8 | Grenade

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[ Narrador ]

Matt esperava na porta de Styles com um Nash completamente embriagado apoiado nos seus ombros. Nash nunca fora de beber, e Matt não percebia o porque de ele o fazer agora. Ele sabia de todas as peripécias que a vida de Nash tinha, e sabia o rumo que este havia tomado nestes últimos anos. Também sabia que o grande culpado disso era nada mais nem menos que Harry Styles, e lamentava-se muito por ter sido fraco e se ter juntado a isto tudo. Ele também tinha culpa de Nash, ou Nashy como ele amava chamá-lo, ter-se tornado nisto. E ele odiava-se por isso.

Styles não abriu a porta, por isso Matt teve de usar a sua chave de reserva para poder entrar. Ele sabia que Styles lhe iria dar um grande sermão, pois ele tinha-o avisado que essa chave só poderia ser usada numa emergência a sério. Mas um Nash embriagado é uma emegência a sério, ou não?

Ouviu-se o ranger da porta, e Matt empurrou a mesma com o pé abrindo-a totalmente. Matt arrastou Nash para dentro de casa. Nash era alto e pesado, muito mais que Matt, que era de baixa estatura, com braços finos e pernas parecendo dois palitos, e era um grande esforço transportar alguém como Nash por entre uma sala, mas Matt encarava isto como uma pequena forma de se desculpar pela grande merda que fez.

Pousou Nash no sofá, enquanto suspirava aliviado de já não ter o seu peso nos seus magros ombros. Nash ria-se como se não houvesse amanhã, ele nem ao menos sabia que já estava na casa de Styles, aquele maldito que ele amaria matar.

Matt tinha as mãos nos seus próprios joelhos tentando recuperar-se do grande esforço que tinha feito, respirando lentamente. Para ele, carregar Nash, era a mesma coisa que carregar um enormíssimo saco de cimento. Não que Nash fosse gordo, muito pelo contrario, tinha abdominais perfeitamente esculpidos em seu corpo, talvez fosse a sua altura que lhe acrescenta-se tanto peso.

Matt depois de uns longos minutos a tentar recuperar o folêgo, observou Nash, o seu rosto estava vermelho, as suas gargalhadas tinham parado dramáticamente, e os seus olhos estavam escuros, não permitiam distinguir a íris da pupila. Virou o seu rosto vendo para onde o olhar de Nash se dirigia, e viu um Harry Styles encostado na parede a bebericar um cocktail, como se estivesse apenas a apreciar uma cena de teatro.

Styles abanou de leve a sua cabeça e dirigiu-se em passos lentos ao sofá onde Nash estava sentado.

Quando Nash sentiu Styles a se aproximar, fechou os pulsos tentando controlar a vontade de lhe saltar para cima. Sentia o seu interior numa luta constante entre " agredir ou não agredir " , e digamos a verdade, o alcoól não ajudava nada nesta luta interior em que ele se encontrava.

" Então Nash, como vai a tua vida ? " - riu Styles ironicamente enquanto se sentava na poltrona em frente de Nash.

" Deixei de ter vida desde que a arruinas-te " - falou Nash semi-cerrando os seus olhos, o olhar de Nash transbordava de ódio, e Matt apercebia-se disso perfeitamente.

" Um Nash bêbado, interessante, não achas Matthew? " - disse Styles virando o seu olhar para Matt.

Matt sentiu também a raiva borbulhar dentro de si, odiava profundamente que lhe tratassem pelo seu nome completo, " Matthew " , simplesmente nao gostava do seu nome, preferia simplesmente " Matt " , mas Harry parecia não entender isso, ou apenas o fazia para o irritar.

" Tu és um filho da puta Styles " - falou Nash, o seu maxilar estava tenso, o ódio transbordava nas suas palavras.

" Eu trouxe-te aqui para falarmos de negócios, mas estou a ver que com o Nash bêbado não se pode falar.. " - bebericou novamente a sua bebida encostando-se confortavelmente na poltrona.

Nash soltou um leve suspiro. Parecia tentar controlar-se. Mas Matt sabia que não duraria muito mais. Nash era uma granada, uma granada que poderia explodir a qualquer momento. E quando explodia, era mau. Muito mau.

