[29] CHAMPAGNE COCKTAIL

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Acessem a playlist com a atualização para o capítulo no Spotify: "CABARET, JKJM²." A atualização está à partir da música "The Beach, Giveon."

Aproveitem o capítulo e tenham uma boa leitura.

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Sair da cama às sete da manhã, era mais difícil do que eu pensava. Ainda mais debaixo de tantos cobertores, sentindo o calor dele no meu próprio corpo e seu aperto ao redor da minha cintura, me segurando com força.

Deveria ser proibido em um sábado ter de ir até o colégio participar de uma votação que não vai influenciar em nada a minha vida.

Garanto que o que aconteceu ontem às três e muitas da manhã não me dava muita opção, a não ser sentir o cansaço de ter corrido uma maratona. Ainda que não houvesse acontecido.

Depois de tudo nós tomamos um banho dos mais rápidos do mundo, "banho de gato", como ele disse, e voltamos para o quarto, onde caímos na cama, acabados. Aposto que dormimos antes mesmo de batermos a cabeça no travesseiro.

No entanto, agora a luz do sol se forçava contra mim, cruelmente, como se a qualquer momento fosse tomar forma, me pegar no colo e jogar para fora da cama. Afastando-me um pouco, ou pelo menos tentando, pouco a pouco me desvencilhei do abraço de Jungkook, tentando não o acordar.

O quarto estava tudo de ruim, sol forte e vento frio. Saí da cama e congelei. Cueca não era o traje mais adequado naquela situação. Parecia o filme da Elsa, faltava eu fazer um Olaf e sair cantando "Let it go."

Em alguns minutos eu fiz tudo o que precisava no banheiro, tão silenciosamente quanto conseguia. Peguei um moletom dele, sentindo o seu perfume adentrar as minhas narinas e coloquei um par de meias aleatórias que encontrei na gaveta.

Muito mais aquecido e com roupas adequadas, deixei-o na cama e fui até o banheiro, ajeitar o cabelo até dar hora de acordá-lo. Da porta do outro cômodo eu sorri sem perceber, ao vê-lo todo jogado na cama, deitado de qualquer jeito com os cabelos completamente bagunçados. Com uma das mãos sobre o peito, onde ficava o meu coração eu suspirei; era de tirar o fôlego. Não havia outra maneira de descrever.

Quando eu olhava o meu reflexo no espelho, algo me acalmava e me dava paz, talvez a sensação de tê-lo por perto depois de tanto tempo. Com ou sem problemas com o Kwon, Kai ou qualquer outra pessoa, eu tinha o que era mais precioso ali comigo.

Era majestoso e irreal, como se eu estivesse sonhando, e por esse motivo, eu resolvi deixar para pensar em tudo o que deveria acontecer apenas na hora que houvesse de acontecer, hoje à noite no caso, quando Kwon estivesse a minha espera no Submundo.

Antes que eu percebesse, braços circularam meu peito, me puxando para o calor. O queixo de Jungkook se esfregou em minha pele, entre o pescoço e o ombro, e eu dei um sorriso.

- É lindo, não é? - Ele disse rouco e eu franzi a testa.

- O que é lindo? - Questionei.

Ele deixou escapar uma expiração lenta e profunda.

- Você.

Jungkook beijou o meu pescoço e apoiou a testa no meu ombro.

- Eu não acredito que a gente vai ter que ir naquela droga, ainda mais pra uma votação ridícula. - Sua voz era um estrondo de tão pesada e eu ri, do cansaço em seu tom, tocando as suas mãos que me abraçavam, olhando para ele através do espelho.

- Eu não vou reclamar. - Respondi, ainda impressionado com o quão manhoso ele conseguia ser.

- Por quê? - Comentou, com um sorriso ladino, apanhando a sua escova de dentes e se posicionando ao meu lado.

CABARETWhere stories live. Discover now