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Como havia previsto, teria que voltar pra São Paulo, mesmo sem vontade nenhuma... Então deixei pra aproveitar o ultimo dia que tinha no Rio, junto com Murilo.

— O que vamos fazer hoje? — perguntou ele.
— Não sei ainda. — respondi — O que você sugere?!
— Hmmm... Vamos fazer algo diferente.
— O que por exemplo? — perguntei
— Que tal um teatro? Tem uma peça ótima no teatro do centro.
— Adorei! — respondi e abraçando ele.

Ficamos mais um tempinho na cama antes de levantarmos pra tomar café. Fazia dois dias desde que Murilo estava na minha casa. Ele foi até a casa dele, mas não demorou muito, isso me deu uma insegurança com minha avó.
— Bom dia, vó!
— Bom dia, Diego... Bom dia Murilo... De novo! — falou ela.
— Bom dia! — respondeu ele meio tímido.
— Diego tem que ir na padaria comprar pão, eu fiquei sem tempo pra ir, vai lá por favor?
— Eu vou! — voluntariou-se Murilo. — Já volto!
— Você não me disse que ele ia dormir aí hoje. — falou ela
— Na verdade, ele não ia mesmo. — falei — mas como eu passei mal ontem à noite, ele ficou preocupado e acabou ficando. Sem falar que também tirei ele de casa, ele está passando por uma fase meio chata.
— Tudo bem!
— Tem aquele iogurte de blueberry  maravilhoso que você comprou esses dias ainda?
— Acho que sim... Tô indo pra igreja. Tchau!
— Tchau! — respondi.

      Poucos minutos depois, Murilo volta com os pães e mais outras milhões de coisas pra comer. Tomamos nosso café e Murilo foi tomar banho, eu voltei pra cama e apenas fiquei deitado. Visualizei o mural de fotos em uma das paredes do meu quarto e vi uma foto minha com Luciano, procurei meu celular entre as cobertas e liguei pra ele.

— Olha quem lembrou que tem amigos! — atendeu ele.
— Aí coisa chata, que saudades de você. — falei.
— Sério? Porque não parece! — respondeu ele.
— Aí troço, não faz isso. Tu sabe que eu te amo, né?
— Olha, sinceramente já não sei mais... Mas enfim, como você está?
— Tô bem, Lu. Tirando uma dor de cabeça fortíssima que não passa por nada, mas tô bem. Aliás, tô na casa da minha avó vem pra cá.
— Está aí desde quando? Desde sexta.
— Você está há dois dias na casa da sua avó não me diz nada? NADA?! — gritou ele do outro lado da linha.
— Desculpe aconteceram coisas que eu não posso dizer agora.
— Faz o seguinte, vem aqui pra casa. Vai ter um churrasquinho, o pessoal vai pular na piscina e chamei uns amigos da faculdade, que aliás, comecei e você nem sabia.
— Olha, como ele me trocou facilmente. — falei rindo. — Murilo está aqui.
— Eu não teria trocado, se você não tivesse me esquecido... E traz Murilo também.
— Aí teu nojento, te odeio... Vou falar com ele. — falei
— OK, não demora!
E desligou...

