Kiss It Better | G. De Arrascaeta

twenty

este capítulo contém hot.

Arrascaeta
22 de setembro de 2019.

Eu estava exausto, não via hora de liberarem nosso voo. Estávamos voltando pra casa com uma vitória de 2-1 contra o meu ex clube, o Cruzeiro. Eu e o Gabriel acabamos fazendo os gols que nos deu a vitória, confesso que estava apreensivo com esse jogo, mas no final tudo ocorreu bem.

Estava com saudades da minha loira, ela disse que estava em um tipo de "reunião" com as meninas, eu não entendi no início, mas ela não precisou explicar muito quando vi as fotos que ela postou no Instagram.

— Bora, Arrasca — fui acordado do meu transe com Diego me chamando. — Tá dormindo, filhão?

— Esse pensamento dele tem nome — diz Thuler, se intrometendo. — Começa com Ca e termina com Rina. — ele riu e todos os outros o acompanharam.

— Haha! Nossa, engraçadão você, Thuler.

E eles não pararam a zoação até saírmos da sala de embarque.

Já dentro do avião, todos ia mais calmos dessa vez. Geralmente, sempre era uma bagunça, estávamos sempre cantando — pelo menos, era o que eles achavam. — zoando, mas estranhamente hoje, cada conversava baixo com o outro.

Eu já estava me preparando para dormir, quando vi Gerson se aproximando, ele ia sentar perto do Marí, mas sua expressão logo mudou e ele sentou ao meu lado.

— Você devia parar com isso já — disparei assim que ele se acomodou.

— Isso o que? — se fez de desentendido.

— Jura? Cara, essa rixa de vocês dois por causa da Laura. Eles já falaram que não estão mais juntos — comecei falando e ele parecia estar atento ao meu comentário. — Lembra que além tudo isso, vocês são companheiros de time e você deveria crescer e admitir de uma vez que tá apaixonado por ela.

Falei tudo que eu pensava a respeito disso, estava até um pouco mais aliviado. Não gostava de ver meus amigos brigados.

— Você tem razão, cara — ele disse e suspirou, parecia cansado. — Mas eu tenho medo.

— Medo de que?

— Sei lá, vai que dá tudo errado e a gente não da certo? — ele falava, mas parecia que consigo mesmo. — Eu tenho medo de arriscar e não queria que a Laura ficasse ainda mais puta comigo.

— Você nem tentou pra saber se deu certo ou não — falei. — Ela teve coragem de falar gostava de tu, agora cabe a você correr atrás do próximo passo.

— Valeu, Arrasca — ele disse estendendo a mão e dando um toque na minha. — Prometo que vou ajeitar essa burrada que eu fiz.

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Já era noite e meu podia esperar para chegar na casa da minha namorada. Foram apenas três dias longe dela, mas mesmo assim eu ainda sentia sua falta. Essa loira não imagina o poder que tem sobre mim. Deixei meu carro no estacionamento do prédio e segui até à entrada.

Sorri para porteiro, que já parecia nem ligar mais de eu estar indo ali mais uma vez. Eu lembro da primeira vez que vim aqui, o senhor de mais ou menos uns cinquenta anos, quase teve um treco ao me ver, se dizia muito flamenguista.

Eu já tinha virado muito amigo do Sr. Gilberto, até tinha lhe trago uma camisa autografada, pelo tanto de vezes que ele me deixou ir no apartamento de Carina, sem que ela quisesse visitas, as minhas sendo mais exato.