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Duas semanas depois...

- Faltando dois dias para a festa da empresa do pai de Murilo, eu acordei atrasado pra voltar para o Rio. Estava morrendo de ansiedade para rever meus amigos, minha avó e minha irmã.
Resolvi voltar de carro, mesmo com medo de não conseguir chegar lá.

Coloquei as coisas no carro e saí. A loja iria ficar na responsabilidade de Luis até meu padrinho chegar em São Paulo.
A viagem foi demorada e cansativa, mas depois de 6 horas eu cheguei ao Rio. Assim que cheguei encontrei minha avó na cozinha, que assim que me viu, ficou toda feliz.

- Cheguei minha velha. - falei pra ela.
- Meu filho, que saudades. - falou ela me abraçando - Nossa, você está mais magro.
- Claro, eu quase não tenho tempo pra comer. - falei pra ela - Vivo de restaurantes. Ainda bem que tenho vale-refeição.
- Eu falei que você não tinha nada que ir pra São Paulo. - falou ela me olhando - Nunca concordei com essa história.
- Ai velha, relaxa. Eu tô bem. - falei rindo. - O que tem de bom pra comer?
- Eu fiz frango empanado. - disse ela - Esquenta no microondas.

Almocei e liguei pra Lívia para avisar que estava na casa de vovó. Tomei um banho e descansei um pouco.
Horas depois acordo com meu telefone tocando, era uma ligação de Murilo.

- Alô? - atendi sonolento
- Já chegou? - perguntou ele.
- Sim, estava dormindo
- Vai ter uma pequena reunião aqui em casa por causa do aniversário do meu pai, você vem?
- Não sei, da última vez que estive na sua casa, o clima não foi nada legal. - respondi lembrando-me da pequena discussão com Fred na frente dos pais de Murilo.
- Di relaxa, não vai rolar nenhum clima chato. - falou ele rindo. - Esteja pronto em uma hora.

Levantei correndo pra tomar banho e me arrumar. Peguei uma camisa social e uma calça jeans e fui pro quarto da minha avó. Ela estava deitada lendo um livro.
- Passa pra mim, por favor? Tenho que estar pronto em uma hora pro aniversário do meu sogro.
- Meu Jesus, não posso nem ler um livro em paz. - reclamou ela.
- Também te amo, velha.

Voltei correndo pro banheiro do meu quarto. Tomei um banho correndo, dei um jeito rápido no cabelo e coloquei a roupa que já estava na minha cama.
Eu estava terminando de me arrumar quando ouvi Murilo buzinando, peguei o tênis a meia e dei um berro me despedindo da minha avó e coloquei o tênis no carro de Murilo.

- Amo quando você tá de social. - disse Murilo logo depois de me dar um beijo rápido. - Fico imaginando altas coisas com você vestido assim.
- Murilo não começa, pelo amor de Deus. - respondi terminando de pôr o tênis.

Eu reconhecia o caminho pra casa de Murilo mesmo ter ido poucas vezes. Durante o caminho Murilo ia me dizendo como foi o dia na casa dele e que ele odiava quando a casa estava cheia de gente.
Ele contou que tinha umas tias dele que ele não gostava muito estavam chegando na hora em que ele saiu pra ir me buscar e que a irmã dele chegou de Miami com o marido e que iam passar o resto da semana aqui. O irmão dele havia chegado também de Miami, há alguns dias.
- Mas tem meses que você não vê seus irmãos, não está com saudades? - Perguntei
- Pra falar a verdade não, só gosto quando eles estão aqui, porque assim eu deixo de ser o foco da casa. Mesmo que seja por alguns dias.
- Isso só mostra que você deve sair da casa dos seus pais logo. Você pode muito bem alugar ou comprar um apartamento. - digo pra ele.
- Não é tão fácil assim, Di.
- Sim, é. Olha para seus irmãos. Todos eles arrumaram algo pra ficar longe dos seus pais. Você é maduro o suficiente pra fazer o mesmo. - respondi.
Murilo ficou meio chateado com o que eu falei, mas não continuamos com o assunto, pois havíamos chegado em sua casa.
A comemoração foi uma reunião com alguns amigos/funcionários da empresa do pai de Murilo e algumas de fora. Havia bastante carros estacionados perto da casa. Murilo foi em direção à sua vaga na garagem de sua casa.
Subimos as escadas em direção à casa, havia uma música num volume agradável e dava pra ouvir algumas pessoas conversando, rindo e crianças correndo.

- Relaxa, não vou sair do seu lado. Qualquer coisa, você sabe o caminho pro meu quarto. - disse Murilo.
Assenti com a cabeça e seguimos caminho e finalmente entramos na casa de Murilo.
A sala tinha bastante gente conversando com taças de champagne em mãos, ao entrarmos algumas olharam diretamente pra nós, o que.me fez me sentir menor do que já estava me sentindo.
Vasculhei o lugar com o olhar e não reconheci ninguém, até que encontro Fred conversando com alguém que me.parecia familiar, mas não conseguia raciocinar quem era, pois estava de costas para mim. A pessoa se virou aos poucos gargalhando de algo que Fred tenha falado e então logo vejo a pessoa

Arthur, meu ex namorado.

Em Comum.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora