23 | Villain

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[ Narrador ]

A vida é como uma peça de teatro.

Existem as personagens principais : o vilão da peça, o melhor amigo simpático, o amigo traidor, a namorada chorosa e o príncipe encantado. E depois existem aqueles que são meros figurantes.

O problema de Nash é que ele considerava que estava no papel de vilão na sua vida.

Mas o pior de tudo é que entrou Blaze na peça de teatro, e ele nem sabe a que papel ela pertence. Antes ela não era nada mais do que um figurante na sua vida, tal como toda a outra população do mundo que nem sabia da existência de Nash. Mas depois de começarem com este joguinho sujo, a que ele nem tinha acerteza se queria continuar ou acabar, os papeis pareciam inverter-se brincando cruelmente com os sentimentos de Nash. Não é que ele se senti-se o príncipe encantado, muito pelo contrário, ele sentia-se ,agora mais que nunca, o pior dos vilões. Só que este vilão não tinha intenções de magoar os que estavam a seu redor, ele simplesmente magoava-os, mesmo não querendo. E ele não queria magoar mais ninguém, queria afastar todos para poder morrer sozinho e abandonado tal como todos os vilões de uma peça de teatro.

E Nash estava com raiva agora agora. Raiva por estar assim tão confuso, por nem saber em que papel se encaixa Blaze na sua vida, mas principalmente pelo o que acontecera na discoteca.

Sim, porque não era com um simples boquete que Nash iria perdoar Blaze, porque as coisas não funcionavam assim. Blaze poderia ter até aquela inocência toda e ter aquela boquinha rosada maravilhosa, mas a sua boquinha não compensava o facto de ela ter aceitado aquela maldita bebida e de ainda se ter esfregado em um loiro. Nash era extremamente possessivo em relação ao que era dele, e mesmo não sabendo ao certo o que Blaze era na sua vida, podia ter acerteza que ela era sua propriedade e de mais ninguém, apenas dele.

Nash acabou por deixá-la em casa sem ao menos lhe dirigir uma palavra na noite anterior, e a única coisa que ela pode sentir quando acordou sozinha em casa fora uma enorme dor de cabeça, uma ainda mais enorme vontade de vomitar e esquecimento do que se passara na noite anterior. E o pior de tudo: era uma manhã chuvosa de uma segunda-feira de escola.

Blaze acabou por ter de calçar as suas tão fiéis botas pretas desgastadas, as suas jeggins, uma camisa simples e um casaco grosso tendo em conta a maldita chuva que se fazia presente em Londres novamente.

A menina correu desajeitadamente com a mochila ao ombro, chocando em vários corpos no meio do caminho, que pareceram demasiado ocupados para sequer ligar á rapariga que corria loucamente pelas ruas.

E depois de uma corrida intensa, Blaze conseguiu chegar á escola, completamente molhada e sem fôlego, mas viva.

-x-

Blaze estava sentado no seu habitual banco na hora de almoço, era lá que Acácia e ela se sentavam sempre, era o cantinho delas, onde elas até haviam escrito os seus nomes com corretor com letras mal feitas. A menina suspirava pesadamente, Acácia sempre vinha a correr encontrar-se com ela naquele preciso banco. Mas infelizmente, ela nunca mais viria.

Uma mão tocou o seu ombro e ela virou-se encarando um ruivo, que imeditamente reconheceu como sendo Ed, o seu colega de turma.

" Ouvi dizer que andas-te a dar a boca. " - gargalhou o ruivo enquanto o seu pequeno grupo de amigos se aproximava de Blaze gargalhando também.

" O quê? " - franziu a testa em confusão.

" Nunca pensei Blaze, tão santinha e depois sais por aí a dar boca, ainda por cima ao Grier! " - falou apontando para Blaze enquanto os outros gargalhavam audívelmente.

Blaze estremeceu ao ouvir o apelido de Nash.

Era uma coincidência, só podia ser uma coincidência, certo?

" Do que é que estás a falar? " - perguntou levantando-se do banco e aproximando-se de Ed.

" Disto. " - falou virando a tela do telemóvel em direção á menina, que arregalou os olhos ao ver a sua imagem, a sua imagem e a de Nash dentro do seu carro branco, e a sua boca, bem, estava por assim dizer, "ocupada" .

Vários flashes passaram pela mente de Blaze relembrando-a da noite anterior. E uma só palavra rondava a sua mente, "Daddy" . Blaze corou violentamente ao perceber o que tinha feito, Blaze não era assim, e Nash aproveitou-se do seu estado débil, ou pelo menos era o que ela pensava.

Blaze agarrou no telemóvel do ruivo atirando-o contra a parede destruindo qualquer prova daquele incidente que ela só queria esquecer.

O ruivo e os seus amigos abriram a boca em espanto ao ver o telemóvel despedaçado pelo chão e quando olharam em frente, Blaze já tinha ido deixando-os em pura raiva.

A menina corria para fora da escola, a sua visão estava turva devido a tantas lágrimas. Agora ela não passava da chacota da escola, e o culpado era Nash. Ela sentia-se humilhada por ele. Ele tinha-se aproveitado dela quando ela não estava no seu estado normal. Nash já tinha estragado a sua vida, ela só pensava que não era possível que ele ainda a estraga-se mais. Mas estragou, deixando em pedacinhos tudo o que restava da vida decente da menina. Blaze agora podia definitivamente dizer que Nash havia fodido com a vida no mau sentido.

Blaze encostou-se na parede cobertas de grafites onde havia estado com o rapaz de olhos azuis naquele dia e deixou o seu corpo deslizar pela mesma lentamente até se encontrar no chão. O cenário não podia ser mais triste, Blaze estava encolhida entre o chão e a parede agarrando os seus joelhos firmemente enquanto se desvastava em lágrimas, e a chuva caía intensamente colocando tudo ainda mais cinzento.

Blaze estava completamente encharcada, já nem conseguia distinguir as suas lágrimas das gotas de chuva que caiam no seu rosto. Ela encontrava-se imóvel, Blaze achava que simplesmente deveria ficar ali, ela não tinha motivos para se levantar e ir para casa tomar um bom banho aquecido, de que valeria isso afinal? De que valeria isso se ela depois ficaria em casa sozinha, sem a sua Acácia? De que valeria isso se depois seria infinitivamente insultada na sua escola? De que valeria isso, se Nash se havia aproveitado dela? Não valeria de nada, então era preferível que ela continuásse á chuva e ao frio até se converter em cubo de gelo e morrer congelada naquela rua desprezível, pelo menos acabaria com todo o seu sofrimento. De qualquer forma, ninguém notaria a sua falta.

" Blaze? " - perguntou uma voz rouca ao fundo.

Blaze levantou o rosto encarando a figura masculina encharcada pela chuva, o candeeiro ao seu lado iluminava fracamente o seu rosto, fazendo com que os seus olhos brilhassem entre a escuridão e o chapinhar dos seus sapatos era o único som presente.

E era precisamente quem Blaze não queria ver.

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N.A: Olá Sunshines

Okaay, não me matem se este capítulo não estiver bom, estou sem originalidade xd

Entãooo, eu fiquei um pouco impressionada no bom e no mau sentido com uma coisa do capítulo anterior ( 22 | Daddy ), 1º teve mais de 100 leituras rapidamente só que 2º teve pouquíssimos votos, e fiquei desiludida no sentido dos votos, não sei se é porque eu escrevi smut e tava muito mau, mas enfim, eu só esperava chegar pelo menos 20 votos idk xd MAS EU AGRADEÇO AS LEITURAS AMORES DA MINHA VIDA

Se alguém quiser que eu dedique capítulo, é só pedir nos comentários xD

Quem acham que era que a chamou? Têm alguma ideia do que irá acontecer?

Love you all

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Nashley xx

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