[2] MARGARITA

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Antes do capítulo começar, o trailer da fic foi postado! Está no meu perfil do Twitter @jjikookertrouxa vai lá dar uma oolhada ficou incrível e da um gostinho do que vem por aí, lembrando que eu não sou profissional kkk OBRIGADO!!

● ESCURO COMO O BORDO ●

O sinal que marcava o fim das aulas ressoou finalmente, os alunos pegavam seus pertences apressados para fugir do ambiente que cheirava forte a esterilizado e naftalina, o laboratório de Química.

O professor responsável saiu tão rápido quanto os alunos que deixavam os pertences laboratoriais de qualquer jeito sobre as bancadas.

Segurei o tubo de ensaio entre meus dedos protegidos com luva e ia levando-o até seu devido lugar, na estante dos utensílios de vidro quando no meio do percurso senti um toque em meu ombro, e uma figura alta atrás de mim.

O tubo que antes repousava sob a proteção de minhas mãos escorregou para o chão, sendo que antes de qualquer movimento meu, uma mão ágil salvou o objeto de sua queda em uma pegada brusca, por quem quer que seja que estivesse atrás de mim, que me salvou de ter já uma nota em meu nome na diretoria.

Em um suspiro de alívio, me virei para agradecer. Porém, se meus olhos pudessem pular para fora do meu próprio rosto, acredito que teriam o feito sem pestanejar.

- Kim Jong-in. - disse mais assustado do que surpreso.

- Pode me chamar de Kai. - disse seguido de um sorriso leve e galante, completamente alheio ao outro que fez sentir tão inibido antes.

- Ah, ok. - assenti.

- Toma, seu tubo de ensaio, mais cuidado da próxima vez. Poderia ter se cortado - continuou.

Seu braço alcançou a prateleira mais alta por cima de mim que estava entre o armário e seu corpo.

- Você me assustou.

- Agora ou mais cedo? - Disse de forma desafiadora, com os olhos ligados aos meus.

- Pra falar a verdade, as duas vezes, eu ainda não sei o que sentir depois de mais cedo.

- Me desculpe por isso, foi até o motivo de eu ter te chamado agora. - seus mirantes baixaram até minhas mãos que ainda seguravam o tubo - Não quero que fique com uma má impressão de mim, podemos considerar apenas um mau entendido?

- Não se preocupe com isso. - se preocupe sim.

- Que bom, fico feliz que somos amigos agora - falou simplesmente pegando o vidro de minhas mãos e colocando na prateleira.

- Somos?

- Eu esperava que sim - sorriu.

- Ta bom então Kai, fico feliz.

Não sou o tipo de pessoa que força falsas emoções ou expressões, na verdade sou bem transparente quanto a isso. Se sinto raiva eu posso sentir até quase explodir, se algo me magoa as lágrimas vem no mesmo instante de forma incessante. E se eu desconfio de alguém, eu desconfio e ponto. Famigerado oito ou oitenta.

CABARETWhere stories live. Discover now