CAPÍTULO 30

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DOMINIC

Eu não sabia que podia sentir tanta dor como eu estava sentindo no momento.

Assim que ouvimos o uivado de dor dela minha irmã pela mata, eu sabia que algo muito ruim tinha acontecido, algo que iria me dilacerar de alguma forma e eu estava certo.

Quando achamos minha irmã, nua e coberta de sangue chorando sobre o corpo de um lobo cinza, eu rapidamente freei meus pés ao reconhece aquele lobo familiar.

Não.

Não podia ser.

Lúcio não parou até achar de frente para minha irmã e tirar sua blusa para cobri-la. Ele tenta afastar ela do corpo, mas ela se recusa.

- Não, não... é minha culpa. Tudo isso é minha culpa! Eu deveria estar morta! Eu! - E ela volta a chorar desesperadamente.

Meu melhor amigo não podia estar morto. Meu irmão, meu amigo de todas as horas, meu beta... Não.

Eu tento segurar meu corpo em pé quando outra questão invade a minha mente, algo que esteve lá desde o momento que ouvimos o uivado da minha irmã.

- Cadê a Luna? - Eu pergunto baixo tentando não perturbar ainda mais a minha irmã? Mas é como se ela finalmente notasse a minha presença e seus olhos azuis tristonhos ficassem ainda mais nublados antes de me derrubar ainda mais.

- Eles levaram ela. E é tudo minha culpa! Me perdoa, meu irmão, me perdoa!

E eu caio no chão como se não aguentasse mais o peso do meu próprio corpo: e eu não aguentava mais.

Como assim a levaram? Como assim era culpa da minha irmã? O que diabos tinha acontecido?

Mais sons se juntaram e logo minha mãe estava ajoelhada ao meu lado enquanto Lúcio levantou o corpo desacordado da minha irmã, e outros levantaram o corpo de Xavier, que finalmente voltou ao normal e tinha sangue pelo corpo, mas cobriram ele com um lençol.

- Meu filho, você precisa levantar. - Minha mãe murmurou baixinho com lágrimas nos olhos que estavam caindo por conta de tudo que estava acontecendo. - Você precisa ser forte, você precisa reagir.

Eu ouvia as palavras dela ainda em transe, mas eu me levantei e a segui em direção a minha casa.

Meu pai olhava o corpo de Xavier com o rosto contorcido entre raiva e dor, minha mãe só tinha a dor mesmo.

O que diabos tinha acontecido?

Lúcio suspirou e colocou o corpo adormecido de Scarlet no sofá, minha irmã de repente acorda e olha assustada a sua volta antes de se deparar com o corpo de Xavier em um lençol ali no outro sofá.

Seus olhos enchem de lágrimas antes dela se virar para mim, puxando a sua volta o lençol que Lúcio havia dado a ela.

- Foi tudo minha culpa. Eu e a Luna estávamos treinando quando vimos a Louise se esgueirando na floresta e eu tive a ideia de segui-la, porque parecia tudo muito suspeito. Luna não queria mas acabou concordando só se eu fosse chamar alguém para ajudar. Eu corri atrás da primeira pessoa e achei o Xavier. - Ela para tomar fôlego e aceita o copo d'água que minha mãe trás para ela. - Quando voltamos, ela havia sumido e então entramos na floresta também atrás das duas. Foi quando tudo ficou louco e confuso e do nada estávamos lutando contra outros dois lobos e um disparo foi dado. - Uma lágrima desliza pela sua bochecha. - Santos atirou no Xavier como uma mensagem. Um recado para avisar que ninguém vai ficar no caminho dele e que ele está esperando você. Eu sinto muito, Dom. Eu devia ter agido com cautela, eu-

Eu a corto levanto minha mão.

Meus ombros tremiam de raiva. Na verdade, meu corpo todo tremia de raiva. Raiva da minha irmã imprudente que sempre age antes de pensar. Raiva do Santos por ser um pedaço de merda em forma de lobo e raiva de mim mesmo por ter deixado tudo acontecer. Era parte minha culpa também. Eu esperei, eu dei tempo para ele e não devia. Eu devia ter caçado ele e acabado com isso.

Acabado com ele.

Olho para minha irmã.

- A culpa não é toda sua, Scarlet. Mas tenha certeza que sua impulsividade custou muito hoje a noite. Custou a vida do homem que era como um irmão nosso e pode ter custado a vida da minha companheira, da sua amiga. Você como sempre agiu sem pensar, agiu achando que sabe melhor do que qualquer um e é por esse motivo que a gente te controla tanto. Porque você é uma criança ainda! Você quer tanto independência mas não para de agir como uma criança dependente de alguém para limpar suas bagunças!

- Meu filho...- Minha mãe tentou, mas eu olhei para ela em advertência.

- Não! Nós todos levamos em banho maria esse comportamento dela e olha o que aconteceu hoje! Eu só sei que a Luna está viva porque eu ainda sinto a presença dela pelo vínculo, mas se ela estivesse morta também, mãe, eu ficaria muito tentado a expulsar a minha própria irmã da alcateia!

Minha mãe abre a boca em choque e eu olho para ver que Scarlet ouve tudo de boca fechada, com as lágrimas caindo silenciosamente pelo rosto dela.

Eu queria retirar o que eu disse, mas não dava. Ela precisava crescer. Precisava amadurecer.

Eu me levanto decidido, com um novo propósito em mente e a raiva como motivadora principal. A vingança.

- Eu vou atrás do Santos e acabar com tudo isso.

Lúcio se desencosta da parede que estava encostado.

- Eu vou com você. Você precisa de alguém imparcial e a Luna é minha prima.

Eu apenas aceno a cabeça e me viro para os meus pais. Minha mãe me dá um aceno com a cabeça antes de se mudar para ficar do lado de Scar e meu pai vem até mim, com os olhos cheios daquela sabedoria que eu tanto queria. Aqueles olhos de quem sabia sobre tudo, de experiência.

- Vá, meu filho. Vá, entretanto, eu peço que volte inteiro. A vingança nem sempre é um bom motivador. - Ele bota a mão no meu ombro e aperta. - Eu perdi um filho hoje, não quero perder outro.

Eu apenas assinto e retribuo o aperto no ombro antes de ir até minha mãe e minha irmã e beijar ambas na cabeça.

Me afasto e eu e Lúcio seguimos para fora.

- Vamos reunir alguns homens e mulheres. Não posso deixar a alcateia também desprotegida, a mente doentia do meu primo pode ter qualquer armadilha. - Eu digo.

- Você já não acha que essa ideia de te atrair até ele uma armadilha?

Eu bufo.

- Claro que é. Mas ele vai se arrepender disso.

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LUNA (Sol da meia-noite #1)Where stories live. Discover now