romance planetário.

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#SaturnoUranoNetuno

Um pequeno aviso antes de começar:
tô muito feliz com tudo o que tem rolado com QNVJAM, muita gente nova lendo e todo mundo tão animado com o bônus, obrigada! Vou fazer uma nota no meu perfil mais tarde, falando mais sobre isso. Obrigada, de verdade.

Esse capítulo tem referências de Asian Scars da disgrasarmy e eu quero agradecer ela por sempre me ajudar e tornar QNVJAM, com a AS, em algo mais profundo e detalhado. Não seria nada sem você, amiga.

Outros agradecimentos, a playlist do capítulo e detalhes no meu mural! Boa leitura, espero que gostem.

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Quando pensava no futuro, durante o passado, Jeongguk jamais possuiu aquele cenário em sua mente.

Bem, mas nada do que acontecera em sua vida desde que juntou-se numa banda de garagem com seus melhores amigos poderia soar óbvio para ele. Jeon achava que tinha o controle sobre seus sentimentos, ações e situações, mas nada havia o preparado para a chegada de Jimin, seus tsurus e todo o resto que veio com ele.

E, se pudesse ser sincero, já não se importava mais com isso. Na realidade, Jeongguk estava grato por ter conhecido Park Jimin há quatro anos, porque sentia que havia se conhecido mais depois dele. Seus amigos diziam que se tornara sentimental, mas o tatuado apenas achava que sempre foi e que só deixou esse seu lado ter força porque entendeu que ser sensível não era um problema ou falha.

A cada ano que se passava, Jeongguk tornava-se mais e mais aberto à sentimentos e demonstrações de amor. Com a terapia, ele descobriu que era bom em expressar-se, principalmente quando falava de emoções, quando explicava seus demônios internos e tentava entender os demônios dos outros. Hoseok e Namjoon encontraram no melhor amigo um ótimo conselheiro, mas sempre souberam que ele era um ouvinte perfeito.

Também, Jeongguk ainda se lembrava de quando havia conhecido um outro rapaz no bar onde costumava tocar. Se recordava dele porque quando conversaram no estacionamento do +82 era impossível não recordar de Jimin e o outro rapaz, por sua vez, falava de seu amado como se fosse Jeongguk falando consigo mesmo num espelho. Naquela noite, eles olharam as estrelas e discutiram sobre o amor e a vida e Jeongguk percebeu que apesar da vida, ou do destino, o que importava era a sensação que subia do âmago até a boca quando se estava com quem amava.

Ele contou daquela conversa para Jimin: — Quando nós estávamos separados, eu... Eu conheci um cara que também estava separado do amor dele. Ele disse e éramos parecidos, "tatuados com olhos de universo" e... Bom, ele me disse que apesar do amor, a vida é difícil e não facilita. — estavam no apartamento do professor, Jeongguk esfregava o rosto contra o pescoço dele, carente. — Só que, caramba, eu olho pra você, Jimin, e tudo parece absurdamente mais fácil. Por que? Como isso é possível?

E mesmo que Park não entendesse o que ele queria dizer, nem conhecesse o rapaz que era tão parecido consigo, mesmo que diferente. Ele respondeu:

Nem tudo tem resposta, meu bem. Porque eu penso a mesma coisa desde que te conheci, a vida parece um figurante em segundo plano quando estou com você.

Jeongguk lembrava-se daquela conversa com certa ansiedade na ponta dos dedos, porque queria encontrar-se com o outro rapaz (e esperava que ele estivesse tão feliz quanto estava com Jimin) só para contar a ele que a vida parecia mesmo mais fácil, ainda que não fosse. E ele sabia que aquele rapaz sentia algo incrível quando olhava seu namorado tatuado, porque Jeongguk sentia o mesmo com Jimin e, ah, o destino uniu ambos assim como Vênus e Marte. Sem a intenção, mas uniu.

Quando nos Vênus, juro a Marte | ji+kookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora