DOCE COMO CHOCOLATE

tesão

- Por que não fica logo com os dois? - Felipe perguntou.

Todos estão na casa de Caio e Felipe vai dormir ali hoje. Durante o curto tráfego de volta, a conversa se ficou em um único assunto...

- Não é assim tão fácil. - Caio responde. - Eu realmente quero ficar com os dois, mas não depende de mim. Eu não posso pedir algo assim pra eles.

- É simples Caio. - Max arqueia uma sobrancelha. - Você chega nos dois e sugere um menage. Mas tem que ser bem provocante, pra eles não resistirem em dizer sim, aí depois de tudo, chama de novo e de novo, ate tudo parecer a coisa mais simples do mundo e vocês vão viver felizes para sempre como sinderelas no país das maravilhas.

Felipe ri.

- Olha que não é uma má ideia, se me chamarem eu to dentro.

Caio revira os olhos.

- A gente bem que poderia se divertir hoje, falando nisso. - Max fala com aquele olhar safado que sempre tem. - Eu, você e o Caio. Estamos todos descomprometido e não temos nada a perder.

Caio ri.

- Isso não vai rolar.

- Eu não me importo. - Felipe diz ficando levantando-se do sofá.

- Felipe! - Caio arregala os olhos assustado enquanto o amigo tira a camisa.

Max também fica de pé e começa a se despir.

- Vocês estão de brincadeira, certo? - Caio está constrangido.

- Eu? - Max morde o lábio. - Não mesmo.

- Vamos, Caio, não vai ser ruim. - Felipe se aproxima.

- Mas vocês são meus amigos. - Caio da um passo pra trás.

- Isso não nunca nos impediu. - Max fala.

- Mas a situação era outra.

Felipe e Max se aproximam enquanto Caio recua mais e mais, até que suas costas se chocam contra a parede.
Max chega bem perto e cheira seu pescoço.

- Eu tava com saudades desse cheiro.

Max puxa Caio pela cintura e Felipe vem por trás. O maior, no caso eu, ou melhor Felipe, beija a nuca e Caio enquanto as mãos passeiam, uma pelas costas do menor a outra pelos cabelos de Max. Max faz uma linha de beijos até chegar a boca do menor, que sede e devolve o beijo voraz. Caio já esta quase perdendo a lucidez.

Felipe puxa a cabeça de Max e o beija e assim Caio desperta de seu momento de tesão. Ele empurra Max e  sai do meio dos dois.

- Desculpa meninos, mas eu realmente não tô no clima. - Diz ofegante e ainda ponderando sobre a ideia.

Max olha para baixo, é possível ver o volume de Caio.

- Tem certeza que não tá no clima.

Caio respira fundo.

- Sim, eu não quero transar com vocês.

- Você é quem sabe. - Felipe diz puxando Max para si. Eles começam um beijo quente e Caio fica ainda mais constrangido.

- Tá legal, tá legal, tá legal. - Caio começa a empurrar os dois. - Vão pro quarto. Na sala não é lugar.

Os dois entram no quarto e a porta é fechada. Caio encosta na Madeira e respira fundo ouvindo alguma coisa lá dentro. Foi por pouco, muito pouco. Quase que ele não resistia aqueles dois bonitões. Com Max não seria nenhuma novidade, mas Felipe é praticamente um irmão, seria tão estranho.

- Eles queriam mesmo levar você pra cama? - Lucas disse aparecendo no corredor usando um pijama azul que Caio o presenteou na semana anterior.

Caio se assusta e fica envergonhado.

- Quanto daquilo você ouviu?

- Tudinho.

- Achei que você ja estava dormindo.

- Como que dorme com isso? - Diz se referindo ao barulho que vinha de dentro do quarto.

Era o som de gemidos e bjetos batendo. Eles estavam realmente excitados.

- Vamos visitar Dolores. - Caio diz puxando Lucas em direção a porta.

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- Vocês atrapalharam o meu porno. - Dolores diz enquanto pega duas xícaras de chá para os visitantes noturnos.

Lucas fica corado.

- Seu filho é muito bonito. - Ela fala apontando para Lucas que fica ainda mais envergonhado.

- Ah, ele não é meu filho. - Caio corrige.

- Você adotou ele, não é?

- Mais ou menos isso. - Caio responde.

- Então é seu filho cabeção. - Ela se senta na mesa. - Então, o que motivou essa visita inesperada? Deixa eu adivinhar, os dois bonitões estão fazendo "baguncinha" na sua casa.

- Sim... Péra, como você sabe que tem gente na minha casa? - Caio fica intrigado.

- O que você acha que eu fico fazendo o dia todo se nao prestar atenção na vida dos vizinhos? É como assistir novela, as melhores são a sua e a da cozinha do 112. Sempre quando o marido são pra trabalhar, vem  um tal de António fazer uma visita.

Ela da risada.

- Ah! - Ela olha para Lucas. - Teve um rapaz outro dia na porta da sua casa, Theo o nome dele, eu acho. Queria falar com você. Parecia ansioso.

- Que dia foi isso? - Lucas ficou surpreso.

- Ontem. - Ela fala. - Deixa eu adivinhar, ele é o cara por quem você tá afim.

Lucas fica envergonhado e olha pra Caio.

- Não tenha vergonha. - Caio diz com um sorriso de conforto no rosto. - É super comum se apaixonar.

- A gente faz aula de música junto. - Lucas diz. - Eu to afim dele tem um tempo, mas nunca disse nada. Tem uma garota, Lúcia, ela descobriu e falou pra ele. - Lucas faz uma expressão triste. - Deve ter vindo tirar satisfações.

- Ou dizer que é recíproco. - Caio sorri.

A conversa se alonga por quase uma hora até que alguém bate a porta.

- Eu abro. - Caio vai até a porta e se depara com um Max e um Felipe de cabelos molhados e roupas de Max.

- Eita! - Dolores olha de cima a baixo para os dois. - quatro bonitões desses batendo na minha porta a noite? Acho que ainda levo jeito pra coisa.

Max faz uma ata malandra.

- Se eu não tivesse tão cansado traçava a senhora aqui, agora.

Ela ri.

- Cansaço não é problema, deixa que eu faço o trabalho.

Todos riem.

Felipe passa o braço pelos ombros de Max.

- Esse aqui já tem dono, dona Dolores.

- Podemos dividir, não sou ciumenta.

Todos riem de novo.

- Vim buscar vocês pra ir pra casa. - Felipe olha para Caio. - Precisamos conversar pra achar a solução dos seus problemas gostosos.

Todos se despedem de Dolores e voltam para o apartamento.

- Acho melhor adiarmos essa conversa pra amanhã. É hora de dormir.

Max olha para Felipe.

- Dormir hoje? Não mesmo.

Felipe ri com o canto da boca.

- Se ontinuarem fazendo aquela barulheira toda eu mesmo vou arrancar seus pontos.

Todos riem.