11 - UFA!

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Minha cabeça pensou em tudo naquele instante. Fiquei preocupado, óbvio. Porém não sabia o que fazer, apenas peguei o telefone disquei o número dele.

- NO HOSPITAL? O QUE ACONTECEU? - Perguntei quase tendo um surto

- Calma amor, eu só estava atrasado pra reunião e resolvi subir de escada rápido e tive uma crise de bronquite asmática.

- Você não tem aquelas bombinhas?

- Tenho, mas devo ter esquecido em casa, porque eu não achei no carro e nem na bolsa.

- Cara, fiquei com algum pressentimento estranho o dia todo.

- Calma amor, falta mais um pouco pra eu morrer e te deixar viúvo.

- Ai Murilo, nem brinca com uma coisa dessas. Ei hein?

- Estou com saudades de você. Vem cuidar de mim, tô sozinho aqui no hospital

- Sozinho? Em qual você está? Chego ai daqui a pouco, passa o endereço.

- Tô brincando, calma! A Rosângela está aqui. - Disse ele tossindo.

- Ué, mas cadê seus pais?

- Meus pais viajaram ontem pro exterior pra resolver algumas coisas da empresa.

- Mas coitada da Rosângela ela é apenas a empregada, não a sua babá. Ela tem família.

- Eu falei pra ela que ela poderia ir, mas ela não quis. - disse ele tossindo novamente.

- Amor, fala comigo por mensagem, você está tossindo muito, melhor você ir descansar.

- Tudo bem. Dependendo de como for as coisas durante a madrugada, eu vou ser liberado amanhã de manhã.

- Ok! Qualquer coisa me liga. - Disse eu

- Ta bom, amor da minha vida.

Tentei dormir, mas não consegui, fiquei pensando em tudo o que aconteceu. Cheguei na escola parecendo um zumbi de tanto cansaço, dormi durante toda a aula de história e perdi o início da aula de física. Acordei falando que não estava me sentindo bem e fui pra casa.

Cheguei jogando as coisas pelo meu quarto, tentei falar com o Murilo, mas não consegui, tomei banho e deitei apenas de cueca na cama, por fim dormi.

Acordei com o telefone tocando, procurei o telefone ainda, olhei o visor e tinha uma foto minha com o Murilo enquanto tocava.

- Alô? - atendi com uma voz sonolenta.

- Oi amor, tô em casa. Acabei de chegar.

- O médico passou algum remédio? A crise foi bem forte.

- Passou e ele disse que é pra eu evitar qualquer exercício que exija muito esforço de mim, - respondeu ele parecendo ótimo.

- E o trabalho?

- Vou passar lá amanhã. - respondeu ele.

- Estou com saudades.

- Eu também amor, vem aqui em casa hoje. Eu passo ai pra te buscar.

- Vou pensar e te digo. - respondi

- Poxa Diego, por favor. Eu vou ficar sozinho e estou cheio de saudades de você.

- Ai Murilo, tá bom. Eu vou ai hoje.

Eu não queria ir pra casa do Murilo, mas tinha que ir porque queria vê-lo e estava com saudades também. Pelo menos os pais dele não estavam em casa e isso me reconfortava.

Em Comum.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora