A caminho do fim (parte 4)

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Coração pulsando rápido, forte, frenético. Tanta energia correndo por suas veias, tano calor e medo. Caio nunca antes havia sentido tanto medo. Ele já não fazia ideia de quantos degraus desceu e nem quantos faltavam pra chegar ao térreo. Não tinha energia, tudo era escuro e a lanterna do celular finalmente foi útil. Aquela escada nunca acabava, por que tanta demora? O tempo estava parado?
Fleshes de vários momentos passavam em sua mente, quando Brice era somente seu melhor amigo, as risadas assistindo vídeos no youtube juntos depois da aula no ensino médio. fragmentos da primeira vez em que viu Carter, com aquele terno preto tão impecável. Seus sorrisos maliciosos, seus olhares bobos, o sol da manhã tocando o rosto de Carter enquanto ele ainda dormia, Bruce sentado na banqueta da cozinha. O encontro tão maravilhoso de seus lábios, os cheiros cítrico de Carter e amadeirado de Brice. os encontros e desencontros e todas as outras coisas que são importantes para ser lembradas.

Não existe uma fórmula para o amor e não existe um jeio de amar.
É verdade que tem sim amores que não fazem bem, mas esses não devem ser chamados de amores.

Bruce e Carter são aquelas duas coisas que fazem total sentido no mundo. Precisaram passar pormuitas coisas pra chegar até esse ponto,mas agora são as únicas coisas que maisimportam. Eles precisam estar bem.

Agua.

Ele finalmente chegou lá embaixo, mas estava inundado. Caio não pensou duas vezes e correu para a porta com a agua na altura do tornozelo. Não foi difícil abrir, mas o cenário lá fora era de pura destruição. A explosão quebrou o vidro do quarios e toneadas de agua inundou o local. Por um lado foi bom, pois impediu que houvesse fogo, mas era possível ver alguns corpos aqui e ali. Caio procurou com os olhos por toda parte daquele enorme espaço, mas não os encontrou. Saiu caçando os rapazes enquanto outras pessoas tentavam se recuperar do choque. Haviam muitas pessoas ali, feridas, sangrando, mortas. Os em melhor estado tentavam ajudar como podiam arrastando outros para fora, ou tentando manter a calma. Gritos, pedidos de socorro, choro.

Caio tentou ignorar tudo aquilo, todo aquele horror. Ele nunca pensou que presenciaria algo tão terrível e nem mesmo que alguém pudesse ser cpaz de fazer algo assim. Bruno era uma péssima pessoa.

A agua avermelhada escorria para fora do salão por onde antes era a porta de vidro. As paredes e pilares estavam rachados e estalando, poderiam ruir a qualquer mmento. Um grande rombro na base esquerda do aquário. Escombros por todo lado e momento ou outro alguma coisa caia do teto que também dava sinais de fragilidade.

-- Precisamos sair agora! -- Um homem disse. -- Todos para fora, a estrutura vai ceder.

As pessoas se esforçavam para se levantar, para carregar alguém ou para manter a consiencia, masi da metade dos convidados já estavam lá fora quando os bombeiros chegaram já adentrando o local com macas e seus materiais de primeiros socorros.

Caio continuou sua busca enquanto um bombeiro insistia para que ele saísse. Ele dizia que não, que preisava encontra-los, que não podia sair agora. O homem insistia, esbravejava e ameaçava leva-lo a força. Um estalo se ouviu e um enorme pedaço e concreto se soltou do teto vindo na direção dos dois. O bombeiro não pensou duas vezes e saltou sobre Caio tirando os dois do caminho da coisa que desabou pesadamente no chão fazendo um grande estrondo. Caio sentiu uma forte batida na cabeça ao cair com o corpo daquele homem sobre si. O mundo ficou escuro depois de girar e em segundos ele perdi a conciencia.

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Caio abre os olhos e se põe de pé. neste momento ele se encontra na calçada do outro lado da rua, pessoas estão recebendo atendimento ali mesmo e outras são levados de ambulância, que vem e vão o tempo todo. O prédio ainda esta de pé, mas estão dizendo que as buscas já sessaram e é questão de tempo até esteja tudo no chão.

-- Caio.

Caio se vira rapidamente e lá está ele. de roupas e cabelo molhados Carter vem em sua direção com olhos cheios de lágrimas. Caio dá um passo em sua direção e é embalado por um daqueles abraços fortes demais para serem descrevidos com perfeição. Um abraço intenso demais que o tira iteralmente do chão.

-- Você está bem? -- Carter pergunta. -- Eu fiquei tão preocupado. Você desapareceu...

--Eu estou bem. -- Caio chorava.

Havia uma alegria Crescndo em seu peito, uma alegria real e cheia de luz. Caio finalmente abriu os olhos e ainda no abraço de Carter olhou para o chão e foi aí que toda a luz se apagou.

Bruce estava caído no chão. Seu rosto cheio de sangue que saia pela boca e nariz e em seu peito um enorme pedaço de vidro. Caio tentou sair daquele abraço, mas Carter não o Soltou.

O menor gritava o nome do Brice tentando alcança-lo sem sucesso.

-- Vai ficar tudo bem. -- Cater dizia. -- Fica calmo. -- Sua voz era afogada com o choro insessante.

Ainda é possível ouvir os gritos e os choros. As ferragens se contorcendoe o concreto desabando. Eu não sou capazde explicaroqueCaio esta sentindo agora. Mas dói, dói muito mesmo.

Seu coração esta destroçado em tantos mil pedaços, por que o mundo tem que ser tão injusto? Por que?
cárter finalmente desfaz aquele abraço e finalmente seus olhos se encontram. Mas não é Carter parado a sua frente. Caio fica confuso e atordoado olha para o chão. cárter está deitado sobre a calçada com o rosto ensanguentado e no peito um pedaço de vidro cravado.

-- Vai ficar tudo bem. -- Bruce fala o abraçando novamente e então o prédio começa a ruir.

O barulho é ensurdecedor. Ferragem e pedra se contorcendo e se quebrando e tudo aquilo vindo pra cima dos três. Não há tempo pra pensar ou fazer algo. O prédio desaba sobre eles sem piedade.

Bruno conseguiu afinal.

Todos morreram.

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Caio acorda finalmente. Ainda está um pouco tonto, mas consegue enchergar bem.

-- Ele acordou. -- Uma voz bastante familiar diz.

-- Oi, amor. -- Outra voz familiar.
Do lado esquedo daquela cama de hospital cárter segura a sua mão, seus olhos estão contentes. Ele parece cansado, esta usando uma camisa branca e o cabelo bagunçado.
Bruce do outro lado sorri feliz. Seus olhos marejados. Camisa preta, cabelos bagunçados. Dormiram aqui no hospital.

Caio sorri feliz. Foi um sonho, o pior sonho da sua vida.

Os três se abraçam.

DOCE COMO CHOCOLATEWhere stories live. Discover now