— Amor, mudança de plano... Vamos pra casa do Lu.
— O Thiago vai estar lá? — perguntou Murilo
— Não sei, mas na última vez em que conversamos, Luciano disse que eles estavam meio distantes.
— Hmm.. Whatever, só tem uma distância que me incomoda.
— Qual? — perguntei.
— Essa que existe entre a minha é sua boca — disse ele me puxando pra um beijo. O cheio de sabonete nele estava maravilhoso, o cabelo molhado, o hálito pós escovar os dentes me deixou maluco. Puxei ele pra cama, onde continuamos o beijo, o beijo se tornou cada vez mais quente.
Arranquei a bermuda de Murilo tão rápido que ele se assustou, mas em seguida riu e logo voltou a me beijar. Eu havia dormido apenas de cueca, mas coloquei um short leve pra ir na cozinha tomar café e com o mesmo movimento que eu, Murilo tirou o meu short me deixando apenas de cueca e um volume dentro dela à mostra.
— Parece que tem alguém animado hoje, falou ele.
— Acho que ele não é o único. — falei trocando Murilo de posição e fiquei por cima dele sentado em seu colo e ele deitado. Beijei sua boca, desci para o pescoço e segui todo o caminho até seu umbigo. Murilo arfava de vez em quando e isso me deixava cada mais excitado, desci mais um pouco e puxei o elástico da cueca dele com os dentes.
— Aí meu Deus, você me deixa louco. Disse ele rindo.
Passei meus dedos pela cueca e a puxei até embaixo, fazendo o volume dele pular e deixando ele completamente nu.
— Isso sim, me deixa maluco. — Falei segurando o volume dele é começando nossas brincadeiras.
Eu gostava de deixar Murilo sofrendo até ele não aguentar mais e me pegar com força e não foi diferente, depois de tanto fazê-lo "sofrer" fazendo tudo lentamente, ele me pegou e me jogou na cama, tirou minha cueca.
— Agora a brincadeira vai ficar melhor. — falou ele com um sorriso maldoso no rosto.
Ele pegou uma camisinha e vestiu — Posso ir com tudo hoje? — perguntou ele
— Você quem sabe.
— Você não deveria ter falado isso. — respondeu ele e pegou o lubrificador na gaveta do criado mudo
— Merda, já vi que vou sofrer.
Ele fez o mesmo caminho contrário comigo, passando a boca do meu umbigo e subindo até a boca. Ao chegar na boca, ele passou suas pernas por entre as minhas me deixando totalmente à livre pra ele e logo em seguida senti ele entrando em mim. Lentamente, eu já não sentia mais tanta dor como no início, mas sabia que eu ia sofrer... Depois de estar completamente em mim, eu o senti latejando e isso me fez soltar um leve gemido, em seguida Murilo começou a brincar com ele dentro de mim e aquilo estava me deixando louco.
— Se doer me avise!
  Murilo passou as mãos por minha cintura fazendo com que eu ficasse preso entre ele e a cama e penetrou com força
— Aí porra! — gritei!
— Quer que eu pare? — perguntou ele.
— Não!
E com isso ele continuou, mas dessa vez um pouco mais forte, e mais forte, e mais forte e eu estava indo à loucura.
Agora eu estava de quatro pra ele e ele novamente começou seus movimentos, mas dessa vez mais suaves e as vezes lentamente. E isso durou por mais 2 horas.

Chegamos na casa de eram quase 15 horas e ele ficou extremamente feliz quando nos viu.
— Eu achei que vocês não viriam mais. — falou Luciano.
— Estava arrumando as coisas pra voltar pra São Paulo amanhã. — menti e Murilo riu.
— Oi Murilo, tchau Murilo! — falou Luciano seguindo em direção à churrasqueira e gritando para um de seus amigos da faculdade. Alguns eram visivelmente gays e outros não, pelo menos ao meu ver.
— Parece que Thiago não foi chamado — falou Murilo procurando Thiago em meio as pessoas.
— DIEGO! — gritou Luciano — VEM AQUI, PRECISO TE APRESENTAR MEU AMIGO.
— Vai lá, eu fico aqui. — falou Murilo.
Caminhei até onde Luciano estava e ele me apresentou o amigo dele que se chamava Antônio, mas que ele chamava de Toni. Ficamos conversando por alguns minutos e depois voltei pra perto de Murilo.

— Vamos entrar na piscina? — perguntei
— Não quero não.  Vai lá que eu fico daqui te vigiando. — disse ele rindo.
— Vou trocar de roupa. Já volto!
Fui até o banheiro da casa de Luciano onde coloquei minha sunga. A casa estava vazia, coloquei as minhas coisas no quarto de Luciano e só levei meu celular para deixar com Murilo e voltei para a área da piscina. Procurei Murilo e o achei sentado banco alto perto da churrasqueira onde havia um outro menino que estava todo sorridente para ele.
Meu corpo esquentou de forma que eu não entendia, respire fundo, caminhei para perto dele e olhei para os dois.

— Amor, fica com meu celular? Vou dar um pulo na piscina. — falei sério.
— Me dá um beijo antes. — pediu ele me segurando pela cintura.
Me virei para ele o beijei, quando interrompi o beijo reparei no menino ao lado que estava vermelho e dei um tchauzinho, andei até borda da piscina e me joguei num impulso.

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