13 - Passado.

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Bom, não consegui ficar muito tempo longe de vocês, mas consegui dar um jeito de postar esse capítulo que eu tive que reescrever e um dos maiores. A história vai entrar numa parte meio tensa, então, pra não deixar vocês morrendo de curiosidade, eu tentarei voltar aqui pra postar o próximo capítulo que ja está pronto. Quando vocês terminarem de ler esse capítulo, eu quero que vocês respondam essa perguntinha... O que vocês fariam? Confesso que estou um pouco ansioso pra postar o próximo, mas infelizmente não tive tempo de passar pro computador... e... porque eu também quero ver o desespero de vocês. Amo vocês e não se esqueçam de votar, compartilhar e continuar acompanhando.

E mais uma vez as palavras de Murilo me deixaram sem jeito, avermelhado e paralisado.
- Para de graça. Não vou tomar banho nenhum.
- Porco - falou ele debochando de mim.
- Não com você. - retruquei debochando dele. - Enfim, desisti de ir comprar o presente da Jess.
- Então fica aqui comigo. Vai embora agora não. Quer comer alguma coisa? - perguntou ele.
- Só não quero demorar, quero ir pra casa tomar banho.
- Ai Diego, agora é sério. Quer tomar seu banho aqui? Eu não vou entrar no banheiro. Prometo!
- Não, obrigado. Apenas quero minha casa mesmo. Tomar banho e dormir. - respondi
- Você também pode fazer isso aqui se quiser. - insistiu ele
- Não, relaxa. - respondi
- Ok então, Diego. Não estou podendo ficar discutindo por coisa boba com você. - disse ele parecendo irritado. - Vai querer pelo menos almoçar comigo ou prefere ir pra casa?
- Pra te fazer se sentir melhor, eu almoço com você.
- Pelo menos isso, né?
Ele pegou o celular e começou a digitar, mas não fiz questão de saber com quem ele estava conversando. Não demorou muito e ele começou a preprarar nosso almoço e fiquei conversando com ele, enquanto ele cozinhava.
- E o almoço com seus pais, vai rolar quando?
- Não sei, minha mãe teve que voltar pra casa dela porque tinha que pagar algumas coisas e terminar de resolver coisas do trabalho. Mas como Livia irá no aniversário no fim de semana com a gente, ela deve vir na sexta.
Enquanto eu falava com Murilo, percebi que o celular dele estava recebendo notificações de chat, aquilo começou a me irritar.
- Você reclama que eu sempre uso o telefone dentro do carro quando estou com você, mas acho que hoje os papéis se inverteram, né? - Falei
- Mas eu não uso tanto quanto você. E relaxa, eu estou conversando com meu pai. Ele chega amanhã de viagem com minha mãe e meus irmãos voltarão com eles. De certa forma estou ansioso, até porque eu devo ficar em casa quando meu pai voltar. Ele sempre me deixa descansar quando ele volta de viagem. Podíamos viajar também e voltaríamos no sábado pro aniversário. O que você acha?
- Escola... Provas finais... Final de ano. Acho que não preciso dar mais dicas. - respondi - Por mais que eu queira ir, não vai dar mesmo.
- Verdade, esqueci disso. E quando você entra de férias? - perguntou ele enquanto picava um dente de alho.
- Em duas semanas. Como já passei na maioria das matérias não devo nem chegar ir na última semana direito.
E mais uma vez o telefone dele vibrou.
- E você toparia viajar comigo de novo? Agora você pode escolher o lugar.
- Tenho que ver como vai ser no meu trabalho. Meu padrinho ligou lá pra casa dizendo que eu teria que voltar pra loja na semana que vem. Porém eu não sei é só pra resolver coisas bobas, ou se é pra trabalhar mesmo.
- Estou tão acostumado com você estando sempre em casa que até me esqueci disso. - disse ele enquanto mexia no celular.
- Bom, pelo visto esse almoço não sai hoje. - falei dando um risinho irritado
- Já está quase pronto. Sabe o que eu quero fazer?
- Talvez largar o celular? - respondi
- Não, te beijar. - disse ele se aproximando pra me dar um outro beijo.
- Você nunca me disse que tinha irmãos.
- Eles moram no exterior. Tem a Pietra que é dois anos mais velha que eu e o Gregory que tem 17 e foi passar uma temporada fazendo intercâmbio e está com a Pietra em Miami. Ela é modelo e vive com o namorado.
- Entendi, eu tbm vou fazer intercâmbio, mas vou pra Londres. - falei - Juntei a vontade de ir com algo que sempre quis fazer.
- Você o que? Quando que você vai pra lá? - perguntou ele desesperado
- Relaxa aí, amigão. Não é nada certo ainda, pois meus pais não confirmaram nada. - respondi.
- Mesmo assim, não sei se consigo viver longe de você por tanto tempo.
- Ai que exagero. - falei.
- Está pronto! Minha especialidade. É um prato italiano, prova e me diz o que achou?
Começamos a almoçar e o telefone dele não parava de vibrar.
"Não é possível que seja o pai dele" - pensei. - E eu? Quando irei conhecer sua família?
- Eu tenho que ver. Espera eles chegarem de viagem e eu marco. Não se preocupe!
- Ok... Ah! A comida está ótimo.
- Obrigado amor. - disse eles dando um beijo rápido.
Conversamos durante todo o almoço e o celular dele insistia em vibrar. Aquilo me encomodou até que parou.
- Vem, vamos lá pro quarto.
Eu o segui e assim que entramos no quarto ele entrou no banheiro. Peguei minha escova de dentes na minha bolsa e também pro banheiro. Assim que acabamos e fomos pra cama ficamos deitados assistindo um programa de talk show em que nenhum dos dois estavam prestando atenção.
O corpo de Murilo me provocava um calor que eu não sabia explicar e toda a sua pegada era algo inimterrompível. Eu estava enloquecendo com ele e com toda aquela situação, depois ficamos deitados e finalmente pegamos no sono.
Despertei assustado com o som abafado de telefone vibrando em cima da mesa, levantei para verificar.
- Aai que saco, é essa merda desse telefone do Murilo me acordou - sussurrei.
Não me contive e dei uma espiada no telefone dele.
"Mensagem de chat"
Inseri a senha 7942 para desbloquear o celular e verifiquei o histórico de mensagens. Realmente tinha mensagens do pai dele, mas assim como tinha de um Fred.
"Fred? Murilo já me falou de alguém com esse nome, mas não lembro que é."
Eu queria ler as mensagens mas iria aparecer que foi visualizada pro Tal do Fred e Murilo perceberia quando acordasse e fosse ver o celular.
Deixei o celular no mesmo lugar que estava e voltei pra cama pensando naquele bendito nome, quando finalmente algo acorda em meus pensamentos remexidos e acabo lembrando de tudo.
"Mas é claro, como pude esquecer. Fred é o ex de Murilo." - pensei
No mesmo momento eu voltei a fuxicar o telefone de Murilo e fui ler as mensagens.
"Não posso fazer isso, é errado. Porém não consiguirei parar de pensar nisso."
Pensei em tudo que poderia fazer e assim surgiu a ideia brilhante em mente.
"Bom, eu não posso ler as mensagens aqui no chat, mas posso ler por email"
Eu amava ser um rato de tecnologia as vezes, fiz backup das mensagens da conversa deles dois e mandei pro meu email. Apaguei todas as provas do crime e deixei o celular da mesma forma que estava. Logo em seguida o meu celular vibrou alertando que havia um novo email pra mim e eu sabia muito bem o que era. Deitei de volta ao lado de Murilo que agora me puxava pra perto dele ainda sonolento e comecei a ler toda a conversa.

Fred: "Sabe Murilo, sei que tem um tempo que terminamos, mas eu não consigo te esquecer."

Murilo: "No inicio foi péssimo pra mim. Aconteceu comigo"

Fred: "Eu fui um tolo em ter feito tudo que fiz. Sabe eu não estava bem, estava passando por vários problemas em casa. Por isso fiz aquilo... Me perdoa?"

Murilo: "Cara, eu lembro. Mas fiquei muito mal depois daquilo. Me apeguei muito à você e tudo o que eu queria era poder voltar no tempo pra reviver tudo que tivemos. Naquela época era a única coisa em que eu podia e conseguia pensar. Mas de qualquer maneira, está perdoado."

Fred: "Me desculpe mesmo por tudo. Eu não sabia o que estava fazendo, portanto que fiz o que fiz. Queria te ver de novo. Vamos nos ver na sexta no inicio da tarde e podemos almoçar juntos no Miseau Gourmet... Topa?"

Murilo: "Tudo bem! Marcado!"

Fred: "É incrível como mesmo depois de tanto tempo, você ainda me faz bem."

Murilo: "Que bom que faço as pessoas bem"

Meus olhos estavam começando a lacrimejar lendo aquilo tudo. Eu sabia que o que fiz foi errado, entretanto mais errado ainda, era o Murilo. Nem falar de mim ou que estava curtindo outra pessoa, ele falou.
Murilo poderia estar fazendo aquele infeliz se sentir bem, porém já eu não estava nem um pouco.

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