eight

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Carina

— Você vai sim, nem que eu tenha que te levar amarrada — esbraveja Natália.

— Eu nem sou tão próxima assim deles — tento justificar, mesmo sabendo que vai ser a toa.

O motivo da nossa discussão era: nós fomos convidadas para um jantar na casa do Éverton Ribeiro. Na verdade, apenas Emanuelle tinha sido convidada e os seus novos amiguinhos pediram que nos fôssemos também.

— Nem eu — ela responde. — Mas por consideração à Emanuelle nós vamos sim.

Apenas reviro os olhos e respiro fundo. Natália até que estava certa, seria muita falta de consideração e respeito com todos eles. Até imaginava quem poderia estar lá e eu não o quero ver nem tão cedo, não fazia tanto tempo desde aquele ocorrido.

"Mas você vai ficar com medo de fazer tudo por causa daquele jogador, Miller? Você já foi diferente." Quer saber? Minha consciência estava mais que certa. Não foi porque eu o dei um pé na bunda que eu vou ficar pra baixo, nem deveria estar, na verdade.

— Quer saber — digo me levantando e pegando as chaves do carro. — Vamos logo. Não temos nada a perder mesmo.

— É isso aí, garota — diz Natália sorrindo travessa. — A velha Carina está de volta.

●●●

A casa de Éverton ficava em um dos bairros mais nobres aqui do Rio. O estacionamento do seu condomínio estava lotado de carros, foi até difícil encontrar um lugar para estacionar, só espero não esquecer onde eu deixei.

— Manu e Laura já estão chegando — disse Natália assim que saímos do carro.

— A Laura com certeza foi o motivo do atraso — digo seguindo Natália para a entrada da casa.

— Sem dúvidas.

Seguimos em direção à entrada da casa, não foi muito difícil achar já que o anfitrião estava na porta de casa. E e Natália nos aproximamos.

— Olá — diz a morena. — Eu sou a Natália essa é a...

— Carina — Ribeiro a interrompe. — Ela foi quem tirou nossas fotos.

— Como vai, Ribeiro? — o cumprimento.

— Vou bem — ele responde e puxa uma
mulher que estava ao seu lado. — Essa é minha esposa, Marília. Amor essas são a Carina e a Natália amigas da Manu.

— Muito prazer — ela diz e nos comprimento com beijinhos e abraços. — Venham vou levar vocês até o mini-bar.

— Já gostei dela — digo a Natália que solta um risinho.

Pedimos nossas bebidas e ficamos sentadas na sala junto com Marília. Ela era uma mulher bem simpática e alto astral. De cara me dei bem com ela. Não demorou muito para a casa estar lotada de jogadores, suas esposas e namoradas.

Marília acabou saindo e ficou apenas eu e minha amiga. Eu e Natália ficamos conversando sobre a amizade colorida dela e seu carinha misterioso, e eu já não aguentava mais ela repetindo essa história. Dei a desculpa que queria mais uma bebida e fui até a mesa onde elas estavam, a morena aproveitou e foi ao banheiro.

— Já enchendo a cara, Miller? — quase tive um susto quando ouvi a voz de Emanuelle.  — Sem mim?

— Deixa de drama — digo e pego um copo e coloco bebida para ela.

— Eu não acredito que encontrei o amor da minha — diz Laura assim que chega ao nosso lado. — A gente acabou de se esbarrar.

— Do que você tá falando?

— Do Gerson — responde Manu. — Ela esbarrou com ele no estacionamento e apaixonou.

— Já vi esse filme — digo e volto minha atenção a minha bebida.

— Podem falar o que quiserem, porque hoje nada me abala — ela diz e puxa meu copo saindo do nosso lado.

— Ei!

Laura sai do meu campo de visão e assim que olho para a entrada desejei não ter olhado. Ele havia acabado de chegar juntamente com Gabriel Barbosa. Queria dizer que não, mas ele estava lindo.

— Se olhar mais ele seca — escuto a voz de Manu ao meu lado e tento me recompor.

— Vai se ferrar, Emanuelle — digo e escuto sua risada.

●●●

O jantar foi melhor do que pensei. Os caras eram muito bem-humorados e divertidos. Acabei ficando mais entrosada com eles, principalmente com Vinícius, a gente tinha se dado bem logo de cara. Notei alguns olhares de Arrascaeta para gente, mas logo tratei de ignorar.

Agora estávamos todos reunidos na parte de fora da casa dos Ribeiros, tinha um DJ por lá. Estávamos todos dançando nos divertindo e tomando muita cachaça. Estava dançando junto de Natália, Emanuelle conversava com Diego e sua esposa e Laura estava dançando com o Gerson.

Notei que a morena lançava olhares muito estranhos para alguém. Na verdade, mesmo no jantar ela já estava muito estranha. Acabei seguindo seu olhar e tentar ver para quem tanto ela encarava.

— Gabigol? Sério mesmo, Natália? — disparo assim que me dou conta.

— Do que você tá falando? — ela faz uma cara de desentendida.

— Para de ser sonsa, que esse papel não combina com você.

— Aí tá bom — ela revira os olhos. — A gente tá saindo, mas nada sério.

— Então esse o carinha misterioso! — questiono e ela me encara como se pedisse para eu ficar de boca fechada. — Ok, eu guardo seu segredo sujo.

Agora Rodinei tentava dar uma de rapper. Arão foi até ele e tirou o microfone de sua dizendo que ele era muito ruim. Foi muito engraçado. A música voltou a tocar e agora Vinícius me acompanhava. Ele tinha as mãos em minha cintura e as minhas estavam na sua nuca. Ele tentou se aproximar mais, mas acabei o afastando.

— Preciso de ir ao banheiro — digo me afastando.

Tudo bem que ele era um gato, mas eu não estava afim. Já tinha esgotado minha cota de jogadores de futebol. Não foi tão difícil encontrar o banheiro, assim que entrei me apoiei na pia. Não fiquei muito tempo por lá, apenas arrumei meu cabelo.

Assim que abri a porta e fiz menção de sair, fui empurrada novamente para dentro. Não me surpreendi quando vi que era Giorgian ele trancou a porta e se virou para mim.

— O que você quer? — pergunto.

— Você e o Vinícius? Sério? — ele questiona e eu acabo soltando uma risada e ele me encara sem entender.

— Sério que você tá preocupadinho com isso? — pergunto e cruzo os braços. — Por favor né, Giorgian.

— Achei que jogadores não fossem sua opção — ele diz e se aproxima mais, tento me afastar, mas acabo ficando encurralada entre ele e a pia.

Acabei ficando sem ter o que responder, e isso nunca acontecia, eu sempre tinha uma resposta na ponta da língua. Não entedia o efeito que o uruguaio ainda tinha sobre mim. Fiquei encarando sua boca e, puta que pariu, ela estava muito beijável.

— Porra, Giorgian — digo e o puxo colando seus lábios nos meus.

●●●

hihihi

talvez eu ainda poste outro hoje à noite. estou adorando escrever essa fanfic.

espero que gostem ❤️

Kiss It Better | G. De Arrascaeta Onde histórias criam vida. Descubra agora