[11] MOSCOW MULE

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THE BEGGIN

- Ainda não consegui entender onde quer chegar. - Falei, sentindo um arrepio quente me percorrer a espinha, com a consciência de que eu não deveria estar ali.

Naquele instante eu pude finalmente entender plenamente o que é estar, no lugar errado, e na hora errada.

- Não precisa se preocupar, Park. - Ele passou as mãos pelo próprio paletó. - Você não corre perigo comigo, meu querido. - Seus olhos estavam brilhantes e escuros, assim como os do seu filho eram, entretanto, passavam uma imagem completamente oposta a sensação trazida por Jungkook.

- Coisa engraçada de se dizer, vindo de alguém que estava me esperando as quatro da manhã na porta de casa. - Ele deu um sorriso e repousou as mãos juntas sobre o colo. Estranho. Resolvi não falar mais nada, apesar de tudo que estava na minha mente, estava completamente acuado.

Eu estava no banco de trás de uma SUV, mais precisamente, do carro do Sr. Jeon, pai do Jungkook, juntamente a ele e a dois caras de preto que estavam sentados na frente.

- Sabe bem que eu sou uma pessoa ocupada, não sabe Jimin? Não tive horários disponíveis durante o dia, e achei que seria uma boa idéia dar uma passadinha aqui.

E você pode estar se preocupando com a questão: "Por que caralhos Park Jimin aceitou entrar na droga do carro de um cara desses."

- É. E também achou que fosse uma "idéia" fazer tocaia na porta do meu prédio a semana toda? - Falei, fazendo aspas aéreas com os dedos.

Ele riu soprado e tratou de acertar a gravata no lugar, talvez estivesse ficando impaciente.

- Vejo que o que me disseram sobre você ser esquentamento não era nada menos do que a verdade.

- Não sei qual o tipo de informação que te passaram, mas eu não sou do tipo que esconde a minha personalidade.

- É um homem de poucas palavras, huh? - Olhou para mim ironicamente, analisando-me com cautela, e se voltou para o seu capanga, ou sei lá como se chamava aquilo, era como se estivesse em algum filme da máfia.

Caras grandões, vestidos de preto, em silêncio e com a cara fechada.

- Não, na verdade eu falo bastante, quando estou me sentindo confortável. O que não é nem de longe como eu me sinto agora.

Vi ele pegar com o cara da frente um aparelho celular.

- Já andou em um carro como esse Park? - Perguntou, ignorando o que eu havia dito antes.

Dei de ombros, desviando o olhar do seu.

- Qual é a importância disso?

- Responda a minha pergunta.

- Não. - Eu me recolhi a apenas negar, sem entender onde é que ele queria chegar.

- E tem vontade? Por que eu tenho um jeito de te dar uma ótima vida, sem que você precise fazer o mínimo esforço se quer. - Ele fez um gesto para o cara de preto, que o entregou uma maleta preta.

CABARETWhere stories live. Discover now