" Pobre Nash, o Matt abandonou-te, o Hayes jamais voltará, e a Skylynn, onde está? " - gargalhou enquanto abanava algo de leve o copo na sua mão, fazendo a bebida fazer leves círculos dentro do copo cristalino e de aparência muito cara.

E aí, a granada Nash, simplesmente explodiu

Nash levantou-se num movimento rápido, atirando-se sobre a poltrona onde Styles estava. Tentou agarrar os seus pulsos dificultando-lhe os movimentos, mas Styles não o permitiu e acabou por partir o copo cristalino na cabeça de Nash, desfazendo-se em pedaços sobre o mesmo. Mas nem os vidros que perfuravam a pele da sua cabeça podiam pará-lo. Styles já não tinha muito por onde se defender, e Nash acabou por imobilizá-lo completamente pressionando o seu corpo contra a sua poltrona. Nash não tardou muito em deixar a marca do seu punho na bochecha do outro, e repetiu o movimento até vê-lo sangrar. Sangue escorria do lábio de Styles, e o seu rosto estava extremamente dolorido e vermelho. Para Nash, ver aquele que lhe arruinou a vida a sangrar, era a melhor sensação do mundo. Nash sentia-se no poder. Poderia até continuar ali, até vê-lo a sangrar até a morte, mas infelizmente uns braços magricelas removeram-lhe de cima de Styles.

" Nashy pára por favor, ele já teve o suficiente ... " - susurrou Matt enquanto empedia um Nash embriagado de matar o Styles.

" Ele merece morrer, ele merece, ele tem a Sky.. " - gritou Nash tentando libertar-se dos braços de Matt.

Nash sabia que não valeria apena continuar, por mais que quisesse mata-lo, ele não podia, viriam atrás dele, e acabariam por matá-lo também. Suspirou e deixou de fazer força relaxando o corpo.

" Nashy, por favor, olha para ti, a tua cabeça está a sangrar.. " - constatou Matt levando o rapaz para fora de casa para impedir que a luta continuasse.

Nash não respondeu, apenas sentou-se na rua, num degrau no meio da rua. Nesse momento simplesmente não se importava se as pessoas que lá passasem estranhariam um rapaz sentado á beira da estrada enquanto sangrava. Simplesmente sentou-se e pela primeira vez em anos deixou que as lágrimas á muito presas dentro de si escorressem pelo seu rosto. As suas mãos estavam no seu rosto, numa tentativa que Matt não visse as suas lágrimas, mas foi em vão, Matt podia ouvir os seus soluços de tristeza.

Matt sentiu um aperto no seu coração, talvez tenha sido por ter visto aquele que era como seu irmão a chorar na beira da estrada, ou talvez tenha sido por também se sentir culpado por isto tudo. Aproximou-se de Nash e sentou-se a seu lado, envolvendo-o nos seus braços, puxando-o para um abraço apertado que ofegava as lágrimas de Nash.

" Nashy, eu não posso ficar contigo aqui, eu tenho de voltar, mas não te vou deixar sozinho, não há ninguém que possa cuidar de ti? " - perguntou Matt separando o abraço e observando o sangue que escorria da cabeça do maior.

Nash deu de ombros, e voltou-se para a estrada, as lágrimas embavam-lhe a visão, e ele não estava em condições para responder a perguntas. Matt suspirou e retirou o telemóvel de Nash do bolso do casaco do mesmo procurando a primeira pessoa disponível para cuidar deste Nash bêbado, magoado e sensível.

" Grout Street , porta nr 14 -- Blaze Brinley"

Foi o único endereço que encontrou nas suas mensagens. E era para lá que iria levá-lo.



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N.A: Olá Sunshines

O NASH CHOROU ;c Mau Harry! ;c

Escrever este capítulo, ai, sei lá, matou-me ;c É só triste okay? ;c

E o único endereço que o Matt encontrou foi o da Blaze *o*

O que é que acham que vai acontecer quando o Matt levar o Nash para casa da Blaze?

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~~WeirdGirl.-.~~

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