2 | Nonexistent

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[ Nash Grier ]

Eu levava o cigarro para o meus lábios, deixando uma corrente sair pelos mesmo. Fumar era a única coisa que me acalmava.

Eu estava encostado numa parede repleta de sprays, que considero obras de arte, eu mesmo até já cheguei a deixar a minha marca nesta parede.

Eram três da manhã e as ruas de Londres continuavam cheias com seres humanos que pareciam que nunca dormiam.

O Cameron estava a meu lado, e estavámos apenas a observar as restantes das pessoas que passavam apressadas na rua sem ao menos reparar na nossa existência. Como se fôssemos apenas mais duas formigas num formigueiro lotado.

Nenhum de nós se atrevia a dizer uma palavra. Não haviam palavras naquele momento.

Por entre as imensas pessoas que lá passavam observamos de longe uns olhos verdes familiares. E naquele momento os dois congelámos. Era Harry, aquele maldito Harry Styles.

Os meus olhos quando o viram tomaram a cor preta. Acontecia sempre que me sentia irritado.

Ele aproximou-se encostando-se á parede, tirou um cigarro e acendeu-o ainda sem nos encarar.

Um silêncio desconfortável reinava naquele momento. Bem isto, até o Harry decidir falar.

" Já soube que andas-te a fazer de herói hoje Grier." - falou com um sorriso sínico na cara.

Eu tinha muita vontade de o espancar até tirar aquele seu sorrisinho idiota. Mas eu sabia que não o podia fazer.

" Mas até calha bem teres-te te feito de herói, porque eu tenho um trabalhinho para ti. " - disse ele largando uma mecha de fumo que se desfez segundos depois.

" O que é que queres Styles? " - perguntei já sentindo-me irritado.

" Quero que mates um gajo." - disse ele como se matar alguém fosse a coisa mais natural do mundo

" E porque é que eu faria isso? " - larguei o cigarro no chão, apagando-o com o pé.

" Porque eu quero. " - falou brincando com o cigarro entre os seu lábios.

" Tu não mandas em mim Styles. " - falei sentindo a raiva tomar conta de mim.

" Mando sim, e tu vais fazer o que eu estou a dizer, e sabes porquê? Porque eu tenho a Skylynn. "

Quando ouvi o nome da minhã irmã, não pude evitar. Já não havia sanidade em mim. Ela era o meu ponto fraco. E o pior é que ele sabia disso.

Agarrei-o pelos colarinhos da sua camisola encostando-o á parede.

" Tu não lhe tocas filho da puta! " - rosnei com raiva

" É melhor soltares-me Grier, porque se não o fizeres, eu ficarei com muita raiva, e quem pagará será a Skylynn." - respondeu com um sorrisinho idiota nos lábios.

Eu não tinha outra opção. Eu tinha de o fazer. Não posso permitir que ele toque na minha Sky.

Larguei a sua camisola, colocando-o no chão tomando consciência de que se eu continuasse com isto iria ser pior para ela.

" Tudo bem, eu faço." - bufei derrotado.

" Lindo menino." - disse ele ironicamente.

" Quem é que eu tenho que matar?"

" Toma, quero que o mates, amanhã á noite." - falou entregando-me uma fotografia de um homem com por volta dos 30 anos, barba por fazer e olhos castanho.

" Tudo bem." - falei vendo-o a afastar-se.

Mas antes que eu pudesse respirar de alívio por ele se ter ido embora, ele parou a meio do caminho e virou-se olhando-me com as mãos nos bolsos.

" Se ele não estiver morto amanhã, a Sky Sky é que paga." - disse ele virando-se e continuando o caminho.

Eu passei as mãos no meu cabelo nervosamente andando de um lado para o outro.

Era isto o que o filho da puta do Styles me fazia. A Sky é tudo o que eu tenho na minha vida, eu não posso deixar que algo lhe aconteça de mal.

Senti uma mão sobre o meu ombro e virei-me sacudindo bruscamente a mão.

" Cameron, não me toques caralho, agora não!" - gritei nervoso.

" Calma Nash, nós vamos resolver isto, por enquanto só tens de ir lá e matar um gajo, é fácil. " - falou ele numa tentativa de me acalmar.

" Se ele tocar na Sky, eu nem sei o que lhe faço! " - gritei encostando-me novamente na parede e tirando um cigarro do meu cartuxo. Preciso mesmo de um cigarro para me acalmar.

" Ele não lhe vai tocar. " - falou Cameron entregando-me o seu isqueiro para eu poder acender o meu cigarro.

" Eu queria tanto bater-lhe até aquele seu sorrisinho idiota desaparecer da sua cara. " - suspirei levando o cigarro aos lábios.

" Tu sabes que não podes fazer isso. " - susurrou Cameron como se me estivesse a contar um segredo que não queria que ninguém ouvisse.

" Eu sei que não posso, mas ele merece levar tanta porrada. " - admiti largando uma corrente de ar e observando o fumo a se dissolver e a desaparecer lentamente.

Cameron apenas me deu em resposta um riso abafado.

" Um dia eu vou apanhá-lo Cam, e eu vou vingar-me de tudo o que ele me fez. " - falei apagando o cigarro.

" Promete-me só que vais ter calma, ok? " - pediu o moreno de olhos castanhos.

" Sabes muito bem que isso é uma coisa que eu não posso prometer. " - admiti voltando a olhar para as pessoas que passavam na rua.

" Sim, eu sei." - suspirou Cameron voltando também a olhar para as pessoas.

E o mundo continuava igual mesmo depois disto. Continuamos encostados na mesma parede com os nossos sprays pintados nela. As pessoas não reparam em nada. Continuam a passar apressadas, algumas com sacos de lojas e outras a falar ao telemóvel. Continuamos aqui, invisíveis, inexistentes para estas pessoas.



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N.A: Olá Sunshines

O que estão a achar?

Este Nash, sempre misterioso *-*

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~~WeirdGirl.-.~~

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