voltando a estaca zero

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- Gosto da sua boca. - Brice fala com um sorriso bobo no rosto.

O grandão tem o corpo coberto de espuma assim como Caio. Ambos dentro da banheira a mais de vinte minutos.

- A minha boca? - Caio tem uma expressão  risonho

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- A minha boca? - Caio tem uma expressão  risonho.

- É ué, eu gosto de você todinho, mas a sua boca... Minha nossa. - Brice olha pra baixo de forma insinuosa. - Acho que meu amiguinho aqui embaixo também gosta da sua boca.

Caio se aproxima de Brice com aquele olhar provocador que ele sabe deixar o grandão maluco.

- Não faz isso Caio, não me responsabilizo pelo...

Brice é calado com um beijo. Tem gosto de sabão, mas quem se importa? O beijo vai focando mais quente e Brice puxa o menor para si. Caio se encaixa no corpo do maior, uma perna de cada lado do corpo dele. Corpos lisos, gemidos abafados, amor consumado.

- Eu eu te amo tanto. - Brice diz depois do orgasmo, quando as coisas se acalmam e eles continuam abraçados dentro da água. - Quero que isso entre nós dure pra sempre.

Caio não diz nada. É bom estar assim, abraçado nele depois de uma boa transa, mas ele não pode deixar de pensar no quanto demorou pra ele ouvir isso. E machuca pensar sobre isso, porque ele precisou ser paciente, precisou ser fantasioso, precisou viver uma ilusão por anos e anos e foi somente quando desistiu de tudo, que Brice finalmente criou coragem pra ascender a luz. Talvez Caio está na sendo injusto pensando sobre isso, talvez ele devesse agradecer por ter conseguido o que sempre quis, mas como ele pode saber se é o que ele sempre quis se fechou os olhos para as opções que surgiram. A

Suspiro.

Caio ama Brice, do mesmo jeito que amou antes, do mesmo jeito que sempre foi. Mas ainda existe mágoa, ainda existe tristeza. Mesmo que ele queira, não consegue evitar esse sentimento estranho que Brice sempre despertou em si, de estar distante, de não ser verdade. Brice sempre soube, ele sabia de tudo e mesmo assim água como se não fosse nada, ele podia ter evitado tanta coisa, te dito um não ou um sim, mas de pressa. Anos! Ele esperou anos.

Caio ama Brice. Ama o seu cheiro, o seu corpo, o seu rosto, o seu toque, o som da sua voz, a virilidade, os sorrisos, o olhar, o jeito sacana. Ele ama tudo, cada detalhe. Mas todas as vezes que Brice sai bem aquela sensação de que ele está fazendo alguma coisa, com alguma garota e estão se divertindo juntos e não se trata de ciúmes, é hábito.

Caio se acostumou a estar sempre no segundo plano, se acostumou a ficar na expectativa e quando se acostuma a estar sempre em terceira pessoa  na sua história na história é difícil se enxergar como primeira.

- Eu preciso ir ao mercado. - Caio mente, ele só quer ficar sozinho por um tempo.

- Eu achei que passaríamos o dia juntos.

- E vamos, depois que eu voltar. - Caio se levanta, pega a toalha e se cobre.

- Quer que eu vá com você? - Brice se levanta também, mas não se importa em se cobrir.

DOCE COMO CHOCOLATEWhere stories live. Discover now