.

"Mãe, acabei de chegar aqui em Brintan. Já vamos entrar no ônibus, então vou ficar uma hora sem internet, quando chegar lá te ligo. Beijos, te amo.
Jade"

Entramos no ônibus depois de colocarmos nossas malas no bagageiro, eu decidi ficar no meio do ônibus, não queria ficar com o povo bagunceiro do fundão, queria um pouco de paz sonora, pois a galera sabia muito bem fazer uma agitação, fazendo nossos tímpano pedir socorro. Ana sentou do meu lado e Caio sentou na frente, do lado do professor de história, enquanto isso a professora de literatura chamou atenção de todos fazendo a chamada, confirmando que todos estavam presente pediu para o motorista seguir caminho.
- Já que estamos aqui juntas de novo o que vamos fazer? - Eu não estava imaginando nada de útil para fazermos, então deixei Ana escolher. - Eu trouxe Uno para jogarmos e passar o tempo. - Achei maravilhoso, precisava de algo para distrair e não dormir no ônibus.
Meia hora se passou rápido com o jogo rolando, mas acabamos ficando enjoadas de jogar, por isso Ana resolveu conversar.
- Jade, você se lembra do que aconteceu com nós nessa floresta? - Ana apontou para janela, me fazendo virar.
- Óbvio que lembro, aquele lobo era enorme e cinza. Nunca vi um desses com esse tamanho e cores, tanto de pelo e de olhos. - Falei me recordando, fiquei pensando como podia existir um lobo tão grande daquele  jeito com os olhos vermelhos, lembro nitidamente tudo o que aconteceu. Dessa vez fui tirada dos meus pensamentos pela parada do ônibus, indicando a chegada na cidade.
Chegamos por volta das três e meia da tarde, percebemos que o ônibus parou na entrada da cidade, o local era uma mistura de moderno com rústico, me lembrando a Inglaterra, existia alguns prédios modernos pequenos, não eram muitos, pois o que se destacava na cidade era a beleza das casas e os restantes dos prédios antigos.
- Acho que fizeram propaganda enganosa, não tem nada de moderno aqui, só alguns prédios perto da floresta. - Ana fica do meu lado observando a cidade.
- O moderno talvez seja outras coisas Ana, não significa que seja propriamente a vista da cidade, pode ser os moradores, ou qualquer outra coisa. - Disse saindo rumo ao bagageiro do ônibus para pegar minha mala, e ela me seguia fazendo o mesmo. - Para ser bem sincera eu gostei da cidade, visualmente, agora veremos se vou gostar do conteúdo dela.
Após terminar minha frase, Caio apareceu querendo saber do que falávamos, mas balancei meus ombros deixando no ar o que podia termos falado.
- Sério que vocês não vão falar? Inacreditável, que belas amigas eu tenho. - Caio disse enquanto nós riamos da cara de indignado.
- Caio não era nada de mais, era sobre a cidade, Ana acha que foi propaganda enganosa dizer que a cidade é moderna, então expliquei que não é só a arquitetura da cidade que conta, mas outras coisas também. - Falei as palavras disparado soltando o ar pelo peso da minha mala. Antes mesmo de qualquer um dos meus amigos se pronunciar, o professor Marcos resolveu falar:
- ATENÇÃO TODOS, vamos para o hotel que é alguns quarteirões, vamos pessoal, sem reclamações. - Ele falou e começando a andar, a turma mesmo reclamando, pois o ônibus não podia circular dentro da cidade, começou a caminhar junto incluindo eu e meu amigos.
Andamos até o centro da cidade que era bastante bonita, tinha algumas lojas de roupas, acessórios e uma cafeteria charmosa, já no hotel, fizemos o check-in para instalarmos no quarto, e como sempre era eu e Ana, mas dessa vez tinha uma outra colega a Poliana, e a mesma ficou feliz por estar com nós e não com outras pessoas desagradáveis da sala. Nós três resolvemos escolher nossas camas e deixar as malas encima das mesma, após fazermos isso fomos para o halls do hotel.
- Bom pessoal, pedimos que todos estivessem aqui pois vamos apresentar os nossos guias que vão nos acompanhar pela cidade, vou passar a palavra para eles. - Professora Sofia disse e deu espaço para um deles se apresentar.
- Olá a todos eu sou o Hugo, espero que vocês tenham uma boa estadia em Mistoryth. - Ele disse animado. Depois dele, se aproximou uma garota que se apresentou.
- Olá eu sou a Miranda, faço das palavras do Hugo as minhas. - Ela disse dando um sorriso mínimo. Por fim o último se apresentou.
- Oi, sou Cristian o novo guia de vocês. Acho que vocês é nem seus professores sabem o porque de ter três guias, pois bem, vamos dividir a turma em três, e cada um de nós vamos ficar responsável pelo grupo. - Ele disse com a postura reta, sem esboçar um sorriso, seus olhos me pareciam familiar, mas era a primeira vez que eu estava vendo ele, talvez se parecia com alguém que já tinha visto.
Todos já com seus grupos respectivos, os três guias resolveram sortear em qual dos grupos ficariam. A primeira a sortear foi a Miranda, pegou o grupo dos bagunceiros, pensei, coitada. O próximo foi Hugo pegando o grupo da nossa colega de quarto a Poliana, e por fim restou meu grupo que continha Caio e Ana e outro alunos, e ficamos com o guia Cristian, o mesmo olhou na minha direção e nosso olhos se cruzaram, ficamos alguns minutos nos olhando, até que ele desviou para conversar com os professores.
Eu fiquei intrigada com o olhar dele, tive uma sensação diferente na qual não sabia explicar, Cristian me passava um sentimento avassalador que corria pelas minhas veias, parecia que todos naquele momento não existia só nós dois.