nunca é realmente o fim.

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#SaturnoUranoNetuno

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Nunca imaginou que o mundo poderia realmente parar.

Quando assistia filmes ou até videoclipes, Jimin sentia o amor sendo romantizado de uma maneira que nem mesmo as princesas em livros infantis poderiam imaginar, mas, de qualquer maneira, ele não achava de todo ruim. O mundo recebia um tom mais saturado, vivo, e as músicas de fundo pareciam encaixar perfeitamente com o que os personagens estavam passando, contudo, Park Jimin achava que estava vivendo algo melhor do que aquilo. Porque o mundo estava mesmo parando e só restavam ele e Jeongguk se movendo livremente.

Não percebeu quando e como chegou no quarto de Jeongguk, mas estava sentado na cama com ele ao seu lado e tudo o que conseguia fazer era repassar as palavras tão curtas e rápidas, mas fortes e tão eternas, em sua mente. De novo, de novo e de novo.

— Eu também amo você.

Porque, quando ouviu a voz mansa e tão gostosa de Jeongguk dizendo aquelas palavras certeiras, conduzindo um sentimento tão único, puro e poderoso quanto o amar, para dentro de seu ser, ele não imaginava que pudesse apenas sorrir de forma anestesiada enquanto os olhos se fechavam em outros dois sorrisos que choravam algo que parecia ir além das lágrimas. Tristeza ou felicidade parecia tão pouco para defini-lo naquele instante. E ele não acreditaria se Jeon o dissesse o quanto estava lindo, mas ele estava. Ele era lindo.

Perfeito.

— Jeongguk... — chamou, mansinho e com a voz completamente desestabilizada. Nunca cobrou um 'eu te amo' de volta, mas também não esperava recebê-lo ali, naquele momento. — Você não precisa...

E o vocalista sabia disso, tinha completa noção de que o professor de dança não esperava ouvir as três palavras que causavam tanto alvoroço no interior de todo ser humano que era capaz de ter sentimentos. Até porque os dois sabiam o quanto Jeon tinha (no passado imperfeito deles) daquelas palavras e do sentimento em si.

Contudo, sentia-se finalmente preparado para dizer, porque tinha segurança de seus sentimentos apesar de tudo o que era, o que representava no mundo e o que o mundo representava para eles.

Jeongguk sabia que não era para ser (aquilo, eles). Mas ele queria que fosse. Enquanto olhava nos olhos marejados e quase fechados de Jimin, ele soube que queria que fosse, então seria. Faria ser.

— Ei, me escute. Por favor. — pediu, fazendo Jimin calar-se enquanto tentava deliberadamente secar as próprias bochechas.

Jeongguk estava sentado com os pés para fora da cama, encarando o chão enquanto sentia que o rosto poderia queimar de tão vermelho e quente que estava; já o estômago não parava de girar, causando assim uma falta de ar nos pulmões. Então, antes que pudesse continuar, sentiu o professor de dança sentar-se atrás de si, com as pernas uma de cada lado à medida que abraçava seu tronco largo, beijando-o na nuca, por entre os fios cheirosos e castanhos.

As mãos levemente pequenas deslizaram até pararem nas coxas do mais novo que as segurou entre os próprios dedos, fitando o toque para criar coragem de dizer:

— Jimin, eu... Eu... Eu amo você. Eu amo você! — acabou soltando uma risada soprada, quase descrente de que estivesse falando aquilo em voz alta. Jimin parecia tão chocado quanto ele mesmo. Aninhou-se contra o corpo menor e apertou as mãos unidas, sentindo o rosto alheio tocando seu ombro. Sorriu e falou baixinho, mas ainda sim exasperado: — E eu sei que o amor pode ser uma coisa forçada, sei que posso não estar amando sem ser inclinado a isso e entendo que, desde o início, você poderia querer isso tanto quanto eu não queria. Eu sei que fui babaca, sei que dificultei tudo e que, no fim, eu tava certo sobre ser um renegado, mas... Eu também sei que você me provou de que sim, nós fomos feitos um pro outro. Não pelo destino, ou pelos tsurus, nem por ninguém, mas por nós. Porque isso, aqui, é 'nós'.

Quando nos Vênus, juro a Marte | ji+kookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora