EPÍLOGO

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2 anos depois...

Eu nem acredito que finalmente estou indo morar em São Paulo, passei na USP e irei cursar Direito, acreditem eu não tive nenhuma influência de meu pai, apesar dele ser um dos melhores advogados desse país, só tive ele como exemplo e acredito que cursar Direito e me tornar uma ótima advogada sempre foi meu sonho.

Minha mãe voltou para o Brasil, ela e meu pai não reataram o casamento, acredito que o amor acabou ou não foi mais suficiente para manter a relação de marido e mulher, apesar disso construíram uma relação de amizade verdadeira, o importante é que estão felizes.

Meu irmão continua namorando minha melhor amiga doidinha, mas até hoje não marcaram casamento, gabi quer terminar a faculdade de Medicina primeiro, tadinho de meu irmão acho que só serei madrinha de casamento daqui a 10 anos, mas o importante é que se amam.

Eu continuei estudando nos últimos 2 anos naquela escola pública, apesar da situação financeira de meu pai melhorar e ficar até melhor que antes eu bati o pé pra não sair daquele Colégio, lá eu tinha meus amigos e lembranças de Gustavo, no terceiro ano comecei a ficar com Tiago, ele é legal fazia questão de cuidar de mim o tempo todo, mas eu não conseguir transformar nossa relação em algo sério como namoro, não sei se quero isso nesse momento, mas curtimos  muito e sempre tentei evitar todas as comparações com meu ex.

Tiago vai cursar engenharia na nossa cidade mesmo, e decidimos deixar rolar, ele é livre pra ficar com quem ele quizer e eu também, e se nesse tempo afastados nossa vida tomar rumos diferentes tudo bem seremos sempre amigos.

Fernanda vai cursar arquitetura na UnB, pois é minha amiga também quis criar asas e voar indo para Brasília, já estou até com saudades dela, bia não prestou vestibular, ela prefere fazer curso técnico na área de saúde, nossa relação de amizade nunca voltou a ser a mesma, perdi a confiança mas desejo tudo de bom pra ela sempre.

Pronto agora com as malas prontas dou uma geral no quarto e lembro da minha caixa das lembranças, depois de abrir pego a camisa, a pulseira e a carta colocando dentro de uma das minhas malas, sei que parece meio doido mas é como se ele estivesse comigo realizando nosso sonho juntos.

Nunca mais soube alguma notícia dele, algumas vezes perguntei até pra fê e ela mentiu falando que não sabia nada, uma única vez ele ligou para o telefone residencial da minha casa, perguntando se Tiago estava me fazendo feliz, não sei quem contou pra ele e na hora eu fui grossa dizendo que nada da minha vida importava ele saber, pois ele tinha escolhido sair dela, talvez se eu tivesse conversado sem mágoa ou raiva aquela ligação teria outro final, mas passou hoje eu estou feliz e nada vai mudar isso.

5 dias depois...

Estou 2 dias em São Paulo, sozinha e tentando me adaptar a esse tempo seco, o tempo muda constantemente e me deixou até com os lábios ressecados, hoje vou no campus da faculdade levar meus documentos e acertar a matrícula, já estou muito atrasada porque encarei um engarrafamento daqueles, por isso não usei o carro que meu pai mandou eu comprar, nem sei como vou dirigir nesse trânsito louco de São Paulo.

Entro no campus e fico admirada com o tamanho, perguntei ao segurança sobre a sala da secretaria mais acho que mim perdir, entro em um corredor vazio olhando aleatoriamente para as paredes buscando alguma sinalização quando sinto meu corpo bater em outro corpo, minha pasta com os documentos cai e eu me abaixo tendo assim uma espécie de dejavu, a cena no primeiro ano  na escola pública vem em minha mente só que dessa vez a pessoa abaixa e mim ajuda com os papéis espalhados no chão.

Quando me levanto para agradecer e olhar em seu rosto, é ele, pera como assim gustavo?

- oi lorena!( com uma voz firme e um olhar que sem dúvidas fez minhas pernas bambearem)

- o o oi, gustavo?( falo gaguejando como nunca, que mico)

- como sempre esbarrando alguém no primeiro dia né? só que dessa vez não sou mais um moleque otário que não vai te ajuda a pegar as coisas no chão( ele fala e abre um sorriso lindo, como eu sentia falta desse sorriso)

- pera foi você no 1 ano? nunca desconfiei, mas obrigada por hoje.( digo e caminho tentando me afastar o mais rápido possível)

- não tem de quer, e se tá procurando a secretaria é virando a 2 esquerda.

- ok obrigada( viro as costas e caminho)

- tchau pra você também e até a próxima( ele fala e escuto seus passos seguindo para a saída)

Bom achei a secretaria, mas estou aqui sem sono tendo mil pensamentos sobre esse encontro inesperado, cheia de perguntas pra fazer e não tem ninguém para responder.

Continua...

CUIDA BEM DELA.( Livro 1)Where stories live. Discover now