CAPÍTULO 13

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Hoje é dia de que? De ler!!!
Aproveitem!!!

LUNA

Eu era muito ruim por ficar feliz com a infelicidade alheia? Mais precisamente, com a infelicidade da Louise.

A cara dela quando me viu entrar com o Dominic de mãos dadas, foi tão impagável que eu queria ter levantado meu celular e tirado foto.

Minha melhor amiga sorriu de lado, Xavier sorriu abertamente e Dom tinha aquela cara boba feliz dele que eu quase achei que fosse outra pessoa e não o rabugento que eu conheci no primeiro dia.

Eu podia sentir que a Louise queria falar algo, surtar provavelmente, mas Dom tinha ficado numa espécie de bolha onde ignorava qualquer um que não fosse eu, e eu me senti tão envolvida que estava sorrindo que nem boba junto com ele.

Ele me parava as vezes e passava o nariz como uma carícia no me pescoço, quase como se estivesse me marcando, me cheirando. E eu particularmente adorava.

Eu talvez devesse ter pensado mais, calculado os prós e contras com calma, mas toda vez que ele parava e dava um beijo no meu pescoço ou quando ele me olhava com aqueles olhos, eu queria largar tudo e pular nele como se eu fosse escalar uma maldita árvore. Ele tinha esse poder louco sobre mim, esse instinto que quando eu olhava para ele, tudo o que eu via era "meu, meu, meu" .

Antes de fecharmos, eu fui jogar o lixo fora e acabei encurralada pela maluca da Louise.

- O que você pensa que está fazendo? - Ela me perguntou toda hostil, com as mãos na cintura.

- Eu não sei, por que você, tão inteligente, não me diz? - Larguei o saco do lado da lixeira e coloquei minhas próprias mãos na cintura encarando-a de volta.

- Você acha que pode simplesmente chegar assim como quem não quer nada e tirar o Dom de mim? Ele é meu companheiro. Meu! E você não passa de uma humanazinha gorda e chinfrim.

Eu queria rolar os olhos com essa história de companheiro de novo. E sério, gorda? Ela achava que isso era uma espécie de insulto? Se eu fosse ela, eu ficaria mais preocupada em ser uma vadia como ela claramente era. E louca.

E humanazinha? Que? Ela era o que então? Eu nem me dei ao trabalho de pensar mais nisso e discutir com essa maluca.

Tentei passar por ela, mas ela bloqueou a porta e me empurrou.

Suspirei.

- Olha, eu não tenho tempo pra... - acenei com a mão para a pose dela de briga. - seja lá o que isso for. Eu tenho mais o que fazer e acho que você também. E agora, você pode, por favor, se afastar da porta?

Eu estava pedindo pacientemente, mas se ela tentasse mais uma vez, eu ia pular na cara dela e arranhar ela todinha. Que vagabunda! Mas ela não ia acabar com a minha paciência assim. Hoje eu estava tendo um bom dia e não precisava da loucura dela pra atrapalhar isso.

- Você... sua... - Ela parecia lutar contra a raiva e quando eu vi, seus olhos estavam assustadoramente mudando de cor e eu pensei que eu estava ficando louca, porque parecia que eu podia ver os pelos do braço dela se eriçando como de alguma forma muito louca ela fosse se transformar em um lobo ou algo assim.

Eu estava prestes a sair correndo daquela maluca quando do nada uma energia ainda maior aconteceu ali e eu sabia que tudo ficaria bem, porque a porta abriu e Dom apareceu ali em toda a sua glória gostosa e irada.

Ele virou pra ficar na minha frente, como se precisasse me proteger. Eu só deixei ele pensar assim porque parecia que éramos uma frente unida. Uma dupla. E eu gostei disso mais do que deveria.

- O que você está tentando arranjar aqui, Louise? - Ele olhou para ela tão puto e tão alto e imponente, que eu provavelmente me encolheria diante de um olhar desses, mas fiquei feliz por não ser para mim.

Ela para e olha para baixo, como em submissão pela presença dele antes de olhar de lado.

- Ela não tinha o direito. - Ela murmurou baixo, perdendo completamente a pose de alguns minutos.

Eu quase não perguntei sobre o que eu não tinha o direito, mas Dom falou antes de mim.

- E você acha que tem algum direito? Algum direito de chegar aqui e ameaçar a minha companheira? Quem você pensa que é?

Louise ficou pálida sob toda a maquiagem que ela usava e por um minuto eu tive pena dela quando ela olhou para o Dom. Ela realmente gostava dele.

Pena dela, porque eu também gostava dele e ele gostava de mim.

- Companheira? - Ela sussurrou como se estivesse com dor. - Ela não pode, ela é...

- Não interessa, Louise e isso também não diz respeito a você. E mesmo que ela não fosse nada meu, você não tem o direito de intimidar ninguém. Vá! E não volte ao bar se for para criar problemas.

Ela olhou para ele com raiva e um pouco ferida, mas saiu correndo dali e eu fiquei feliz de finalmente me ver livre da cara dela.

Dom se virou para mim e seu rosto suavizou.

- Você está bem? - Ele perguntou e se aproximou mais antes de me abraçar apertado contra o seu corpo e eu deixei, colocando meus braços na sua cintura e inalando seu cheiro gostoso. - Me desculpe por isso.

Me afastei um pouco para olhar para o seu rosto.

- Se desculpar pelo o que? Por sua ex louca? Acontece. E eu poderia lidar com isso.

Ele sorri de lado antes de me apertar e dar um beijo na minha bochecha.

- Eu sei que você pode, mas o que eu posso fazer se você desperta esse lado protetor em mim.

- Quem diria que eu teria um namorado todo alfa pra cima de mim logo no primeiro dia?

Seus olhos brilham antes do seu sorriso aumentar.

- Alfa, hein? E o que você sabe sobre alfas?

Dessa vez era a minha vez de sorrir.

- Que eles dão os melhores amassos.

Ele ri antes de me apertar mais uma vez e me levar para dentro do bar, mas não antes de sussurrar no meu ouvido.

- E dão outras coisas também.

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LUNA (Sol da meia-noite #1)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon