Prólogo

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- Ancião, você realmente acha bom aqueles alunos de outra cidade venham para a nossa? Sei que temos que permitir a vinda de visitantes de dois em dois anos, mas só vinham poucas pessoas, e não um grupo tão grande como agora. Isso não vai ser bom, é época de festival anual e temos alguns rituais para fazer, não podemos deixar essas pessoas nos verem. Se não tudo isso que construímos pode ir a ruínas. - Minha mãe dizia, enquanto meu pai tentava acalma - la, eu apenas observava a conversa entre meu pais que estão à frente dos cuidados da cidade, e o velho ancião.
- Sei o que estou fazendo Meneditt Estrangh, está vindo algo maior que nós, e seu filho está nisso. Não me olha assim, você sabe que ele viverá algo maior que todos nós vivemos. Ele está na profecia. Venha vou relembrar-la da profecia. - Andamos para fora da sala central do casarão do velho ancião, ele mostrou grandes pinturas nas longas paredes do corredor, que representavam as profecias. E ele continuou dizendo:
- Virá uma fênix branca e se unirá com o grande e poderoso lobo cinzento, os dois tem um grande chamado de derrotar a besta que assombra nossa cidade, para que eles acabem com essa escuridão de milênios, o lobo cinzento terá que dividir o seu poder com a fênix branca, para derrotar deves a besta, que está escondida em alguma parte da floresta nas redondezas dessa cidade.
Agora, primeira dama você entende porque votei em favor dos alunos virem para cá, um desses alunos pode ser a fênix branca que pode ajudar e acabar com tudo. Seu marido já aceitou e já marcou com a escola. Eles virão no próximo mês, ficarão quinze dias na cidade. - Fiquei ouvindo o velho ancião dizer para minha mãe, eles não sabiam que eu estava ouvindo, pois fingia que estava ouvindo uma música no fone. Minha mãe se calou e meu pai ficou receoso com sua atitude.
- Vamos indo Leonard Estrangh, vamos embora e deixar o ancião descansar. E ancião, eu entendi tudo que o senhor disse, mas não quero ver meu filho em algo perigoso. Estamos indo. - Minha mãe era uma mulher sábia e respeitava o grande ancião da cidade, apesar de não concordar com ele, ela respeitava-o, pois era seu avô.
Quando saímos do casarão minha mãe olhou para mim e tirou gentilmente meu fone e disse.
- Vamos te casar com alguém do nosso povo neste festival. - Ela fala e começa a andar, mas foi impedida pelo meu pai.
- Meredith, não vamos interferir na vida sentimental do nosso filho. Pare com isso, não há o que fazer, a profecia se irá cumprir quando for a hora, não seja um empecilho para esse grande feito. Nosso filho não é mais um adolescente ele saberá escolher sua mulher. E Ponto final. - Ela ia falar, mas me pronunciei.
- Não me casarei com ninguém, e não acredito nessa profecia que o ancião disse, não será eu que mudará algo na nessa cidade já condenada por esse ser ou alguém que se esconde na floresta. - Falei caminhando pela rua indo direto para o apartamento.
Cheguei no meu apartamento, e vendo a Luna vindo miando em minha direção, peguei ela em silencio e acariciando-a indo diretamente para o sofá naquele breu do apartamento, sentei me aconchegando naquele pequeno móvel.
Quando estava preste a dormir meu celular toca, era meu melhor amigo Hugo.
- Cristian como foi lá no ancião? Não, me conta quando eu estiver aí ok? Só cinco minutos para que eu chegue aí. - Desliguei depois que ele falou e continuei no meu sofá com a Luna no colo.
Cinco minutos depois ouço a porta que estava trancada abrir.
- Você e sua péssima mania de não tocar a campainha Hugo. - Ainda sem mexer no sofá com os olhos fechados, falei num tom Calmo.
- Cristian, você ainda não acostumou com isso, fala sério cara. Agora sem enrolação me conta logo. - Hugo vem perto do sofá e se joga assustando Luna.
- Você sabe tudo, não preciso falar nada. - Disse sem paciência.
- Eu sei, o ancião quer que alguns adolescentes venham por quinze dias bem na época do festival, e que você será a grande chave para libertar a cidade da besta. - assinti com a mini explicação de Hugo.
- Mais de uma coisa eu não sei, o que sua mãe falou com você? - Só precisou olhar nos olhos dele para saber do que se tratava.
- Sua mãe disse que vai te casar com alguém da cidade nesse festival e seu pai não concordou. - Ele disse e eu assenti novamente.
- Bom as meninas da cidade vão ficar loucas, pois o solteiro mais cobiçado da cidade quer arrumar uma esposa. - Hugo ria descontroladamente.
- Ok, não vou falar mais nada meu amigo, você é tão diferente de mim, você não conversa muito. Desde de pequeno você é assim. Gosto disso, é equilíbrio eu falo demais e você fala de menos. É por isso que somos amigos.
- Hugo, não vou me casar com ninguém, não há ninguém aqui que me interesse. Sei que vou herdar a cidade dos meus pais quando morrerem. Não vou dividir meu poder com uma pessoa que nem conheço nem da cidade nem qualquer forasteira. - disse finalizando a conversa. Luna saiu do meu colo e foi para sua cama, e Hugo sentou ao meu lado e bateu sua mão em meu ombro e disse:
- Você sabe melhor que todos dessa cidade que essa profecia vai se realizar queira você ou não, e sabe que essa agonia tem que acabar. - Ele sai do sofá e vai para a porta, me olha pela última vez e sai.

Sinto que algo arrebatador está vindo em minha direção, isso tá me matando. E todos ao meu redor dizem que sou importante demais, e que essa cidade precisa de mim, mas sinto que algo precisa muito mais do que essa cidade preste a ruína.
Meu corpo começa a queimar, meus poderes estão em ebulição, Luna que estava dormindo acorda assustada de novo, mais desse vez por minha causa e começa a mia alto, então resolvi sair do apartamento e me transformar e tentar controlar meus poderes.

The Enigmatic CityWhere stories live. Discover now