Entramos no prédio e vamos direto pro elevador, que é extremamente espaçoso, parecendo com elevador de hospital. As pessoas desejam "Boa tarde" a essa mulher e percebo que já são 13 horas. O tempo passou muito rápido. Eram 8 da manhã, eu estava no Starbucks tomando café e agora estou aqui.Ainda bem que hoje não tenho aula na faculdade. Isso me faz lembrar que preciso ligar pra Rebecka e contar tudo o que aconteceu. Ela é a única que sabe toda a verdade sobre os fatos. Confiaria minha vida nela.

—Desculpa, eu nem perguntei o seu nome. —Pepper se vira pra mim.

—Aaliyah!

—Você é americana?

—Não. Brasileira. Carioca.

—Então, não tem a mínima ideia de quem são os Vingadores, né?

—Já ouvi o nome. Nunca parei pra prestar atenção na história.

—Como temos alguns andares pela frente, vou resumir.

Então, ela começa a me explicar. É uma iniciativa criada por uma agência de espiões, basicamente. Ela reuni os heróis mais poderosos da Terra e o Thor, que vem de Asgard. Fala também que inicialmente era apenas 6, contando com o já mencionado, o Capitão América, Viúva Negra, Gavião Arqueiro, Hulk e o marido dela, usando uma armadura. Depois eles começaram a crescer e o número aumentou de modo exorbitante. Tanto que agora tem Os Vingadores e Os Novos Vingadores. Ah, e nem sempre todos vão a luta.

O elevador para e eu apenas espero ele abrir as portas. Quando o faz, percebo cair numa espécie de hall de entrada, com diferença da decoração e da arrumação. De frente para mim, tem portas francesas que dão acesso ao lado de fora, que aparentemente não possui nenhuma grade de proteção e nem nada assim. Já do meu lado esquerdo, tem duas portas de correr, altas e escuras, que nos separam do próximo espaço.

—Vou pedir que espere aqui—Pepper diz—Com tudo o que aconteceu hoje, não sei como está lá dentro.

Eu apenas aceno com a cabeça, quando a vejo abrir uma das portas, entrar e fechar novamente. Do meu lado direito, tem duas poltronas, então coloco minha mochila em uma delas e fico apenas ali em pé. Sei que deveria sentar, já que em algum momento vou cair, mas não posso estar num lugar desconhecido e não ouvir o que falam.

—Pepper! –Escuto uma voz dizer dentro da sala.

—Aí, Tony, graças a Deus. Achei que não estivesse aqui, estou te chamando desde o momento em que cheguei.

—A bruxinha achou uma garota, enquanto o picolé e a ruivinha acharam um garoto.

—E vocês têm certeza que eles são as...

—Joias. Isso mesmo.

Franzo meu cenho ao ouvir isso. É interessante que eles já pareçam saber a realidade da situação. Agora, como conseguiram descobrir ? Isso me deixa agoniada e decido continuar ouvindo a conversa, mesmo sentindo meu corpo escorregar parede a baixo, pela falta de energia. Daqui a pouco vai acontecer de novo, eu sinto em meus ossos.

—Mas, como souberam?

—Simples: A garota parecia de certo modo amedrontada. Não com nós, mas com os poderes dela. Pelo que ela explicou rapidamente, tem medo de encostar em objetos e pessoas, e simplesmente tirá-los do controle. Já o garoto, ele e a namorada passaram por uma situação interessante também. Mas foi o mesmo quem parou o Capitão e a Viúva quando eles passavam. Como se soubesse de tudo.

—Entendi. Mas, teria algum traço a mais de reconhecimento?

—Ah, seus olhos. A bruxinha disse que quando achou a garota, seus olhos estavam vermelhos. A ruivinha teve uma leve impressão de ver vestígios verdes no olho do garoto, que tem olhos castanho. Ou seja, parece que o poder emana de tal maneira, que a coloração do olho muda momentaneamente.

As Joias do InfinitoWhere stories live. Discover now