CAPÍTULO 12

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Hoje é dia de que? 😬
Aproveitem!

LUNA

Vagabunda.

Aquilo que a Louise era.

Uma grande, imensa e gigante vagabunda.

Internamente, eu sabia que não deveria me sentir assim, não deveria sentir o ódio sem explicação que eu estava sentindo porque ele não era meu. Ele não era nada meu. Ele só era o irmão da minha melhor amiga.

O irmão mega gostoso da minha melhor amiga que tinha a mão de uma vagabunda nele.

E ela ainda tinha a cara de pau de fazer uma oferta? Eu me virei com as mãos em punho, pronta pra socar a cara dela quando eu congelei.

O que diabos estava acontecendo? Eu não podia socar as pessoas aleatoriamente. Eu não era assim.

Respirei fundo várias vezes e me afastei do bar, provavelmente deixando meus clientes sem resposta e fui para o ar livre.

O ar fresco melhorou um pouco aquele cheiro repugnante que eu estava sentindo que me dava vontade de socar e vomitar. Respirei fundo mais uma vez antes de abrir minha mão completamente e conseguir acalmar minha raiva.

- Luna. - A voz grossa dele caiu como um balde de água fria na minha pele quente ainda de raiva.

Eu realmente não queria me virar para olhar ou um socaria a cara dele também. Esse imbecil. Até ontem ele estava cheio de historinha de amor e hoje me vem com essa? Era outro safado.

- O que você quer? Eu tenho certeza que você tem coisa mais importante pra fazer lá dentro.

- O que me importa se verdade está aqui fora.

- Não foi o que pareceu, mas quer saber? Não me importa, eu não tenho nada a ver com a sua vida e o que você faz se decide pegar a vagabunda ambulante com cheiro de mil homens!

A cabeça dele torce para um lado.

- Como você sabe como ela cheira?

Congelei. Droga, eu não devia começar também a revelar minhas esquisitices agora.

Me endireitei e fingi arrumar a calça.

- Era o perfume dela, vagabunda 101.

Ele faz um barulho como se engasgasse tentando não rir e vem mais pra perto e eu fico parada. Se eu me mover, vai dar a entender que eu me importo e eu não quero que ele pense isso.

O cheiro dele, amadeirado, de natureza, forte e um cheiro dele mesmo... de homem. Ai Deus, porque ele tinha que cheirar bem assim?

- Não importa o que a Louise cheira, não importa o que ela fala, e com certeza não importa nenhuma outra mulher se a única que mexe filma minha cabeça de maneira irrevogável, é você. - Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e quando as pontas dos dedos dele roçaram a minha bochecha, me arrepiei toda e ele notou.

Droga. Droga. Droga.

Ele chegou mais perto e eu como a boba hipnotizada cheguei também.

- Me da uma chance. Nos dê uma chance. - Ele abaixou a cabeça e eu pensei que ele fosse me beijar, mas ele foi para o meu pescoço e passou o nariz como uma carícia que me alertou em todos os pontos importantes do meu corpo. Quando ele deu um beijo no meu pescoço com aquela barba roçando e foi subindo os beijos até encontrar a minha boca, eu sabia que deveria ter parado isso. Eu sabia que deveria ter dado um chega pra lá nele, mas Deus, porque ele tinha que ser assim?

Quando a boca dele encostou na minha, eu perdi completamente o resto da minha capacidade de raciocinar de novo. E quando a língua dele tocou a minha e se entrelaçou, eu sabia, só sabia que dessa vez eu deixaria ele entrar. Que ficaria com ele.

Ele me apertou mais perto de si e mesmo em pé, todas as minhas partes moles encontraram suas partes duras e eu derreti ainda mais. Eu coloquei minhas mãos no seu cabelo puxando firmemente para aprofundar o nosso beijo que estava sendo de proporções épicas.

Quando nos afastamos finalmente, eu estava sem fôlego e ele também. Deus.

- Eu quero você mais do que eu acho que já quis qualquer outra coisa. E eu queria levar as coisas com calma, queria te conquistar passo a passo mas tudo que eu queria era jogar você pelo meu ombro e sumir com você por um tempo, só nós dois. - Ele ainda tinha a mão na minha nuca e apertou levemente lá.

Droga, por que ele continuava a dizer as coisas que eu queria ouvir? Por que ele continuava tão perto? Essa névoa erótica que estava entre nós estava me deixando bêbada. Da presença dele, da força dele, do cheiro dele.

- Eu acho que... - Respiro fundo antes de continuar. - Eu acho que posso nos dar uma chance.

O sorriso dele me ofuscou de tal maneira que meu coração aqueceu e minha marca de nascença parecia arder um pouquinho, como se até lá soubesse que eu estava concordando com algo monumental, maior que estava preparada, maior do que eu pensava.

Dominic entrelaçou as nossas mãos e apertou elas juntas.

- Você não vai se arrepender, minha companheira.

- De novo essa história de companheira, huh? Vocês tem uma mania meio estranha de se referir a casais, quase primitivo. E não acha que está meio cedo pra isso?

Ele me encara sério.

- Um dia vou te explicar melhor, mas acho que não é muito cedo porque eu te esperei por muito tempo. E até agora, esse tempo todo valeu a espera. - Ele sorri de lado e meu coração bobo da cambalhotas sem pensar muito no que ele disse.

Ao invés de analisar outras coisas mais a fundo, eu resolvi olhar outra coisa, uma coisa mais mesquinha e um pouco egoísta e louca.

- Quer dizer então que agora você é meu? - Talvez eu devesse pensar antes de dizer as coisas, porque Dominic me prendeu na parede de novo e me deu um beijo que quase me fez ver estrelas antes de me soltar e me olhar com os olhos um pouco diferentes, como se estivesse brilhando, mudando de alguma coisa.

- E você é minha, finalmente, toda minha. - Ele rosnou a última parte e minhas as minhas partes estremeceram ao pensar nisso.

Ai Deus.

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LUNA (Sol da meia-noite #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora